A filha do meu padrasto romance Capítulo 3

O dia amanheceu, e eu fui logo ligando pra Isabel, nossa cozinheira.

Nós não tínhamos empregada, contratamos o serviço de limpeza 3 vezes na semana.

E a Isabel só vinha pra preparar nossas refeições algumas vezes, quando a gente precisava, porém pagávamos pra ela o salário em tempo integral pra que ela pudesse sempre estar disponível.

- Oi Isabel, bom dia.

Hoje minha mãe chega de viagem as 11:00 e ela vai vim acompanhada de duas pessoas que ficarão com a gente por alguns dias. Tem como você vim e preparar tudo?

Isabel: Vou sim Sr. Rodrigo, você vai almoçar em casa?

- Sim, pode separar o meu prato e o do Demétrio também.

Isabel: Tudo bem.

Fui chegando no trabalho dando bom dia pra todos e já chamando o Demétrio na minha sala.

Demétrio: Fala bicho.

Entrou se sentando na poltrona como sempre.

- Vai ter um almoço hoje lá em casa pra eu conhecer o namorado da minha mãe. Você vai comigo, porque se eu não gostar dele, você inventa que tem reunião e me tira de lá.

Demétrio: Que história é essa que a tia tá namorando Brother? Tu nem me falou nada parceiro.

Depois de contar toda a história, colocamos outro funcionário de confiança pra ficar a frente da empresa, imprimimos alguns documentos importantes, e depois fomos pra minha casa.

Quando chegamos, já era quase meio dia e eles já haviam chegado.

Eu e o Demétrio entramos na sala e o namorado da minha mãe foi logo se levantando do sofá pra nos cumprimentar.

Pyter: Oi, você deve ser o Rodrigo não é? Muito prazer, eu sou o Pyter.

- Sim sou eu, muito prazer. E esse é o Demétrio, meu melhor amigo e meu braço direito na empresa. Disse apontando pro Demétrio.

Pyter: Muito prazer Demétrio, você deve ser muito bom no que faz, pra conseguir ter esse título de melhor amigo e braço direito. Falou com simpatia.

Demétrio: Que é isso, eu faço o que posso.

- Ele tá só fingindo modéstia Pyter, ele sabe que é o melhor. Disse rindo.

Abracei minha mãe, e todos nos sentamos pra conversarmos um pouco.

- Então Pyter, me fale melhor sobre você.

Nesse momento minha mãe pigarreou e eu evitei olhá-la pra não rir da cara dela que certamente estava preocupada com o início da conversa.

Pyter: Eu não sei muito o que Laura lhe falou, mas eu a conheci a bastante tempo. Eu fui estudar na Europa e acabamos nos afastando, lá conheci a minha ex esposa. Quando finalmente me formei, descobri que ela estava grávida, decidimos nos casar e eu abri uma empresa imobiliária com o apoio financeiro dos meus pais.

Essa empresa deu muito certo, e eu abri mais uma filial, aqui no Brasil, pra ser mais preciso, no Rio de Janeiro.

Meu casamento acabou se desgastando, pois minha ex esposa não era compreensiva com as várias viagens que preciso fazer a trabalho. Já havíamos nos separado algumas vezes dentro desses 20 anos, porém acabávamos nos entendendo e voltando.

Até que decidimos de uma vez por todas acabar com o nosso casamento que já não estava dando mais certo.

Foi tudo muito tranquilo e amigável.

Até que em uma dessas viagens, precisei de uma arquiteta que me auxiliasse em uma nova

filial que vou abrir aqui em Fortaleza, fiz umas pesquisas e acabei achando sua mãe.

Já fazia muitos anos que não tinha notícias dela, e confesso que cheguei até a procurá-la algumas vezes, mas não a encontrei, certamente porque ela mudou o sobrenome dela depois do casamento com o seu pai.

Depois de achá-la, mandei que minha secretária ligasse pra ela marcando uma reunião. Eu não queria dizer que era eu pra não assustá-la. .

Todos rimos.

Pyter: Quando ela me viu e se deu conta de quem era eu, ela não conseguiu esconder a emoção, muito menos eu, e sem falar uma palavra se quer, nos abraçamos.

Eu senti meu coração sair pela boca.

Imaginem um velho que nem eu agindo como um adolescente? Foi trágico.

Voltamos a rir.

Nessa hora, eu olhei pra minha mãe, que não escondia a admiração por ele.

