- Irmão, você deveria me chamar de irmã em alto e bom som. - Suas belas e delicadas bochechas tremularam em um sorriso.
O rapaz a olhou por um instante:
- Você é digna disso?
- Digna ou não, eu agora sou afilhada da vovó, e, por extensão, sua irmã. Que diferença faz você me reconhecer ou não? O que me diz, irmão?
Os dois se entreolharam; pareciam estar conversando jovialmente, mas na verdade havia uma disputa velada no ar e ninguém queria ficar por baixo.
Aurélio Vargas é daqueles que não levam desaforo para casa, ainda mais quando envolve a Sra. Paloma, que é a pessoa que ele mais valoriza. Portanto, no momento em que Estefânia usou o nome da Sra. Paloma, a atitude dele em relação a Estefânia mudou drasticamente.
- Que diferença faz morrer e estar vivo? Na verdade... - Dizendo isso, o rapaz sacudiu o queixo dela com a ponta dos dedos e soletrou palavra por palavra -, é um mero estalar de dedos.
- Sinceramente, irmão, você me ameaçando desse jeito? Estou ficando assustada. - Estefânia torceu as sobrancelhas, fingindo estar acovardada, e riu de repente.
Após sorrir para Aurélio, seu sorriso foi se estreitando e seu rosto foi se tornando frio:
- Enquanto a vovó estiver neste mundo, você vai me permitir viver para o bem da felicidade dela. Afinal de contas, você é realmente um filho bem devotado! - ela lhe lançou um joinha. - Deve ser mesmo muito exaustivo para você ter que ser o noivo perfeito, o filho perfeito e trabalhar tanto - ela levantou a mão e ergueu o dedo de Aurélio, e com o próprio dedo esguio cutucou o peito dele. - Força!
Dizendo isso, deu um sorriso expressivo, virou as costas e se afastou.
Aurélio ficou ali, parado; demorou uma eternidade até que ele se virasse ligeiramente de lado para observar a moça que se afastava, as sobrancelhas escuras como tinta e o temperamento complicado.
Será que na cabeça dela ele é tão sem-noção e sem escrúpulos?
Ele desconfiava que sim, mas não tinha claro em seu coração que ele mesmo também achava Estefânia inescrupulosa por usar a Sra. Paloma.
E foi bem por isso que sua atitude em relação a ela mudou de repente.
Retornado para a sala de estar, Estefânia se pôs a bater papo com a Sra. Paloma.
Mais de uma hora depois, foi a vez de a família Cabral chegar a Chimimera. Vieram trazendo alguns itens à tradicional residência. Ao verem a Sra. Paloma, ficaram lisonjeados e cumprimentaram-na:
- Como vai a saúde da senhora? Firme e forte?
- Eu vim com Guilherme, e trouxe algumas vitaminas e suplementos para a senhora.
Enquanto conversavam, os dois entregaram o pacote para um empregado. A senhora anciã varreu os dois com os olhos, que transpareciam um leve desagrado; mas ela manteve a harmonia aparente:
- É muita gentileza de vocês terem vindo.
Os três conversaram educadamente; do sofá, Estefânia olhava para o casal sem muito interesse. Era a segunda vez que se encontravam desde que ela lhe pediu 400 mil.
Vendo o casal abanando o rabo como pugs na frente da Sra. Paloma, a sensação foi... de satisfação.
- Sim, mas... Aquela não é... Não é Estefânia?
De repente, os olhos de catarata de Mariana finalmente viram Estefânia sentada de lado, e a dona desses mesmos olhos caminhou em sua direção:
- Iara acabou de dizer agora que você está aqui com a Sra. Paloma. No início, eu não acreditei, mas pelo visto é verdade.
O esforço além do normal de Mariana fez seus olhos ficarem vermelhos, e ela não pôde segurar a tosse.
Essa história de representar um papel é mesmo com Iara.
- Estefânia, por onde você andou? Desde que foi embora de Rio de Siena estamos à sua procura - Guilherme também parecia angustiado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A entregadora se encontra com CEO
Quando é que estão a pensar atualizar os capítulos a pessoa lê começa a gostar do livro e depois não atualizam, a 2 anos que estou a ver esperar atualizarem...
Por que pararam de postar? Estava amando o romance...
Romance muito bom pena que não atualiza os capítulos...
Atualizem os capítulos romance muito bom....
Atualizem por favor já vai a mais de um ano até agora nada...