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A garota errada e a garota injustiçada romance Capítulo 236

Stella resmungou: “O quê? Tá tentando escapar de me pagar?”

Quando Abraham entrou, a viu deitada na cama, abraçando uma bandeja de frutas e mordiscando gomos de mexerica.

Ele mesmo tinha mandado preparar as frutas para ela.

Uma vez, ouviu um médico dizer que comer frutas ricas em vitamina C ajudava na recuperação de febres.

Ao vê-lo entrar, Stella já ia encerrar a ligação.

Mas, então, a voz desesperada de Lilian veio pelo telefone: “Foi culpa minha antes. Me desculpa. Por favor, por favor, me deixa em paz.”

Stella ficou em silêncio por um instante.

Mas o que é isso?

“Tá mesmo tentando escapar de pagar?”, disse ela, num tom preguiçoso.

Lilian era mesmo incrível, capaz de jogar o orgulho inteiro no lixo só para não soltar o dinheiro. Patética.

Stella não tinha interesse em prolongar a conversa. Já ia encerrar depois de dar uma última cutucada...

“Eu juro que sei que errei”, Lilian chorou. “Eu devolvo o papai e a mamãe pra você. Eu saio da família Reed. Só... por favor, para de mexer com os hospitais. Por favor.”

Ao ouvir isso, Stella quase riu alto.

“Pode ficar com eles”, respondeu, friamente. “Essas desgr*ças é melhor ficarem com você.”

E, sem hesitar, encerrou a ligação.

Lilian achava que todo mundo valorizava aquelas pessoas como ela?

Abraham sentou-se na beira da cama.

Ele afastou a bandeja de frutas. “Não coma assim. Faz mal pro estômago.”

Stella fez bico.

“Você tem que controlar até como eu como?”

Abraham arqueou uma sobrancelha. “Hmm?”

“Tá bom, tá bom, já entendi”, murmurou ela, emburrada por dentro.

Ele é mais rigoroso que a mãe!

Abraham perguntou: “Com quem estava falando agora?”

“Lilian”, respondeu Stella. “Ela fez uma aposta comigo de dinheiro. Disse que, se não se mudasse para a Mansão Verdant, perderia.”

Abraham ergueu a sobrancelha. “Você precisa de dinheiro?”

“Não. Mas aposta é aposta, tem que cobrar.”

Não era sobre precisar do dinheiro.

Era sobre pisar bem no orgulho de Lilian.

Abraham deu um leve sorriso. “Ela não tem pra te dar.”

“Hã? Como você sabe?”

“Aquele assassino continua extorquindo dinheiro dela.”

O canto da boca de Stella tremeu. “E como sabe disso tudo?”

Será que ele estava mandando vigiar?

Naquele momento, Stella teve certeza... Abraham não estava apenas irritado pelo acidente de carro.

Esqueceu?

“Você não tem permissão pra esquecer!”, ela soltou, de repente.

Ainda bem que ele não tinha dito que não se lembrava do que aconteceu, senão, ela nem teria onde reclamar.

Teria perdido todo o controle da situação.

Abraham massageou suavemente as pernas dela. “Tá doendo aqui?”

Stella fez bico. “Tá tão dolorido.”

Parecia até que nem eram mais as pernas dela.

Ele continuou massageando com cuidado. “Tão delicada.”

Stella bufou.

“Não andou se exercitando nesses anos?”, ele provocou.

Ao ouvir isso, Stella imediatamente se sentiu culpada.

Quando morava em Fleule, Abraham sempre insistia que ela mantivesse o treino diário.

Mas, depois que saiu de lá... ela largou tudo.

Ela assentiu de leve. “Não…”

“Quando melhorar, uma hora de corrida todos os dias”, disse Abraham, com calma.

Por dentro, Stella soltou um grito de desespero.

Uma hora? Ele quer me matar!

Mas ainda assim, perguntou teimosamente: “Então... a situação da Lilian foi mesmo coisa sua?”

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