Gui narrando.
Cá estou eu indo pra boca, ainda é 07:00 da manhã, um sono do caramba, porém tenho que ajudar os parça, não por dinheiro porque isso eu tenho de sobra, mas por consideração.
Comprimentei os vapor da porta, entrei e já vi o JG na sala dele, já que a porta tá aberta fui entrando, me sentei na cadeira de frente pra ele, pelo que estou vendo a noite ontem foi boa, porque ele tá quase cochilando na cadeira.
-Aprontou muito ontem em safado?- perguntei rindo e ele negou.
-A mulher não me deixou dormir pow, um fogo que não apaga nunca- falou e eu dei risada.
-Sim pow, tu acredita que tô levando fama de fofoqueiro, mó ideia errado, não virei nem Léo Dias oxi- falei emburrado.
-Eu acredito, mas às vezes tu é fofoqueira mesmo parceiro- falou e eu fechei a cara.
-Tu é corno e nem por isso eu saio falando- brinquei porém sai correndo.
Escutei um "corno é teu pai" acho que ele esqueceu que o meu pai foi comprar cigarro e nunca mais voltou, sai dá boca e fui pra barreira, hoje tô afim de ficar aqui fazendo guarda, lembra o tempo que eu era vapor, não que fosse bom até porque eu não tinha onde cair morto.
Nem sempre precisamos de luxo pra ser feliz, mas ficar triste em Angra deve ser tudo de bom né, sai dos meus pensamentos com um carro preto chegando, já apontei o fuzil junto dos outros vapor, carro estranho aqui não passa.
-Abaixa o vidro- gritei e não tive respostas oque me fez ficar puto.
Bruna narrando.
Eu e o Menor pegamos o exame e partimos para a minha casa, quando chegamos ele logo abriu todo animado, medo que ele se decepcione.
Escutei tiros e ele arregalou os olhos soltando o papel na mesinha da sala sem nem ao menos ter lido. Pegou o fuzil, logo começou os fogos e aí sim eu me assustei, peguei as crianças e deixei trancadas no banheiro do meu quarto.
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