A magnata e seu ginecologista romance Capítulo 116

Por mais que tentasse, Monique não conseguia acreditar que Mariana tinha apenas vinte e sete anos!

Agora que ela havia desistido completamente de Eduardo, não escondia mais o seu desprezo por ele. “Não entendo. O que ela vê em você?”

“Como eu vou saber? Pergunte a ela!”, respondeu Eduardo, de forma seca.

Haha. De jeito nenhum vou contar a verdade para ela. Esse é um segredo entre eu e Mariana!

“Aff! Ainda acho que isso é tudo teatro”, retrucou Monique. “É demais pra engolir!”

Isso não faz sentido... Eduardo ganha apenas oitenta mil por ano. Como ele conseguiu uma esposa tão fora da sua realidade? Nem nos contos de fadas acontece algo assim!

Eduardo apenas sorriu e não disse nada. Ele não se importava com o que ela pensava e só queria mandá-la embora e encerrar o assunto.

Quando Eduardo finalmente chegou em casa, imediatamente expressou sua gratidão a Mariana. “Sra. Quillen, obrigado por entrar na brincadeira hoje. Você não só me ajudou a me livrar de uma mulher insistente, como também deixou minha mãe muito feliz!”

Mariana tentou disfarçar com um sorriso casual, mas não importava o quanto tentasse, ela não podia esconder a pontinha de satisfação que sentia.

Não acredito que foi tão fácil ganhar a confiança da minha sogra. Sou mesmo uma nora encantadora, né?

No entanto, segundos depois, Mariana voltou a ser fria e indiferente. “Não fique criando ideias. Estou fazendo isso só pra te agradecer por ter dado uma surra no Gabriel. Aquele desgraçado tentou me prejudicar várias vezes. Eu deveria ter lidado com ele antes!”

Eduardo estremeceu um pouco antes de olhar para Mariana com um sorriso forçado. “Você já sabia, Sra. Quillen?”

“Claro. Dito isso, é melhor você ficar esperto”, avisou Mariana. “Gabriel não é como as mulheres carentes ao seu redor. Ele é muito mais astuto e difícil de lidar. Nunca se sabe quando ele vai atacar!”

Embora eu tenha feito Gabriel sofrer muitas perdas nos negócios, quase caí nas armadilhas dele várias vezes. O último episódio foi o pior! Nem sabia que ele tinha colocado algo na minha bebida e, se não fosse pelo resgate a tempo de Eduardo, tenho certeza que Roberto teria se aproveitado de mim! Depois, mesmo que eu quisesse me vingar, Gabriel usaria Roberto como bode expiatório enquanto ele saía impune...

Para piorar, seu pai, Heitor Cadigan, ligou de manhã cedo exigindo que ela contribuísse com oitenta mil. De onde ela tiraria tanto dinheiro?

Depois de ouvir o relato de Alessandra, até o tranquilo Eduardo não conseguiu mais conter a sua raiva.

Ele nunca gostou do seu avô, e detestava ainda mais o seu tio inútil, Emerson Cadigan, que só sabia gastar tempo e dinheiro em vícios.

Infelizmente, Alessandra nasceu numa família da Aldeia de Vale Verde que priorizava filhos homens, e o casamento das filhas não era mais que uma transação financeira para eles.

Droga! Fiquei sabendo que quando o papai quis casar com a mamãe, o vovô teve a audácia de pedir cem mil como dote! Com esse dinheiro dava pra construir uma mansão naquela época! Como meu pai tinha acabado de sair do exército, teve que gastar todas as suas economias antes de poder se casar com a mamãe. E o pior de tudo, o vovô nem compareceu ao jantar de casamento. Deu a desculpa esfarrapada de que o local era longe demais! Nunca vou esquecer como a mamãe sempre se emociona quando fala disso...

Ah, quanto mais Eduardo pensava nisso, mais raiva sentia. Justo quando eu pensava que a minha família materna tinha cortado todo contato conosco, o vovô apareceu com um bando de parentes em nossa casa três anos atrás e insistiu que a mamãe pagasse as dívidas de jogo do tio Emerson de trinta mil! Eles não paravam de culpá-la, lembrando que ela era irmã dele... O papai já tinha falecido naquela época e, comigo no exército, a Rebeca não conseguiu se defender daqueles canalhas sozinha. Vovô e tio Emerson nunca agradeceram depois de pegar o dinheiro e não acredito que estão fazendo isso de novo! Quão sem vergonhas eles podem ser? Pra eles, somos apenas um caixa eletrônico? É por isso que só aparecem quando precisam de dinheiro e nos tratam como lixo quando estamos sem?