A entregadora se encontra com CEO romance Capítulo 31

Naquele instante, o coração de Aurélio sofreu um choque.

Ele nunca teve essa sensação complicada.

Removendo a mesa na frente do sofá, ele caminhou para Estefânia, prestes a abraçá-la.

Inesperadamente, logo que atingiu Estefânia com a mão, foi rejeitado por ela:

- Não me toque...

Apesar do empurrão, ela se encontrava muito débil com a força amortecida. Até a voz dela estava tão baixa e tremida, como se fosse uma mosca.

Aurélio enxergou a aversão nos olhos da mulher, que parecia tocar o limite dele e o irritar.

- OK, não vou te tocar. Se puder, levante-se sozinha!

Ele foi para o lado e assistiu à cena de braços cruzados.

Apoiada na mesa, Estefânia virou o corpo com muita dificuldade. Com os joelhos e a testa no chão, ela esgotou toda a força e finalmente conseguiu levantar-se, cerrando os dentes.

Os lábios dela estavam tão pálidos como papel. Ela disparou um olhar para Aurélio, apesar de tanta angústia que avermelhou os olhos, com um sorriso satírico no canto de boca:

- Eu já disse... que não vou deixar descendente para a Família Vargas... mesmo que eu morra... Eu cumpri as minhas palavras...

Ela riu.

As pernas dela, que sustentavam o corpo dificilmente, não pararam de tremer. Alguns fios de cabelo estavam soltos no seu rosto repleto de suor, formando uma imagem pobre e arrasada.

Depois de falar, ela começou a caminhar. Os passos dela eram tão pesados como se atravessasse um atoleiro com as pernas chumbadas.

O sangue escarlate avermelhou o chão limpo, fluindo até ao longo do chão onde ela passou.

Naquele momento, a fúria de Aurélio se dissipou pouco a pouco, substituída por surpresa e admiração pela… árdua resistência de Estefânia.

Ele nunca tinha visto garota como essa, que era teimosa e persistente, como se tivesse um halo encima, que ganhou o apreço dele.

Estefânia, que não caminhou muito longe, sentiu uma escuridão na frente dos olhos e caiu abruptamente.

Aurélio avançou rápido e a apoiou.

- Meu chefe, ela está cheia de sangue. Deixe-me fazer - disse Renato.

Aurélio não ligou a Renato e saiu da sala de estar com Estefânia ao colo.

No corredor, os vizinhos foram acordados pelo barulho e todos assomaram a cabeça para verem.

- O que aconteceu?

- Meu Deus! Por que é que essa mulher está toda sangrenta?

- Sei lá.

- Que horror!

...

Os vizinhos se sussurraram e discutiram.

Aurélio caminhou para o elevador e uns médicos e enfermeiros estavam lá dentro:

- Foram vocês que ligaram o 192?

- Sim. Ela está grávida por 2 meses e tomou uma grande quantidade de Leonurus artemisia.

- Como assim? Rápido. Ela sangrou muito - disse a equipe hospitalar.

Estefânia foi levada para um hospital aqui perto. Aurélio a acompanhou no mesmo veículo e Renato dirigiu para lá também.

Depois, ela entrou em UTI. Foi feita a hemostasia e lavado o estômago...

Aurélio, que pegou muito sangue na roupa, aguardou no corredor fumando silenciosamente.

Ao redor, Renato enxergou a preocupação intensa do chefe e o confortou:

- Fique tranquilo, chefe. Ela vai estar bem. Porém, tudo isso foi causado por ela, que tomou tantos medicamentos. Foi ela própria que arriscou a vida.

As palavras dele eram feias.

Aurélio percorreu um olhar gélido a ele mas não disse nada.

Estefânia só foi levada afora após 3 horas de resgate.

O médico foi para Aurélio e disse:

- A paciente já parou de sangrar, com o estômago lavado também, só que... o bebê não sobreviveu.

- E ela? - Aurélio perguntou em voz fria.

- Ainda era tempestivo quando entregaram a paciente para cá. Se fosse um pouco mais tarde, ela ia perder a vida por sangramento demasiado, mesmo que não morresse do veneno das pílulas - o médico suspirou com medo.

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