A magnata e seu ginecologista romance Capítulo 86

Mariana chamou Beatriz para jantarem juntas àquela noite. Haveria mais drinques do que jantar propriamente dito.

O estabelecimento em que estavam era um dos negócios da família Quillen. Elas costumavam frequentar o local para jantar, porém era o primeiro encontro que faziam desde o casamento.

“Alguma coisa errada, Mariana? Por que está bebendo tanto?”

A princípio, Beatriz não percebeu que havia algo errado com Mariana, ela era boa em esconder sentimentos e pensamentos. Em outras palavras, ela nunca deixou que nada a incomodasse, porém após o oitavo drinque da amiga, ela passou a desconfiar que talvez houvesse algo á incomodando.

“Estou bem. É só o tempo frio. Estou bebendo para me aquecer”, explicou Mariana.

Isso é um problema, e dos grandes!

Beatriz sabia que Mariana nunca se importava em explicar nada. Assim, quando ela encontrava uma desculpa para beber, isso provava que estava tentando esconder algo.

“Mariana, Eduardo fez merd* de novo?”

Beatriz não se atreveu a insinuar que Eduardo poderia intimidar Mariana. Afinal de contas, nenhuma criatura viva do planeta poderia intimidar sua prima.

“Hmph! Quando foi que ele fez algo de bom?”, disse Mariana com frieza.

O Eduardo que ela conhecia era um idiota. Ele se preocupava com um pouco de dinheiro e nunca percebia quem estava do seu lado ajudando-o.

“É aí que você se engana, Mariana.”, Beatriz contestou: “Ele lidou com os bandidos no local do projeto e resolveu a questão do logotipo. Ele até salvou você uma vez. Ele é incrível!”

Mariana ficou atônita ao ouvir a prima listar os grandes feitos de Eduardo. Na verdade, ela não sabia por que tinha aquela sensação opressiva no peito aquela noite. Finalmente compreendeu quando Beatriz apontou o motivo. Será que estou me sentindo assim por causa das palavras daquele idiota? De jeito nenhum! Como isso é possível? Eu sou Mariana Quillen! Não fico chateada com as palavras de macho nenhum.

“Tanto faz! Não vamos mais falar sobre aquele idiota! Beba!”

Mariana forçou Beatriz a tomar outro drinque.

Sendo a pessoa perspicaz que era, Beatriz discretamente esvaziou o conteúdo no chão após tilintar os copos. Mariana, por sua vez, notou a ação de Beatriz, porém não a expôs. Ela não se importava se Beatriz acompanhava-a ou não. Só precisava de companhia naquela noite.

Beatriz ajudou Mariana, embriagada, a sair do local por volta das dez da noite.

Os lábios de Mariana se curvaram em um sorriso amargo ao notar aonde era conduzida. Este é o meu lar agora. Um lugar que me restringe.

“Sim, Sra. Quillen.”

Após o motorista e os guarda-costas saíram, ela apertou o botão de chamada do elevador e cambaleou adentro após as portas abrirem.

Uma pontada de dor atingiu a barriga quando o elevador chegou ao décimo sétimo andar. O mundo girou ao abaixar a cabeça, e ela quase não conseguiu sair do elevador.

Com esforço, chegou à porta da frente de sua unidade, porém não conseguiu colocar as chaves na fechadura.

“Drog*!”

Mariana segurou a barriga quando outra onda de dor a atingiu. Uma consequência por ter passado a maior parte da noite bebendo sem freios.

Ela queria chamar Eduardo, mas achou que seria muito humilhante.

Afinal, ela nunca havia feito algo assim.