A Jornada após a Rejeição romance Capítulo 5

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"Faz tempo que desisti disso, Rachelle, e você também deveria fazer o mesmo! Ainda que encontrássemos nosso companheiro, ele nunca nos aceitaria, porque ele também teria a impressão de que matamos o Alfa. Então não adianta esperar. Provavelmente continuaremos como escravas solitárias por toda a vida", eu a adverti.

“Por favor, não diga isso, Natasha! Não podemos desistir agora. A esperança é a única coisa que temos para nos agarrar neste mundo cruel!", ela questionou, enquanto meu sorriso desaparecia. "Como posso esquecer? Aquele dia mudou minha vida para sempre. Simplesmente considero o que ele disse como as últimas palavras de um moribundo. Ou seja, palavras que não significam nada. Portanto, pare de pensar nisso, Rachelle. Esta é a nossa realidade", eu disse sem rodeios, colocando o pouco de força que me restava para me levantar.

Faltava limpar os setenta e cinco quartos da casa do bando. Só teria permissão para comer depois disso e o resto do meu dia seria gasto cuidando dos filhotes. Se eu tivesse sorte, seria apenas intimidada e ridicularizada enquanto realizava meu trabalho. Mas, se fosse azarada, seria espancada por um ou outro homem desagradável. Muitas vezes, quis me defender, mas Rachelle me avisou para não fazer isso, porque acabaria me deixando gravemente ferida ou morta. Embora não pudesse falar, gostaria de bater neles quando me chamavam de todos os tipos de nomes impublicáveis. Seria bom para mim, mas não consegui cumprir meu desejo porque, em minha opinião, ouvir Rachelle me ajudaria a continuar viva o maior tempo possível.

Outro pensamento que muitas vezes eu tinha era de escapar, mas eu sabia que não conseguiria. Certamente, seria pega e punida, possivelmente até a morte antes mesmo de cruzar a fronteira.

E, mesmo que eu atravessasse com sucesso, não sei com que tipo de problema poderia me deparar. Se um bando rival matou o Alfa e me colocou na situação em que estou atualmente, qual é a garantia de que eles não me matarão no minuto em que eu entrar em seu território?

Eu não seria capaz de explicar minha situação para eles, e ainda pensariam o pior de mim, assim como as pessoas do meu bando.

Além disso, seria solitária em outro local, porque minha única família estava aqui e, embora não quisessem mais considerar minha existência, ainda acreditava que a verdade viria à tona e me aceitariam de volta. É por isso que, embora o suicídio parecesse a melhor solução para mim, na maioria das vezes, evitei tirar minha própria vida e tentei ser forte e suportar tudo com humildade, porque queria permanecer viva para testemunhar o dia em que a justiça seria feita e comprovar que todo o meu sofrimento não havia sido em vão.

Suspirei e minha esperança lentamente foi se transformando em raiva quando me lembrei daquela pessoa chata de quem eu faria praticamente qualquer coisa para me livrar.

Além do Alfa, um lobo chamado Roberto assumiu a responsabilidade de me incomodar. Eu sempre quis saber o motivo, mas descobri depois que ele era um dos amigos mais próximos do Alfa, que assumia seu papel de me machucar quando o Alfa estava ocupado com seus deveres.