A Espera Terminou! Olá, Meu amor! romance Capítulo 208

A garota inocente? Hugo pensou por um momento e perguntou com cautela: "A Letícia?"

Eduardo inalou o cigarro e soltou lentamente a fumaça, que formou anéis no ar.

"Não parece ser esse o nome. Foi naquela noite em que chegamos à Vila Serena do Vale, quando Caio trouxe aquela garota. Ela era pequena, com cabelos longos e lisos, olhos grandes, e disseram que ela tinha acabado de atingir a maioridade, talvez ainda fosse uma estudante."

Com isso, Hugo se lembrou.

Naquela noite, quando chegaram à Vila Serena do Vale, Caio organizou um jantar de boas-vindas. Para agradar Eduardo, ele escolheu algumas moças de aparência atraente, inclusive a que Eduardo havia mencionado.

Naquela noite, Eduardo escolheu duas moças para acompanhá-lo e, depois do jantar, levou-as para o hotel. A garota de cabelos longos e lisos foi deixada de lado.

No entanto, parecia que Eduardo se interessou por ela. Embora não a tenha convidado naquela noite, ele foi generoso e lhe deu vinte mil reais em dinheiro, dizendo que era para ajudá-la a pagar a faculdade.

Em lugares como esse, todas as garotas estavam à venda.

Todos sabiam que aqueles vinte mil eram para comprar uma noite de inocência para a garota.

Eduardo até lhe deu um apartamento perto de sua universidade.

Hugo, que estava ao lado de Eduardo há muito tempo, conhecia bem seu caráter. Eduardo sempre foi um libertino, com várias mulheres sob sua proteção, como Clarissa, que estava com ele há quase dois anos. Outras ele via apenas uma ou duas vezes e depois esquecia.

Hugo hesitou antes de falar: "Sr. Fernandes, há uma hora a Srta. Clarissa ligou para dizer que havia preparado o jantar e estava esperando por você. Você prometeu jantar com ela hoje à noite."

Afinal de contas, Clarissa estava com Eduardo há muito tempo, e Hugo achava que ela era um pouco diferente dos outros, por isso achou necessário lembrá-lo do compromisso.

Eduardo soltou uma risada seca, seus olhos demonstrando indiferença: "De repente, não estou mais no clima."

"Entendido."

Hugo não disse mais nada e ligou o carro em silêncio.

...

O coração de Clarissa foi perfurado, como se estivesse sangrando, uma dor insuportável.

Ela segurou o celular com força, com os nós dos dedos ficando brancos, e as lágrimas começaram a cair instantaneamente.

"Você ouviu isso? Estou ocupado, querida. Não poderei jantar com você esta noite." - A voz de Eduardo estava rouca, com um tom áspero.

Clarissa cerrou os lábios, chorando sem parar.

O homem não desligou. Ele jogou o celular na cama, e sons indescritíveis foram transmitidos aos ouvidos de Clarissa pelo celular.

Clarissa continuou a ouvir, quase como um ato de autoflagelação, enquanto aqueles sons a machucavam profundamente, tornando impossível respirar por causa da dor.

Ela achava que ela era especial para Eduardo. Ela era a mulher que estava ao seu lado há mais tempo, e ele a havia trazido de volta ao país com ele. Mas, como se viu, sua suposta importância era apenas uma ilusão.

Os sons da outra mulher ficaram cada vez mais altos, passando de tímidos e hesitantes a completamente sem reservas. Clarissa não aguentou mais e jogou o celular no chão.