Pude notar que aquele amor ainda estava lá, que nem o tempo foi capaz de apagar.

- Caraca, que história massa.

E vocês já estão namorando ou só dando uns pegas de leve? Perguntei.

Mãe: Que pergunta é essa Rodrigo? Tá louco? Ela perguntou envergonhada.

Pyter: Eu já pedi ela em namoro, mas ela insistiu primeiro que eu te conhecesse pra ver se você aprovaria. Falou rindo e olhando em direção a ela.

Demétrio: Deixa não Rodrigo, a tia é muito nova pra namorar. Falou rindo e a gente acompanhou.

- Cara, fazendo minha mãe feliz, e a tratando como a rainha que ela é, já é o suficiente pra você ter o meu apoio.

Ela já sofreu demais com o meu pai, e eu só não quebrei ele no pau porque ele é meu pai.

Mas não vou ter problemas em fazer isso com você, se partir o coração dela. Falei sério.

Mais uma vez minha mãe pigarreou e eu a ignorei.

Pyter: Quanto a isso, não se preocupe Rodrigo, sua mãe vai saber o que é ter um homem de verdade. Falou piscando pra ela.

Mãe: Bom gente, vamos almoçar que já tá passando da hora. Falou se levantando.

Olhei pra mesa e vi que estava com um prato a mais, daí me lembrei da filha dele.

- Onde está a sua filha Pyter? Ela não vai almoçar?

Pyter: Ela chegou da Europa essa madrugada justamente pra me acompanhar nessa viagem, então ela está muito cansada, chegou e foi logo perguntando a Laura onde ela iria ficar pois queria dormir.

Sua funcionária fez um lanche rápido pra ela e certamente ela não irá descer pra almoçar. Explicou.

Na minha casa haviam 4 quartos.

Um meu, um da minha mãe e dois quartos de hóspedes.

Os quartos de hóspedes ficavam ao lado do meu, isso significa que eu teria que ouvir minhas músicas com fones de ouvido pra não atrapalhar o sono da princesa.

Sentamos na mesa e eu fui logo querendo saber sobre a relação da filha dele com minha mãe.

- Então Pyter, sua filha está tranquila com esse seu envolvimento com minha mãe?

Pyter: Ela só viu sua mãe duas vezes. Mas de cara já se deram bem.

Minha filha sempre foi mais apegada a mim do que com a mãe dela, então ela mora comigo, só vai pra Europa visitar a mãe dela uma vez ao mês.

- Entendi.

Comemos e tivemos outras conversas bastante divertidas. Aparentemente o Pyter era um cara legal.

E parece fazer minha mãe se sentir bem.

Então pra mim, está mais do que aprovado essa relação.

Depois do almoço, minha mãe e o Pyter precisaram sair a trabalho e eu e o Demétrio voltamos pra empresa.

Mas antes, pedi que a Isabel ficasse a disposição da filha de Pyter.

O restante da tarde, passei assinando documentos e fazendo algumas ligações, enquanto Demétrio foi encontrar a equipe.

Quando cheguei em casa no fim do dia, liguei pra Melissa.

- Oi gostosa, fazendo o quê agora?

Melissa: Estudando, e você?

- Nada, além de falar com você. Cheguei em casa agora, e estou esperando minha mãe chegar em casa com o Pyter pra gente comer alguma coisa.

Melissa: Quem é Pyter?

Droga, eu havia esquecido de falar sobre isso com ela. Pensei.

- É o namorado da minha mãe.

Melissa: Não acredito, a Laura de namorado? Porquê você não me contou?

- Esqueci amor, desculpa.

Melissa: E ele é daqui de Fortaleza?

- Não, veio pra cá apenas pra abrir uma filial da empresa dele que fica na Europa.

Melissa: Quero conhecer ele, quantos dias ele irá ficar?

- Não sei, não perguntei.

Nessa mesma hora, a Isabel me abordou.

Isabel: Com licença Sr. Rodrigo, a moça ainda não saiu do quarto, devo levar algum lanche pra ela?

- Só um momento amor, pedi pra Melissa esperar, dando atenção pra Isabel.

- Acredito que não seja necessário Isabel, quando ela tiver com fome, ela deve descer. Mas de qualquer forma, quando Pyter chegar, você se informa com ele se deve ou não acordá-la.

Isabel: Tudo bem.

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