Imediatamente, ele se afasta da enfermeira e tira o celular do bolso.
Discou para um número desconhecido, e a pessoa do outro lado da linha atendeu de imediato.
— Quero que investigue quem foram os responsáveis por envenenar minha esposa. Embora… eu já tenha uma boa ideia de quem seja. Quando os encontrar, leve-os para o depósito. Você tem duas horas. Não quero erros — disse com um tom sombrio, enquanto um brilho ameaçador surgia em seus olhos.
Guardou o celular novamente e se aproximou da enfermeira.
— E o meu bebê? Como está? — perguntou, agitado.
— Senhor, devo informá-lo que a pessoa que envenenou sua esposa tinha como alvo o seu filho. Mas, felizmente, ela não ingeriu uma quantidade grande do veneno. Tanto sua esposa quanto o bebê estão bem. Já a levamos para um quarto normal, o senhor pode vê-la quando quiser.
Carttal assentiu em sinal de agradecimento e tirou do bolso um maço de dinheiro, entregando-o à enfermeira, que ficou maravilhada ao ver tanto dinheiro junto.
Carttal correu pelos corredores até o quarto de Aslin. Ao abrir a porta, encontrou-a deitada na cama do hospital, com um soro no braço e oxigênio.
Aquela imagem fez seu coração apertar. Aslin estava inconsciente, completamente pálida e com manchas vermelhas por toda a pele devido ao veneno.
Ele se aproximou dela com lágrimas nos olhos, e uma gota solitária escorreu de seus orbes.
Inclinou-se levemente e depositou um beijo suave em sua testa.
— Fique tranquila, meu amor. Logo você vai ficar bem e voltaremos para casa. Eu prometo que vou fazer quem te fez isso pagar — disse em tom carinhoso.
Estava prestes a se virar para sair, quando uma mão pequena e delicada se entrelaçou na sua.
— Carttal… — sussurrou Aslin docemente.
Ao ouvir sua voz, Carttal se virou de imediato.
— Aslin! Você acordou, meu amor… Calma, tudo vai ficar bem — disse, aliviado e emocionado.
— Não faça nenhuma besteira… — murmurou ela, com dificuldade.
Carttal suspirou, contendo a fúria que borbulhava por dentro. Se perguntava, vez após vez, como alguém podia ter feito aquilo com seu anjo precioso. Mesmo à beira da morte, ela ainda se preocupava com o responsável por tamanha desgraça.
— Me diga, quem diabos te pagou para envenenar minha esposa?! Se disser, prometo que te darei uma morte rápida e indolor!
A jovem apertou os punhos com força, suplicando:
— Por favor, senhor… não me machuque. Eu sinto muito pelo que fiz. Não queria fazer isso, mas aquela senhorita da alta sociedade me obrigou. Por favor, eu tenho um filho pequeno… tenha piedade de mim!
— Você devia ter pensado nisso antes de tentar matar minha esposa com meu filho dentro dela! Agora, fale! — gritou Carttal, odiando que não lhe dessem respostas imediatas.
— Foi a senhorita Sibil D’Angelo… Ela me mandou fazer isso. Me ameaçou. Disse que se eu não obedecesse, machucaria meu filho. Por favor, não me machuque…
Ao ouvir o nome, os olhos de Carttal adquiriram um brilho frio e sombrio — uma clara advertência da tempestade que se aproximava.
Ele se virou para o homem que estava atrás dele, em uma postura relaxada.
— Você já sabe o que tem que fazer — disse, saindo do depósito.
Logo depois, o som de um grito feminino cortou o silêncio da noite como uma lâmina.

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