A magnata e seu ginecologista romance Capítulo 160

Mariana mostrou um sorriso desdenhoso depois de ouvir a história de Ricardo sobre seu casamento.

Tratava-se de um clichê em que um homem honesto se casava com uma mulher grávida de outra pessoa. Ficou surpresa por tal coisa ter acontecido com um dos parentes de seu marido.

“Os homens da família Lowe são mesmo idi*tas!”

Mas uma vez, ainda que indiretamente, insultou Eduardo, mas ele não disse nada em protesto.

A verdade é que sua situação não era muito melhor que a de Ricardo. De certa forma, talvez estivesse pior.

Afinal, ele e Mariana casaram-se às pressas quando tinham visto um ao outro apenas uma vez. A relação que compartilhavam era pior se comparada à de Ricardo e Amélia.

Pelo menos eram íntimos antes de se casarem. Ele, em contraste, sequer tinha segurado a mão de Mariana.

Pensando nisso, Eduardo começou a rir. “É verdade, não nego que sejamos idi*tas. Mesmo assim acho que sou mais sortudo que Ricardo!”

“Como assim?”

Mariana encarou-o de repente e ele explicou com um sorriso feliz: “Acho você mais bonita e gosto da sua personalidade. Quando me casei com você para acalmar minha mãe, admito que foi um risco. Mas graças a Deus somos mais ou menos felizes agora, certo?”

A jovem mulher fez uma careta. “Hunf, quem está feliz é você, não eu!”

“Fiz alguma coisa para irritá-la?”, perguntou Eduardo.

“Não é óbvio? Continuam atacando você online. Se a situação sair de controle, temo que eu — como sua esposa — serei arrastada cedo ou tarde!”

“Ah! Perdão, vou cuidar disso imediatamente”, desculpou-se.

Quando declarou que enfrentaria o problema sozinho, esqueceu-se do fato de que era legalmente casado. Se a perseguição continuasse, ela acabaria envolvida.

“E é por isso que você é um idi*ta. De qualquer forma, o que pretende fazer?”

“Eu e minha irmã vamos responder às acusações para provar nossa inocência e provar que os acusadores distorceram os fatos. É assim que vamos executar nosso contra-ataque. Mas temos um problema — os escritores-fantasma. Não é como se tivéssemos dinheiro para contratá-los como forma de combatê-los e de impulsionar nossa publicação.”

“Isso não é um problema!” O que frustrava o marido não passava de algo banal para a esposa. “Tenho amigos nas redes sociais que podem compartilhar seu esclarecimento. Quanto à contratação de escritores-fantasma e impulsionar a publicação, tenho dinheiro de sobra para isso.”

“Obrigado, sra. Quillen!”

Após mostrar sua gratidão, acrescentou confiante: “Na verdade, não é necessário pagar para impulsionar a publicação. Desde que a imprensa divulgue online e apresente nossas evidências, tenho certeza que as pessoas com senso de justiça ficarão ao nosso lado.”

Diante da convicção de Eduardo, a jovem mulher não teve dúvidas de que tinha feito os preparativos necessários.

Além da plena confiança que tinha em seu caráter, também estava certa de que quem quer que tentasse acusá-lo falsamente pagaria caro.

Eduardo continuou: “Me recuso a acreditar que meu avô e Jefferson tenham poder suficiente para isso. Tenho certeza que há mais alguém ajudando nos bastidores e vou chegar ao fundo disso!”

Mariana assentiu.

Se o avô e a família dele fossem tão capazes, não se empenhariam tanto para enganar alguns milhares de pessoas. Há mais coisa neste assunto do que aparenta!

“Neste caso, devíamos deixar o assunto rolar mais um pouco. Quanto mais isso se estender, maior será nossa resposta.” Ela ofereceu: “Vou ajudá-lo a encontrar quem está por trás disso!”

“Obrigado, Mariana!”, agradeceu mais uma vez, porque a ajuda dela simplificava as coisas de modo significativo.

A jovem mulher respondeu com um sorriso arrogante: “Não me agradeça, só não quero ser atormentada pelos seus problemas.”

Apesar daquelas palavras, o coração de Eduardo se aqueceu.

Mariana voltou para seu quarto e deu mais trabalho a Laura. Pediu que investigasse quem estava por trás do artigo malicioso e quem estava desembolsando para impulsionar o tópico.

Sentiu-se grato principalmente ao pensar em como Ricardo e sua própria mãe o haviam tratado. Não acredito que a família de Mariana seja tão simpática!

A idade o tornou mais sábio e sabia melhor do que ninguém que era necessário tempo para qualquer casal fortalecer o relacionamento. Mesmo aqueles que não sentiam nada um pelo outro se aproximavam com o tempo e não se separavam.

Mal posso esperar... Haha...

“Quem era?”

Mariana viu Eduardo com o telefone quando saiu do quarto.

“Hum, seu avô.”

“O quê? Meu avô?”

Mariana pareceu surpresa. Ele não sabe mexer na internet, muito menos acompanha as fofocas. Como foi que ele soube?

O fato de ter ligado para Eduardo mostrava o quanto se importava com o marido de sua neta.

O pensamento desencadeou outra crise de ciúme em Mariana, que se perguntou se o avô os havia confundido. Desde quando avós se importam mais com os cônjuges dos netos do que com os próprios netos?

“Aham, ele disse para o informarmos se não conseguirmos resolver sozinhos.”

Mariana bufou em resposta às palavras transmitidas pelo velho.

Nenhum problema é grande demais para mim, muito menos uma bobagem como esta.

As palavras de seu avô não só eram um insulto, como também eram um sinal de sua consideração por Eduardo. Era natural que ficasse indignada e com ciúme.

“Vamos comer primeiro. Só alimentando-se bem vai conseguir manter-se saudável.”

Tal declaração varreu os pensamentos de Mariana e substituiu as emoções conflituosas por uma afeição reconfortante. Se meu avô não cuida de mim, pelo menos meu marido cuida.