A entregadora se encontra com CEO romance Capítulo 32

- Isso não é me odiar?

Ouvindo as palavras dela, Aurélio sentia um aperto na garganta, como se algo arraigado no fundo de coração fosse retirado de ímpeto. Uma sensação indizível agitou-se no peito dele.

Estefânia, encostada na cama, ainda não se recuperou, sem cor no rosto.

Ela olhou para Aurélio pacificamente:

- Você é o homem mais rico da Cidade Rio de Siena, curtindo a vida todos os dias. E eu, faço o maior esforço para ganhar dinheiro com o objetivo de sobreviver apenas. Somos pessoas em duas linhas paralelas, que não devem ter nenhum cruzamento.

Estefânia abaixou a cabeça lentamente, mexendo a ponta de dedo no cobertor sem motivo:

- Quando eu me recuperar, vou pedir alta para meus pais ao Hospital Saguaro.

Depois de ouvir a fala dela, Aurélio franziu ligeiramente suas sobrancelhas longas, silencioso.

Ela continuou dizendo:

- Eu, como se fosse uma formiga, sou uma das existências mais ínfimas na multidão. Sr. Aurélio, espero que você possa me liberar, pois quem eu preciso sustentar não é só eu, como também meus pais.

- Só isso? Acaso você não arranjou todos os métodos para que eu concorde na sua relação com Reinaldo?

Desde que conheceu Estefânia, foi a primeira vez que ela teve essa conversa séria e pesada com ele.

Em algum momento, Aurélio até acreditou nela.

- Sr. Aurélio, eu já disse que a única conexão entre nós é aquele bebê, que não se tornou ser humano. Agora, com o bebê perdido, jamais teremos ligação. Entendeu?

Estefânia subiu o tom na última palavra, levantou as pálpebras e disparou um olhar raivoso a Aurélio. Por fim, ela mexeu os lábios pálidos:

- Acaso você quer que eu morra? Se for assim, por que é que me salvou ontem? KKK…

Ao final, Aurélio somente pregou os olhos profundos e gélidos a ela, querendo enxergar o pensamento dessa mulher através dos olhos cristalinos dela.

Mas ele não viu nada.

Ele não falou mais e foi embora.

Ao mesmo tempo, Reinaldo acordou, depois de ter bebido muito ontem à noite. Ele esfregou a cabeça que tinha dor:

- Bêbado de novo. 

Ele descansou um pouco na cama e de repente recordou que Estefânia tinha ligado para ele várias vezes ontem. Ele ligou de volta para ela.

Ninguém atendeu.

Reinaldo notou o horário que recebeu a última chamada de Estefânia. Eram 11 horas.

Será que tinha alguma emergência no horário tão tarde?

Ele não deixou de ser um pouco preocupado e se levantou de imediato. Depois de se lavar, ele dirigiu para Riomovision diretamente.

Ele subiu ao oitavo piso às pressas. Ao chegar à entrada do apartamento de Estefânia, viu a porta meio aberta e a fechadura já avariada.

Ele empurrou a porta, entrando e vendo o sangue escarlate no chão à primeira vista.

O coração dele subiu à garganta em um instante:

- Fânia? Estefânia? Estefânia?

Ele caminhou da sala de estar para o quarto e depois para o banheiro, mas não viu ninguém.

Ele fez uma chamada de novo. Ouvindo o toque na sala de estar, ele descobriu que o celular estava no sofá.

- O que aconteceu, afinal?

Reinaldo entrou no pânico e se viu totalmente bagunçado.

Ele nunca mais teve essa sensação desde o falecimento da sua mãe.

Ele notou a pílula na mesa e a fatura na sacola, que indicou o horário de pagamento — ontem às 23h30. O medicamento era de 4 placas e as pílulas de 2 delas já foram retiradas.

- Ela… Por que é que ela tomou tantos medicamentos? 

Para se suicidar?!

Uma ideia surgiu na mente de Reinaldo, pela qual ele ficou tão assustado que sentiu frio nas costas.

Ele saiu do apartamento imediatamente. Enquanto descendo, ele pediu localizar o hospital onde Estefânia estava.

Após 10 minutos, ele recebeu a resposta.

Reinaldo dirigiu rapidamente para o hospital. Quando entrou na enfermaria de Estefânia, descobriu que ela já tinha adormecido no leito.

Ao ver Estefânia ainda viva, o coração dele se tranquilizou finalmente.

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