POV: Terceira pessoa
Assim que Carttal saiu do hospital e Sibil despertou, a primeira coisa que sua mãe fez foi lhe dar um tapa no rosto.
— Mãe, você me bateu?! — Sibil ficou em choque. — Por quê? Nem sequer vai perguntar como está sua filha?! — dizia, enquanto as lágrimas escorriam de seus olhos.
— Pra quê? — respondeu a mãe friamente. — Acha mesmo que eu, sua mãe, vou cair nas suas mentiras assim tão fácil?
— Sou sua filha! — retrucou Sibil indignada. — Você me conhece bem!
— Justamente por isso sei quando está mentindo. — A mãe cruzava os braços, impaciente. — Você foi até aquele homem por vontade própria. Fingiu tudo. Sabe o que acontecerá quando Alexander descobrir essa palhaçada? Será o nosso fim! Você só comete erro atrás de erro!
— Mãe, só fiz isso pra afastar aquela mulherzinha do Carttal. Foi a única maneira de recuperá-lo!
— Em primeiro lugar, se o perdeu foi por sua culpa, respondeu a mãe, caminhando de um lado ao outro. — Fugiu com aquele traste do Octavio Ferrete. E se o velho Arthur descobrir isso, nunca irá perdoá-la. Estaremos acabadas! Precisamos desse casamento para manter nossa posição como a segunda família mais poderosa da Cidade H.
Sibil perdeu a paciência.
— Não diga que foi minha culpa! Você sabe que eu não queria me casar com Carttal naquela época. Eu amava Octavio! Foi por isso que fugi! Mas quando percebi que ele não chegava nem aos pés de Carttal e que ainda por cima me traiu com outra… eu entendi. Cometi o pior erro da minha vida ao trocar um homem rico e que me amava por um miserável mentiroso. Eu me arrependo, mãe! Só quero o Carttal de volta. Quero ser feliz com ele de novo!
— Abrindo as pernas pra outro homem de novo não vai conseguir nada, minha filha! — respondeu a mãe, sem filtros.
— Carttal ama aquela viúva. E ainda por cima ela está grávida! Se esse bebê nascer, se tornará o herdeiro dos Azacel. Se isso acontecer, jogue-se de uma ponte, porque será o nosso fim também!
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