— Alexander, o que você acha que está fazendo? Me solta, está me machucando! — gritei, mas ele me ignorou e me pressionou ainda mais contra a porta.
— Agora vejo que tudo o que Arlette disse é verdade... Você não passa de uma vadia. — Sua voz estava carregada de raiva.
Empurrei-o com todas as minhas forças.
— Você está louco, Alexander! Ficou completamente maluco! — retruquei, tentando escapar de sua figura imponente, mas foi inútil. Ele voltou a me segurar com força pelo braço.
— Me diga, Aslin, aquele homem que veio te trazer é mais um dos seus muitos amantes? — Sua voz escorria veneno. — Você se tornou tão desprezível assim?
Me desvencilhei do seu aperto e o enfrentei.
— E se for, o que você tem a ver com isso, Alexander? — soltei, sentindo a raiva arder no meu peito. — Não foi você quem disse que esse casamento era apenas uma farsa diante dos outros, que não tinha nenhum significado? Posso fazer o que quiser da minha vida, você não tem o direito de me questionar.
— Claro que tenho direito! — rugiu. — Sou seu marido, Aslin. Você é minha esposa...
— Esposa? Não me faça rir, Alexander. Está se esquecendo de algo... — encarei-o com fúria. — Durante anos você dormiu com a vadia da minha irmã.
Vi como seu rosto se endureceu e seus olhos se tornaram ainda mais escuros.
— Não fale assim da Arlette... ou não garanto que consiga me controlar.
A ameaça dele não me surpreendeu. Sempre deixou claro que Arlette era seu maior tesouro. Uma lágrima traiçoeira escorreu pelo meu rosto, mas não me permiti desabar. Virei-me e corri escada acima, sentindo os passos de Alexander atrás de mim. Entrei no quarto e tentei fechar a porta, mas ele a empurrou com força e entrou, fechando-a atrás de si.
— Ainda não terminamos. — Sua voz era um rosnado. — Você vai me dizer quem é aquele homem, Aslin. Não vou permitir que me envergonhe. Deixei bem claro que deveria se comportar enquanto durar este casamento.
— Se é isso que quer saber, é meu chefe. Ele me trouxe porque não consegui pegar um táxi por causa da chuva. Se era só isso, saia do meu quarto.
Minha fúria era evidente, mas ele apenas riu com desprezo.
— Seu chefe? Você realmente acha que vou engolir essa mentira?
— Pense o que quiser, mas saia do meu quarto.
Sua risada me gelou o sangue.
— Vou descobrir por mim mesmo.
Ele se aproximou com passos largos e me agarrou com força pelo braço.
— O que você está fazendo, Alexander? Me solta, está doendo! — supliquei, mas ele não me escutava.
Com um movimento brusco, começou a rasgar minhas roupas, deixando-me exposta diante do seu olhar escuro e cheio de ira. Puxou meu cabelo e me lançou sobre a cama.
O pânico me dominou.
— Alexander, por favor, me solta! Juro que não estava com homem nenhum! Não faz isso comigo, por favor...
Mas ele parecia surdo às minhas palavras. Vi quando desabotoou a calça e, ao sentir seu corpo sobre o meu, o desespero me consumiu. Tatiando, procurei algo na mesinha de cabeceira e agarrei o abajur com todas as forças.
O golpe ecoou no quarto.
Alexander soltou um grunhido abafado e rolou para fora da cama. O sangue começou a escorrer de sua testa.
Cobri-me com um lençol e me afastei, com o coração martelando no peito.
Ele limpou o sangue com a mão e me olhou com fúria.
— Isso não acabou, Aslin.
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