Passei toda a tarde assistindo séries na N*****x até notar as horas no meu relógio: já eram sete da noite. Então, preguiçosamente, levantei da cama e fui direto para o banheiro. Tomei um banho rápido e, ao sair, fui direto para o guarda-roupa. A verdade é que eu não sabia o que usar para ir a uma boate, nunca tinha tido a oportunidade de ir a uma.
Sem pensar muito, escolhi um vestido azul claro com estampa de flores no centro e tênis brancos. Deixei meu cabelo loiro solto e fiz uma maquiagem simples no rosto. Uns quarenta minutos depois, já estava pronta.
Peguei minha bolsa, meu celular e saí da mansão. Vi o carro da Verônica estacionado à beira da estrada. Caminhei rápido e entrei no carro.
— Até que enfim, querida! Já ia te ligar. Agora quero te perguntar uma coisa — disse Verônica, com uma expressão espantada no rosto.
— O que foi? — perguntei, intrigada.
— Amiga, que diabos é essa roupa que você está usando? — disse ela, me olhando de cima a baixo.
— O quê? Você não gostou da roupa que escolhi? — perguntei, franzindo a testa.
— Não é isso, Aslin. É que essa roupa tá muito comportada pro lugar onde a gente vai — disse enquanto colocava o carro em movimento.
— Eu achei que estava bem — respondi, inocente.
— E está, Aslin. Mas esse tipo de roupa não é pro Encanto Noturno. Parece mais que você vai dar uma coletiva de imprensa ou algo assim. Hoje, quero que esqueça que é a senhora Líbano. Pense que você é apenas Aslin Ventura — disse ela, me fazendo sorrir. Assenti de imediato.
Vi Verônica nos conduzir até seu apartamento no centro da cidade.
— Vero, não íamos pro Encanto Noturno? — perguntei, estranhando.
— Vamos sim, quando você trocar essa roupa, querida — disse, saindo do carro. Fiz o mesmo e a segui para dentro.
Chegamos em seu apartamento e fomos direto para o quarto. Vi Verônica procurar algo no guarda-roupa. Alguns segundos depois, ela tirou um vestido bem revelador: era curto e de alcinhas.
— Vero, isso não é revelador demais? — perguntei.
— Claro que é, e você vai usar, Aslin. Vai ver como vai ficar linda. Agora tira essa roupa e coloca isso — pediu, e eu obedeci.
Olhei para o espelho já vestida. Verônica tinha toda razão: o vestido me caiu como uma luva. Realçava meu corpo, moldando-se como uma segunda pele. Meus seios ficavam à mostra. Vi Verônica pegar um batom vermelho e bagunçar meu cabelo.
— Tá vendo, amiga? Você tá maravilhosa. Selvagem. Ninguém vai conseguir tirar os olhos de você — disse, e revirei os olhos diante das insinuações.
— Agora vamos, que a noite comece, amiga — disse, animada, e saímos do prédio.
Uma hora depois, já estávamos no Encanto Noturno. E como Verônica disse, todos me olhavam, o que me fez corar. A música de rock vibrava nos meus ouvidos. Vi Verônica me conduzir até uma sala VIP no segundo andar.
Entramos e me surpreendi ao ver Erick sentado com uma taça de vinho.
— Cumpri, querido amigo, trouxe sua pombinha adorada! — ouvi Verônica dizer para Erick.
— Vero, o que significa isso? — perguntei, confusa.
— Amiga, Erick queria muito te ver. Anda, para de perguntar e vai cumprimentar — respondeu.
Nesse momento, Erick se levantou e veio até nós.
— Aslin, você está linda. Me desculpa por isso, é só que eu precisava te ver. Você se demitiu sem dar explicações. Estou preocupado com você — disse com brilho nos olhos.
— Erick, não se preocupe. Estou bem, de verdade. Me desculpa por sair daquele jeito, foi um problema pessoal — menti.
— Entendo. Mas espero que um dia volte. Todos sentem sua falta — disse, apertando meu coração.
— Eu também espero. É o que mais desejo — respondi com sinceridade.
Erick pegou minha mão e fomos nos sentar, observando o movimento alucinado pela janela.
— Toma um pouco, Aslin — disse, me oferecendo uma taça de rum.
— Não, obrigada, Erick. Eu não bebo — respondi, envergonhada.
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