A magnata e seu ginecologista romance Capítulo 1122

Bruno coçou a orelha distraidamente enquanto falava.

Eduardo percebeu, então, que no outro extremo do corredor dois seguranças estavam amarrados no chão, com a boca vedada por fita adesiva. Provavelmente eram os guardas que originalmente protegiam aquele quarto, mas Bruno já havia dado um jeito neles.

“Matheus está lá dentro?”, Eduardo perguntou diretamente, com os olhos cheios de determinação.

“Quem sabe?”, Bruno deu de ombros e respondeu. “Talvez ele já tenha ido embora.”

“Então você me impediu neste momento porque quer lutar comigo aqui?”, Eduardo questionou.

“Não, não, não!” Bruno rapidamente balançou as mãos e disse: “Eu não quero lutar com você. Se possível, que tal termos uma conversa? Talvez eu possa te contar algo interessante.”

“Então vá em frente, mas se sua próxima frase não me interessar, eu vou entrar à força”, Eduardo disse, friamente.

“Neste caso, preciso te contar algo chocante.” Bruno tirou um pedaço de cera de ouvido, limpou-o casualmente na calça e sorriu. “O filho do seu primo, na verdade, não é biologicamente dele. Quer adivinhar quem é o verdadeiro pai?”

Eduardo ficou de fato surpreso.

Amélia já havia mencionado isso ao seu primo, mas, na época, Mariana o alertou para não buscar a verdade, independentemente da mulher estar falando a verdade ou não.

Se fosse Amélia quem dissesse isso, Eduardo certamente ignoraria, mas como esse homem insignificante poderia saber?

Além disso, ele parecia saber quem era o pai biológico de Thomas.

“Interessado, não é?” Bruno viu a reação de Eduardo e falou triunfante.

“Não, não estou interessado.” Eduardo riu. “Você é o pai do Thomas?”

Agora foi a vez de Bruno ficar surpreso. Com os olhos arregalados, ele disse: “Como você sabe que sou eu? Quem te contou?”

“Você é um ótimo ator”, Eduardo continuou sorrindo. “Mas não pode me enganar, e esse assunto também não me interessa.”

As palavras de Mariana ecoaram novamente em sua mente.

Enquanto ele não buscasse a verdade, seu primo continuaria sendo o pai de Thomas.

Essa era, também, a teoria do gato de Schrödinger.

Depois de dizer isso, Eduardo bateu na porta diretamente.

Bruno não esperava que nem esse assunto despertasse o interesse de Eduardo. Só pôde suspirar e, a contragosto, se preparou para enfrentá-lo.

Felizmente, seu telefone tocou a tempo com uma notificação de mensagem.

“Sr. Lowe, por favor, espere um momento. Estarei pronta em breve.”

“Sem pressa”, Eduardo respondeu casualmente e começou a observar o quarto com atenção.

Primeiro, queria confirmar se Matheus realmente havia partido.

Segundo, procurava por possíveis armadilhas no local.

Mesmo sem o alerta de Bruno, ele sabia que Felicia não era alguém a ser subestimada. Era altamente provável que ela fosse a Santa, mas por que ela havia mudado de ideia e o convidado em vez de Nathan?

No momento seguinte, a porta do banheiro se abriu.

Um aroma cativante preencheu o ar.

Eduardo rapidamente olhou para o banheiro, curioso para ver como era aquela mulher encantadora e se ela era a pessoa que ele imaginava.

No entanto, ao ver o rosto de Felicia, ficou paralisado.

A sensação era semelhante à de quando viu Mariana pela primeira vez. Nem mesmo ao ver Heloísa ele ficou tão impressionado.

Ela era bela, mas não era ninguém que ele conhecesse.