A magnata e seu ginecologista romance Capítulo 117

“O que você pretende fazer agora, mãe?”

Eduardo achou que deveria ao menos consultar a opinião de sua mãe.

Ele não sentia mais nada por seu avô, Heitor, seu tio, Emerson, e aquele lado da família, mas temia que sua mãe ainda tivesse algum sentimento. Afinal, o sangue fala mais alto.

Se sua mãe decidisse resgatar o tio, ele, como filho, ajudaria de alguma forma.

“Não sei o que fazer. Não temos dinheiro.”

Alessandra era prática.

Apesar da pressão da sua família, ela não pediria ajuda ao filho, nem à nora.

Já devemos demais a ela!

“Se o vovô te ligar, Edu, diga que você não tem dinheiro. Eles não podem saber que a Mariana é dona de uma grande empresa, senão tenho medo que te forcem a pedir dinheiro a ela.”

Alessandra sabia o quanto seu pai era obcecado por dinheiro. Por isso, ela não ousou informá-lo da visita de Mariana quando ela veio com Eduardo.

Se o velho soubesse o quão rica sua nora era, faria de tudo para extorqui-la.

Na verdade, sua intenção ao ligar para Eduardo era alertá-lo, e não pedir dinheiro.

“Eu sei, mãe”, Eduardo a tranquilizou.

Ele já havia decidido não ajudar seu tio, pois ele havia pedido ajuda muitas vezes. Apesar de ser um homem de quarenta anos e pai de dois filhos, Emerson não tinha responsabilidade, preferia ostentar sua riqueza sempre que tinha dinheiro, em vez de gastá-lo com seus filhos.

Junto com sua mãe, Eduardo já havia visitado a família dela e viu como aqueles dois filhos eram malvestidos. Os pais deles se separaram e o pai não se importava com eles. Frequentemente eram humilhados na escola, e tinham baixa autoestima.

Tio Emerson é arrogante e não entende como a vida é passageira.

Eduardo sabia que seu avô, Heitor, havia dado um dote de cem mil ao seu pai, que de alguma forma foi para Emerson para iniciar um negócio, e ele o perdeu quase que imediatamente.

Não acredito que ele está fazendo isso de novo.

“O que está acontecendo? Mais garotas atrás de você?”

Mariana não resistiu e provocou quando apareceu.

Com um sorriso que parecia mais uma careta, ele estava prestes a responder quando o telefone tocou novamente.

Dessa vez, ele atendeu.

“O que está acontecendo? Quantas vezes tenho que ligar antes de você atender? Está tentando evitar este velho de propósito?”

Como sempre, Heitor começou a atacar assim que abriu a boca.

“Me desculpe, vovô. Eu estava tomando banho.”

“Banho? Hmph! Acho que você sabe porque estou ligando, então está me evitando. Eu te digo, você não pode se esconder para sempre!”