A Luna Meio-Sangue romance Capítulo 8

Ponto de vista de Ella

Era real. Eles se foram. Estavam mortos. Mortos. Eu ainda estava tentando entender isso. Alguém finalmente ouviu minhas preces. Eles se foram. Nunca mais me machucariam ou violaram meu corpo. Respirei fundo e senti como se estivesse segurando o ar por dez meses.

“Claro que não sabemos se devemos ficar felizes ou apavorados”, disse Maggie erguendo as sobrancelhas para Sara, a outra serviçal.

"Por quê? O que você quer dizer?", perguntei baixinho

“Bem, todo mundo está falando sobre o alfa Klaus e como será seu sistema de governar. Nenhuma de nós o conhece, é claro, mas os soldados que voltaram com notícias sobre o alfa Grey e beta Sam ficaram com muito medo dele. Disseram que ele era implacável, matava qualquer um que se metesse em seu caminho durante a batalha até que chegou ao alfa Grey. Depois o mordeu em pedaços e nem o deixou se render pacificamente”, disse Sara em tom assustado.

"Você está dizendo que ele vai ser pior do que o alfa Grey?", perguntei.

“Não sei, mas ouvi um dos soldados dizer que deu a eles as mesmas opções que o alfa Grey dava aos bandos depois de matar o alfa. Era submeter-se ou morrer”, disse Sara.

Dr*ga. Isto é mau. E se ele fosse pior do que eles? Claro que era, disse a mim mesma. Quem faz as pessoas se submeterem a ele contra sua vontade são maníacos por controle, famintos por poder, lunáticos.

"Você disse que ele viria aqui para a casa do bando amanhã de manhã?", perguntei a Maggie.

“Sim, foi o que os soldados disseram. Ele queria dar tempo aos feridos para se curarem, para que todos pudessem comparecer à cerimônia de submissão de amanhã”, respondeu Maggie.

O plano se formou em minha mente imediatamente. Não vou esperar que o alfa Klaus me humilhe mais do que já estava sendo humilhada todos os dias. A julgar pelo que ouvi, ele provavelmente não dá a mínima para os direitos dos mestiços ou o que eles merecem. E por que deveria ser diferente? Todos os puros-sangues pensam nos seus malditos egos. Vou partir esta noite, viva ou morta.

Maggie e Sara continuam a conversa sem prestar atenção em mim. Dou meia volta, retorno ao meu quarto e fecho a porta. Ando de um lado para o outro no pequeno recinto pensando no meu plano de fuga. Não vou levar nada comigo. Isso só vai me atrasar, e já estou em muitas desvantagens. Não sou lobo, então não conseguia me transformar ou correr rápido. Tinha que correr a pé, que era mais lento. Sem mencionar que eu ainda estava sofrendo muito da noite passada. Portanto, mais um motivo de desaceleração. A única coisa que tenho para levar é dinheiro para administrar as coisas quando chegar à cidade mais próxima.

Essa era a parte mais fácil, pois estava bem aqui, escondida em uma pedra solta dentro da parede do meu quarto. Comecei a roubar um dólar do quarto do alfa Grey todas as noites. Achei que precisava economizar algum dinheiro para quando finalmente planejasse escapar. Eu tirava apenas um dólar de suas calças que ele sempre deixava no chão quando fazia o que queria comigo. Não pegava mais por medo dele descobrir que alguém estivesse roubando dinheiro dele. Isso nunca teria passado sem uma punição severa. Depois que ele adormecia, pegava meu dólar diário e ia embora. Quer dizer, eu não considerava isso roubo, visto que ele estava me usando como uma escrava do sexo e tortura todas as noites. O mínimo que ele podia fazer para compensar era financiar meu plano de fuga.

Parei em frente à minha velha mesa e peguei meu livro de geografia. Abri o livro na página marcada de um mapa que mostrava a área ao redor do meu bando. A cidade humana mais próxima ficava a cerca de quatro quilômetros. Provavelmente levaria aproximadamente quarenta e cinco minutos para chegar lá. Não é uma caminhada muito longa. Apenas tenho que passar pelas pessoas que estarão patrulhando o entorno.

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