POV : Carttal Azacel
Eu olhava fixamente para aquela lápide à minha frente, que levava o nome e a foto da minha pequena. Não conseguia acreditar que aquele ser tão lindo agora estava reduzido a nada além de pó, espalhado numa cova fria e vazia. Meu coração estava completamente em pedaços. Meu pior pesadelo havia se tornado realidade: ela se foi. Já não estava mais aqui. E, mais uma vez, eu tinha ficado completamente sozinho. Justo quando pensei que viveria feliz para o resto da minha vida ao lado da mulher que eu amava, a vida me deu esse golpe duro, sem aviso. Estava destruído. Meu coração estava quebrado, e eu sabia que jamais conseguiria me recuperar disso.
A única coisa que me dava algum consolo era a certeza de que eu acabaria com Alexander e a família Ventura — especialmente aquela vadia que só fez causar sofrimento à minha amada. Jurei sobre a sua tumba que faria isso, e eu vou cumprir.
Ouço passos atrás de mim e me viro imediatamente. Quando o vejo, a fúria me invade no mesmo instante.
— O que diabos você está fazendo aqui, desgraçado?!
— Ora, senhor Carttal, não me diga que agora não posso nem comparecer ao funeral da minha esposa. Calma, só vim me despedir — ele diz com hipocrisia.
Não consigo me controlar. Avanço contra ele e acerto um soco tão forte que o derrubo no chão.
Não deixo que se levante. Rapidamente saco a arma da cintura e aponto para ele.
— Aqui termina o seu caminho, Alexander. Você a tirou de mim e vai pagar por isso — digo entre dentes cerrados, tomado pela raiva e pelo ódio que me consumia.
A sangue frio, atiro contra seu lado. Não queria que morresse ainda — não tão fácil. Ele precisava pagar por tudo o que fez.
— Ora, senhor Carttal... não me diga que vai amarelar agora. Está tão fraco... — diz ele rindo alto, enquanto sangue escorre por sua boca e nariz.
— Não se engane, Alexander. Vontade de te matar não me falta, mas antes vou te fazer miserável... e só depois, te darei uma morte lenta e dolorosa. Disso pode ter certeza.
— Faça o que quiser, mas saiba de uma coisa: eu ganhei... e você perdeu — responde ele enquanto dois de seus capangas o levantam e o carregam dali.
Fico ali, tentando entender o que diabos ele quis dizer com aquilo.
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