À mercê da realeza romance Capítulo 74

Chego no quarto e encontro Ana estendendo uma roupinha de bebê no centro da cama. Bato a porta com força fechando-a, ela se assusta.

_Estava te esperando._Ela sorri suavizando a expressão.

_Que roupinha é essa?_Digo tirando o sapato do pé esquerdo.

_Sua mãe me deu._Ela suspende no ar._Não é linda? Ela preferiu branco porque não sabemos o que vai vir futuramente._Ela abraça a roupinha._Eu quero uma menina e você?

_Eu não quero nada._Tiro o outro sapato do pé._Ana, acabamos de nos casar e você está pensando em filhos? Você é louca ou o quê?

Ela joga a roupinha com força na cama e coloca as mãos na cintura de um jeito raivoso.

_Lyam, somos da realeza!_Ela brada._Temos que reproduzir, dar herdeiros. Temos que ter sucessores.

_Ana, para com isso! Eu sei que temos que dar herdeiros, mas não precisa ser hoje e nem agora._Passo os dedos nas têmporas._Agora para de me encher o saco.

Ela tira as mãos da cintura e me empurra na cama fazendo-me deitar. Pega meu pé direito e começa a massageá-lo. Não protesto.

_Você está tenso. Está acontecendo alguma coisa?_Pergunta baixinho.

_Eu acho que você já percebeu o que está acontecendo._Digo calmo._Estamos quase falindo. O dinheiro que temos não dará conta por muito tempo.

_O que pensa em fazer?

_Já pedi ao meu pai pra marcar uma reunião com o rei de Trevor._Ela pega o outro pé._Preciso saber o que será de Córya.

_Eu vou com você._Ela sentencia.

Me sento na cama encarando-a e posso ver ciúmes em seu olhar. Eu mereço.

_Por que, Ana? Por que você gosta tanto de complicar as coisas?_Falo de cara fechada.

_Você é um homem casado, comigo por sinal._Ela dá um risinho besta._E é meu dever acompanhar meu marido onde ele for. Fim de papo.

Me jogo na cama bufando frustrado. Se a intenção de Ana é querer tirar minha paciência, ela está conseguindo sem nenhum esforço.

Com ela lá eu nem poderei trocar uma palavra com a Kalenna direito.

Mas o que eu tô pensando? Eu sou um homem casado que deve respeito a esposa. Não posso pensar na traidora. Não posso! Não seja burro, Lyam. Ela se vingou de você e da sua família.

Sinto Ana me dando beijos pelo pescoço e pelo rosto querendo excitar-me. Pego-a pela cintura e puxo ela pra perto de mim. Ela fica com os olhos fixos nos meus.

_Eu sou capaz de fazer qualquer coisa por você, meu amor._Ela toca a mão no meu rosto suavemente._Você será meu pra sempre. Seremos uma família muito feliz.

Como forma de calá-la, beijo sua boca de forma avassaladora. Acabamos transando diversas vezes e só parei quando Ana adormeceu.

Já estava escuro. Joguei o lençol por cima do corpo dela e peguei um roupão pra cobrir meu corpo. Vou até a janela e abro-a um pouco contemplando a noite que se inicia. Meu peito aperta um pouco, mas nada insuportável demais. O que será isso?

Sempre fui um vampiro muito saudável e nunca tive dores naturais desse tipo. Não é por falta de sangue pois estou me alimentando bem. Preciso saber o que é isso.

Olho pra Ana que dorme profundamente e resolvo sair. Me visto e saio rapidamente. Encontro Ralf de carícias com Thianna no corredor.

_Onde vai assim tão apressado, irmãozinho?_Ele pergunta quando passo por ele.

_Preciso ver alguém. Por que não volta pro seu momento meloso e me esquece?_Falo com deboche.

De repente sinto outro aperto e dessa vez muito forte a ponto do meu joelho esquerdo encostar com força no chão. Sinto as mãos de Ralf e de Thianna em mim tentando me ajudar.

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