A entregadora se encontra com CEO romance Capítulo 77

Ele andou até o carro, abriu a porta e entrou.

Ao ver Estefânia sentada no banco do passageiro, foi logo dizendo: - Para trás.

- Estou bem aqui, o que vou fazer lá atrás? - arquejou, orgulhosa e sem mexer uma palha.

O Sr. Renato, no banco do motorista, viu o rosto sombrio do chefe pelo espelho retrovisor e completou:

- Neste carro ninguém pode se sentar no banco do passageiro.

- Por quê?

- Por que... Renato fez uma pausa, a cabeça a mil, e então balbuciou uma desculpa:

- Tem um problema no banco do motorista. Disseram que iam consertar, mas ainda não consertaram.

- Um problema? - Estefânia sacudiu o banco e não percebeu nada de errado, mas o Sr. Renato não parecia estar brincando.

Só restou empurrar a porta do carro e descer, passar para o banco de trás e se sentar ao lado de Aurélio.

O carro saiu devagar em direção à Boate Brasserie. Durante o trajeto, permaneceu uma grande distância entre os ocupantes do banco traseiro. Estefânia inclinou a cabeça pela janela sem prestar atenção em Aurélio, que também ficou calado.

Coube a Renato quebrar o silêncio no interior do veículo.

- Srta. Vidal, há um celular aí no banco de trás. O seu cartão do banco e a sua linha telefônica foram reemitidos, eu vou entregá-los à tarde.

Como havia sido pedida uma identidade nova já no dia do incêndio de Estefânia, foi possível concluir a emissão do documento. No caminho, o motorista também comprou um telefone celular novo para ela e reativou a linha.

- É mesmo? Que rápido! Obrigada - ela estava até animada.

- Não tem de que me agradecer. É tudo coisa do patrão. Agradeça a ele - respondeu, sorrindo.

Estefânia parou de falar na hora e abaixou o rosto para pegar a capa do celular. Era um modelo 5G dos mais atraentes no mercado, com uma grande tela de 5,7 polegadas. O item da moda custava uns 7.000.

Ela inseriu o cartão SIM e apertou o botão para ligar o aparelho. Esse tempo todo, não disse uma palavra a Aurélio, que estava sentado com postura rígida e a olhava pelo rabo de olho. Ao vê-la sem palavras, sua fisionomia foi ficando mais áspera.

Depois de ligado, o telefone ainda ficou zumbindo e vibrando sem parar.

Foram aparecendo mensagens na tela. Estefânia tocou em uma delas, que era de Reinaldo: "Onde você está? Responda logo."

Mais uma mensagem, também de Reinaldo:

"Que droga, por que não me falou assim que aconteceu?"

"Atenda o telefone, atenda o telefone."

"Eu já salvei seus pais, está tudo bem com eles."

"Alguém ligou para você: O proprietário do número 170******** ligou às 13:39 do dia 27 de setembro de 2021."

"A família Li comprou Isaías e o detetive particular, e ainda destruiu todas as provas."

"Onde você se meteu, caramba?"

"Fânia, eu sinto muito, mas não tive o que fazer. A Família Cabral usou a minha família para me ameaçar. Desculpe mesmo."

Em pouco tempo, o celular reativado havia recebido mais de 30 mensagens, algumas de Reinaldo, algumas de Isaías, algumas de números sem registro, mas também algumas de Aurélio.

Estefânia teve o impulso de ligar imediatamente para Reinaldo.

O telefone chamou algumas vezes até alguém atender à ligação.

- Estefânia? É você mesma? Onde você está agora?

Era a voz de Reinaldo do outro lado, agitado e fazendo uma pergunta atrás da outra. Mesmo por telefone, ela podia sentir todo o cuidado e a preocupação de Reinaldo com ela. Sentindo o peito reconfortado, respondeu:

- Eu voltei sã e salva. Não precisa se preocupar tanto comigo. Obrigada, Reinaldo.

Ele a ajudou esse tempo, e a gratidão dela era sincera.

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