A Escrava Odiada do Rei Alfa romance Capítulo 235

"Estou lhe devolvendo seu lugar de direito, Baski". Ser uma pessoa livre não é o bastante para a Realeza.” Ele declarou. "Farei dela uma Rainha.”

Uma Rainha…?

A boca de aski estava pronta para gritar de pura felicidade, mas seu coração se tornou pesado. "Não, meu rei... Ela não pode subir ao trono de Mombana! Não agora!"

"Ela pode. É o que se exige dela.”

“Você se esqueceu da condição dela, Meu Rei? Ela não pode. Não nesta condição, quando ela está mais vulnerável!”

Silêncio.

Então: "Em minha vida, conheci várias mulheres fortes. Mas Danika e Vetta continuarão sendo as mulheres mais fortes que eu já conheci.”

"Isso sem dúvida, Vossa Majestade.” Ela admitiu com um sorriso calmante.

"Ela vai ficar bem, Baski. Ela estará mais do que bem. Ela tem todas as qualidades de uma grande líder. Isso eu sei que é verdade.”

Essa última afirmação... Tem algo a ver com isso…

Então, de repente, tudo ficou claro para ela. Tudo.

"Eu entendi o que você está fazendo..." Ela sussurrou, seus olhos se arregalaram.

As palavras dela foram recebidas com silêncio.

"Você está empurrando-a para longe. Deixando-a ir embora... Você está pensando que ela pode não ser o que ela demonstra... Você acha que tudo o que ela precisa de você é de sua liberdade, e é por isso que ela 'finge' amá-lo tão incondicionalmente.” Sua mente rodopiou por todos os aspectos: "Você acha que é por isso que ela é tão amorosa... Tão amável... Tão DIFERENTE de seu pai. Você acha que é porque ela ainda é uma escrava.”

Mais silêncio foi sua resposta, mas seus ombros tensos e suas costas rígidas confirmaram suas reivindicações mais do que tudo.

"Não! Não, Lucien!” Ela chamou seu nome desesperadamente: "É assim que ela é! Danika te ama tanto! Ela te ama mais do que você pode imaginar!"

Ele se apegou. "Você já olhou para mim, Baski?" Ele gemeu, finalmente.

"E-eu não entendo.”

"Você já olhou bem para mim? Para eu inteiro?" Ele se virou então, olhando para ela com um rosto ilegível, mas olhos apertados com uma dor indescritível. "Eu sou um horror para as crianças pequenas. Há mais cicatrizes em meu corpo do que carne. Minha mente é um lugar completamente escuro e eu vivo na beira da insanidade."

Seus olhos fechados. "Ela é tudo que me mantém são. Fica entre mim e um enorme penhasco de nada. Eu penso nela mais do que em qualquer outra coisa. Mais do que em meus deveres. Mais do que o meu povo. Ela passou a significar muito para mim. Tanto, que é assustador.”

"Então, não a deixe ir! Por favor, meu rei!"

Porque ela não é a mulher que você ama. Ela colocou sua mão no braço dele. "Não há nada de errado em se cuidar de uma mulher dessa maneira. É muito bonito, eu lhe asseguro.”

"Mas ela não é uma mulher qualquer, Baski. Ela é a filha do Rei Cone. E ela é uma escrava.”

"Pensei que tínhamos estabelecido que Danika é muito diferente de seu pai.” Ela afirmou com firmeza.

"Sim. Sei disso muito mais do que você, mas ela é uma escrava e um escravo fará qualquer coisa para sair da escravidão.... Você sabe disso tanto quanto eu. Nós já estivemos lá antes.”

"Nós estávamos.” Ela admitiu.

Ele acenou com a cabeça uma vez. "Um escravo fará de tudo para sair da escravidão, inclusive fingir amar seu senhor.” Ele se virou novamente e encarou a janela porque não quer que ela veja seu sofrimento. "Fingir que sua mente não é muito escura para você. Que as cicatrizes dele não são muito assustadoras para você". Que...”

Uma pausa. "Que... Que seus impulsos sexuais não sejam demais para você.”

"Mas, Lucien...!"

"Eu a quero com uma intensidade que é assustadora, Baski. Um ano e dois meses como meu escravo... minha propriedade... não diminuiu em nada essa vontade, mas ao invés disso só cresceu. Eu a queria mesmo quando eu a odiava, mas agora? Agora, eu a quero… muito. Sua condição atual não tem sido nada atenuante.”

"Então, mantenha-a por perto! Ela é sua!" Baski interveio com veemência.