A Espera Terminou! Olá, Meu amor! romance Capítulo 91

"Este carro..."

Ele se lembrava bem desse carro.

Naquele momento, na Cidade das Araucárias, ela estava dirigindo esse mesmo carro.

Na época, Daniela zombou dela por ser vaidosa, gastando uma fortuna para alugar um carro só para tirar fotos.

E ele concordou plenamente.

Agora, parecia que ele finalmente percebia o quanto tinha sido ridículo.

De repente, algo lhe ocorreu e seu rosto ficou pálido.

"O anel que você está usando agora é aquele que experimentou na Chaumet?" - perguntou Henrique com os lábios trêmulos: "Anabela… nós ainda não tínhamos terminado naquela época. Você estava tão ansiosa para experimentar os anéis?"

"Você traiu nossos sentimentos!" - Os olhos de Henrique estavam vermelhos de raiva: "Como você pôde fazer isso?"

Anabela não suportava ser acusada injustamente.

Ela deu um sorriso repentino: "Sentimentos? Haha, você não disse que estava sempre procurando a sombra de Daniela em mim?"

Henrique permaneceu imóvel, com o rosto pálido: "Você... você sabia disso?"

Anabela olhou para ele com frieza: "Eu não só sabia disso, como também sabia que naquela noite você mentiu dizendo que tinha um compromisso de última hora na empresa, mas pegou Daniela no aeroporto. Também sei que você levou Daniela para um hotel depois de sair do aniversário de Sofia. Enquanto ainda namorávamos, você já estava contaminado, Henrique. Com que direito você fala de sentimentos comigo?"

Os olhos de Henrique estavam cheios de dor, e ele balançou a cabeça: "Não é isso, Anabela. Me escute, as coisas não são como você pensa..."

Anabela não quis ouvir mais desculpas, então abriu a porta do carro e entrou.

Ela ligou o motor.

Henrique ficou na frente do carro, batendo no capô, ainda falando alguma coisa com a boca.

Anabela, vendo que ele não estava se movendo, ficou furiosa e passou por cima.

"Bum..."

Henrique não conseguiu se esquivar e foi arremessado para o lado, caindo entre a vegetação.

Anabela olhou para Henrique com um olhar firme, sem sequer lançar um segundo olhar para ele. Não se importava nem um pouco se ele estava machucado. Com um gesto decidido, virou o volante e saiu rapidamente.

Henrique se levantou com dificuldade, pois estava com a perna ferida e caminhava mancando.

"Não tenho certeza, parece ter sido uma decisão voluntária."

Anabela não estava interessada em fofocas, passou por eles sem expressão e entrou no escritório.

Assim que ela se sentou, a porta foi violentamente aberta.

"Anabela, o que significa isso? Você ousou me processar?" - Marcelo entrou furioso.

Anabela nem sequer olhou para ele, concentrada na tela do computador: "Sim, você difamou e caluniou. Processar você não é algo normal? Por que a surpresa?"

Marcelo lhe lançou um olhar ameaçador: "Calúnia? Calúnia é inventar fatos e espalhá-los por aí. Tudo o que você disse era verdade, então como poderia ser calúnia?"

"Fale com o juiz sobre isso." - Anabela respondeu calmamente.

"Retire a ação imediatamente! Caso contrário, você vai se arrepender!" - Marcelo ameaçou ferozmente.

Calúnia e difamação são ofensas criminais privadas, exigindo que a parte ofendida processe diretamente no tribunal.

Entretanto, o réu violou o Código Penal e, uma vez confirmada a acusação, ele enfrentará punição criminal.

Marcelo era advogado e, se fosse condenado, teria sua licença de advogado revogada. Além disso, ele não poderia mais prestar o exame da ordem para trabalhar em profissões relacionadas ao direito, encerrando assim sua carreira profissional.