A entregadora se encontra com CEO romance Capítulo 23

Mariana balançou a cabeça enquanto suspirava e olhou para seu marido, o qual começou a analisar:

- O importante agora, é se noivar com Aurélio.

- Mas e a criança na barriga dela? - Iara só se importava apenas com isso, pois considerava essa criança ser sua maior ameaça.

- Minha filha, deixa de ser boba - Mariana riu cinicamente. - Estefânia é uma pessoa orgulhosa. Se ela souber que você vai casar com ele, ela ainda vai quer essa criança? Além do mais, desde que você se case com Aurélio com sucesso, mesmo que a criança nasça, a sobrevivência dela não estaria sob seu controle do mesmo jeito?

Ouvindo as palavras de sua mãe, Iara ficou atônita. A carinha de preocupação finalmente deu lugar ao sorriso.

- Verdade, obrigada, mamãe. - Ela abraçou de novo sua mãe amorosamente.

...

No dia seguinte, o tempo estava maravilhoso.

Estefânia foi acordada logo cedo por um telefonema. Pegando o celular, viu que era sua mãe adotiva.

E olhando a hora, já eram oito e mais da manhã.

- Meu Deus, dormi demais, como já são oito e meia? - Ela deu um tapa na cabeça e atendeu a ligação -, alô, mãe? Eu dormi além da conta, esqueci de fazer seu café da manhã.

Estefânia deu uma espreguiçada e esfregou os olhos.

- Eu já tomei café. Estou te ligando para trazer Reinaldo hoje quando for vir - mandou Suzana do outro lado da linha.

O sono de Estefânia foi espantado no mesmo instante.

- Mão, ele também tem que trabalhar. Ele não acabou de te visitar ontem? Por que quer que ele vá de novo hoje?

- Ontem Naldo já me disse, ele está de folga esses dias, tem tempo de sobra, nem vem querer me enganar.

- Mas mãe...

- Se ele não vier hoje, então com certeza estavam de encenação ontem, não vem querer me enganar.

- Mãe, você...

Estefânia ainda queria dizer alguma coisa, mas sua mãe já tinha desligado.

Estefânia segurava o celular na mão enquanto passava a mão na testa.

Que bosta, ontem tinha acabado de vê-lo, como teria a cara de chamá-lo hoje de novo?

Deitou-se na cama por um tempo, e no fim, acabou ligando para Reinaldo.

- Hum...? - uma voz sonolenta veio do outro lado da linha.

- E... O que está fazendo? - Estefânia riu sem graça.

Suas mãos apertavam a coberta, seus olhos cheios de insegurança.

Ela realmente tinha uma boa relação com ele, mas pedir favores a ele por dois dias seguidos, ela estava um pouco sem jeito.

- Diz logo. - Reinaldo adivinhou o que ela queria -, você não me procuraria se não estivesse precisando de alguma coisa. Diga-me, é a minha sogrinha com saudades de mim?

- Sr. Reinaldo é esperto mesmo, hein? - Estefânia sorriu amargamente. - E então, você está livre ou não?

- Entendi - ele disse e desligou.

Olhando para a ligação desligada na tela, Estefânia não entendeu.

O que ele quis dizer com "entendi"?

- Você veio sozinho? Onde está Estefânia? - ela perguntou sem responder à dúvida dele, apenas pegou a foto de sua mão e guardou com cuidado dentro de sua bolsa.

Mas seus atos transpareciam medo.

Suas atitudes estranhas deixaram Reinaldo sem entender. Se fosse outra pessoa, ele nem teria interesse por isso.

Mas eles são pais de Estefânia. Por causa deles, ela trabalhava e fazia bico todos os dias, no entanto até não tinha seu lugar numa foto de família.

Ele achava isso injusto por ela.

- Senhora, eu sou namorado da Fânia, se você não me explicar isso direito, eu vou ligar para ela agora mesmo! - ele disse ficando bravo. - Se Iara Cabral for a filha de vocês, se Fânia não merece tirar uma foto de família com vocês, então vocês também não merecem os esforços dela para ganhar dinheiro e cuidar de vocês!

Não se sabe o porquê, Reinaldo estava com dó de Estefânia.

Uma menina tão jovem, mas tinha que fazer dois trabalhos num dia só, e ainda tinha que levar refeições para eles. Mesmo assim, ela não tinha o direito de estar na foto da família e isso deixava-o furioso.

Suzana estava guardando a foto na bolsa, e ela sentiu a raiva dele. Ao mesmo tempo, sentiu que ele se importava mesmo com sua Estefânia.

Naquela hora, ela tinha que admitir, esse homem é bom, pelo menos tratava bem sua filha.

Ela hesitou por um tempo antes de perguntar:

- Onde está Estefânia?

- Ela se enrolou com alguma coisa de última hora - disse Reinaldo, dando uma desculpa. Ele temia que se dissesse que Estefânia chegaria em breve, Suzana não fosse dizer a verdade a ele.

Ouvindo isso, Suzana andou até a porta do quarto e a fechou, trancando por dentro. Seguiu até o sofá e se sentou, ainda segurando aquela foto nas mãos.

- Eu... - Suzana passava a mão levemente sobre a menina na foto, e suspirou pesadamente. - Eu posso ver que gosta muito da minha filha.