- No compartimento central de sua bagagem, tem um cartão preto dourado sem senha. Você pega ele e só usa ele.
O que Luana não esperava foi que ele já havia lhe preparado um cartão para ela gastar dinheiro.
Luana ficou surpresa, levantou-se apressadamente e saiu da cama para vasculhar a mala. E de fato encontrou um cartão preto dourado no local que ele disse. Com um padrão de fundo preto junto com filigrana dourada no meio, não era um cartão comum à primeira vista.
- Quando você meteu um cartão em minha mala? – Ela nem sabia disso!
- Não importa quando eu coloquei. Esse dinheiro já dá para você gastar - depois de uma pausa, ele disse, - Não é fácil trabalhar lá. Comer bem e dormir bem são as primeiras coisas a fazer. Tem de cuidar de si mesma quando eu não estiver por perto.
Estas palavras tocaram Luana, fazendo com que ela estivesse com tanto carinho no coração.
Desde criança, tudo o que lhe havia sido ensinado e aprendido era como ficar de pé e como cuidar de si mesma, mas agora já havia um homem que pensava nela todos os dias, preocupando que ela não vivesse uma vida feliz e considerando-a como a pessoa mais importante dele.
- Entendi, para você também - ela disse com voz baixa, e inconscientemente, sua voz se suavizou muito.
Ao ouvir, Luís mostrou um sorriso, e depois, parecia que se lembrou aparentemente de algo, então falou:
- Ouvi dizer que o organizador convidou Sr. Veer. Aquele homem é um pouco difícil de lidar. Se você encontrar ele, lembra-se de evitar conflitos com ele o máximo possível.
Sem receber a resposta positiva da mulher, as pálpebras de Luís saltaram e ele perguntou:
- Você já encontrou ele?
- Sim - ela murmurou, e disse tudo o que havia acontecido hoje.
Quando ela terminou, foi a vez de Luís não falar.
- Você está desapontado comigo? - Ela não tinha sentido nada antes de dizer tudo como espectadora. Mas agora ela também ficou desapontada consigo mesma por ter ofendido um manda-chuva tão importante logo após a sua chegada.
Mas por mais decepcionada que ela estivesse, ela sentiu que ainda diria as mesmas palavras mesmo que encontrasse Sr. Veer de novo.
Ela podia aturar qualquer outra coisa, mas para esse tipo de desprezo explícito pelos perfumistas de São Pedro era demais para ela suportar!
- Não é isso não. - Luís conhecia o carácter dela. Só que o que ele não esperava foi que ela encontrasse Veer no primeiro dia, e nesta situação, - Você já resolveu o problema, né? Já que Sr. Veer não ficou muito zangado com você nem te expulsou.
- Isso não foi resolvido por mim. Foi resolvido por Lisa. - Ela era honesta e tinha a autoconsciência de si mesma. - Se Lisa não tivesse sido filha do Sr. Veer, eu poderia ter sido expulsa hoje.
Ela disse meio brincando, sabendo muito bem que isso foi impossível.
Como um excelente perfumista internacional, seu status e sua reputação estavam lá. Mesmo que estivesse zangado, ele não faria muito má na frente de tanta gente. Além disso, ela estava certa, que os organizadores haviam de fato falhado em seu dever em recepcionar as pessoas. Naquele momento, Sr. Veer estava zangado só porque sentiu que havia perdido a face. Seria inferior a Sr. Veer se ele a expulsasse por isso.
- No final, é por sua causa. Se você não tivesse feito a amizade com Lisa, como teria sido recompensado hoje? - Mas Luís ficou surpreso com esta ligação social dela, - Não pensei que a filha de Sr. Veer fosse sua amiga.
Havia tantas pessoas no mundo que queriam ser associadas a ele e queriam tomar o caminho mais fácil, mas nenhum deles podia fazer nada a esse respeito. Mas ela na verdade era amiga da filha do Sr. Veer!
- Não pensei que Lisa fosse sua filha. Quando conheci Lisa, ela era apenas uma menina normal. Ela não falava muito naquela época e era introvertida. Quem teria pensado que ela seria filha de Sr. Veer?
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