A Herdeira Desconhecida: A Saga de Viviane Vieira romance Capítulo 95

O homem estendia seus longos e pálidos dedos até a gravata sobre seu peito, arrumando lentamente, com movimentos elegantes. Somado ao seu rosto absurdamente belo, cada gesto seu era de uma elegância e beleza que cativavam.

"Avise o departamento jurídico," disse Guilherme Galvão, virando-se para Gabriel, que estava ao seu lado. "Preparem dois advogados para me acompanhar."

Gabriel se surpreendeu: "Senhor Guilherme, o senhor mesmo vai à delegacia?"

A voz de Guilherme Galvão era grave e fria: "O punho que atingiu o filho delas também me atingiu. Quero ver se elas também pretendem me mandar para a prisão."

Gabriel ficou sem palavras.

O senhor Guilherme estava irritado!

E aquilo significava problemas sérios!

Convocar o departamento jurídico e levar advogados à delegacia era sinal de que ele estava decidido a enfrentar grupo de mulheres.

Gabriel não tinha a menor preocupação de que seu chefe fosse parar atrás das grades. Quando a família Galvão se envolvia, azarado era quem estivesse do outro lado.

Mas...

Quantas vezes Geraldo Galvão, o jovem herdeiro, tinha ido parar na delegacia, e o senhor Guilherme sempre enviava seu assistente para lidar com a situação.

Desta vez, envolvendo a senhora Viviane, Guilherme Galvão decidira intervir pessoalmente. Era um sinal de que as coisas estavam sérias. Gabriel até sentia uma pena de Geraldo Galvão.

Terminando o que tinha a dizer, Guilherme Galvão saiu do escritório primeiro.

Bruno Barbosa, que foi deixado para trás, estava confuso e perguntou a Gabriel: "Para onde o senhor Guilherme está indo? Eu ouvi algo sobre delegacia e departamento jurídico. Aconteceu alguma coisa?"

"Oh, um amigo do senhor Guilherme teve um problema, e ele está indo resolver," Gabriel não mencionou o caso de Viviane Vieira. Afinal, a relação entre o senhor Guilherme e a senhora Viviane ainda não estava clara, e ele não podia falar disso antes de as coisas se confirmarem.

"Amigo? Que amigo?" Bruno Barbosa estava curioso e confuso, um tanto fofoqueiro. "Um amigo que faz o senhor Guilherme intervir pessoalmente... deve ser uma relação bem especial. É homem ou mulher?"

Bruno Barbosa havia ouvido parte da conversa entre Gabriel e Guilherme Galvão, mas não tinha compreendido tudo.

Eles mesmos teriam dificuldade em fazer tal coisa.

"Não tenha medo, aqui você só precisa falar a verdade," o policial falou com mais suavidade. "Alguém a fez assumir a culpa? Quem realmente mandou aqueles garotos do ensino técnico para o hospital?"

"As pessoas foram batidas por mim, ninguém me fez assumir a culpa," Viviane Vieira se recostou preguiçosamente na cadeira do interrogatório, com um ar despreocupado em seu rosto pálido, uma expressão indiferente em sua voz. "Eu reagi porque eles me provocaram primeiro."

"Se eu não reagisse, apanharia. Minha cabeça não está cheia de água, claro que tinha que me defender."

"Só não esperava que eles fossem tão frágeis."

A garota falou de maneira displicente.

Ainda com um traço de desdém e desprezo: "Eles não aguentam um golpe, cada um deles foi parar no hospital com apenas um soco meu. Tsc, os homens de hoje são tão inúteis assim?"

O jovem policial: "..."