Aslin Ventura
Estava encolhida em um canto, completamente desorientada. Senti um cheiro familiar e, em seguida, mãos suaves tocaram meus ombros. Levantei o rosto e vi o semblante bonito de Carttal diante de mim, olhando-me com carinho.
— Não me toque — disse, enxugando minhas lágrimas enquanto me levantava do chão, tentando me afastar dele. Mas ele segurou meu braço e me virou, aproximando seu rosto do meu.
— O que está acontecendo, minha pombinha? Está chateada comigo? Diga o que fiz e prometo que vou resolver — falou acariciando meu rosto devagar. Franzi o cenho e o encarei com raiva, sentindo que já não conseguia mais guardar tudo aquilo dentro de mim.
— Aquela mulher naquele quarto... é mais uma das suas amantes? — gritei em sua cara. A reação de Carttal me surpreendeu.
— Sério, Aslin? É por isso que está chateada, amor? — respondeu, me dando um leve beijo nos lábios.
Ele se afastou de mim e foi até a cama, onde se sentou com tranquilidade.
— Aquela garota que você viu naquele quarto é minha irmã, Margarette. Ela está completamente em choque desde que o noivo morreu recentemente, e isso a deixou profundamente abalada. Já consultei dezenas de médicos, terapeutas, psiquiatras, psicólogos... e ninguém conseguiu tirá-la desse estado.
Fiquei em completo choque ao ouvi-lo. Era uma história realmente triste. Eu não fazia ideia de que aquela garota era sua irmã, muito menos de que passava por algo tão terrível. Ainda assim, não me sentia completamente aliviada. A frase dita por ela continuava martelando em minha cabeça.
— É verdade que sou só mais uma das muitas que você trouxe para este lugar? — perguntei, encarando-o. Vi seu olhar se levantar, surpreso.
— Aslin, você é a única mulher que já trouxe para esta casa. A única que dormiu na minha cama. Quem foi que disse essa bobagem? Me diga, e eu a castigarei agora mesmo — falou, levantando-se e se aproximando de mim.
— Foi uma empregada... acho que o nome dela era Cassandra, ou algo assim — respondi.
Carttal ficou claramente irritado e surpreso.
— Não acredite em nada do que ela disse, meu amor. Aquela garota já foi demitida. Está fora desta mansão — disse, enquanto me dava beijos suaves e me envolvia com seus braços. Não podia negar: suas palavras me deixaram bastante aliviada.
— Entendo, Carttal — respondi, tomando a iniciativa de beijá-lo.
— Amor, daqui a pouco virão alguns estilistas para te arrumar — disse de repente, e fiquei confusa com sua sugestão.
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