A noiva rejeitada romance Capítulo 99

A noite estava calma, mas Carttal sabia que isso não duraria. O ar era denso, carregado da eletricidade do inevitável. De sua posição na colina, observava os veículos parando em frente à cabana. Sombras emergiram, movendo-se com cautela. Sibil estava lá. E com ele, o homem misterioso.

Carttal ajustou o fone de ouvido.

—Todos nas posições?

—Prontos —respondeu Ethan do outro lado.

Kael, posicionado na encosta oposta, confirmou:

—Eles não vão sair dessa.

Carttal sorriu friamente.

Sibil avançou primeiro, sua silhueta iluminada pelos faróis dos carros. O homem misterioso o seguiu, seus movimentos calculados, predadores. Observou a cabana com desdém.

—Está fácil demais —murmurou.

—Porque está —disse Carttal, saindo das sombras.

Os homens de Sibil reagiram imediatamente, levantando as armas, mas um único disparo de advertência de Ethan os fez parar.

—Se alguém apertar o gatilho, não vai viver para se arrepender —anunciou Ethan.

Kael surgiu do outro lado, fechando qualquer rota de fuga. Os homens de Sibil estavam cercados.

O silêncio se estendeu, tenso como uma corda prestes a arrebentar.

Sibil sorriu com desdém.

—Carttal… Sabia que era você por trás disso.

—Então devia ter fugido na direção contrária.

O homem misterioso deu um passo à frente, seus olhos escuros fixos em Carttal.

—Você não parece tão perigoso quanto dizem.

Carttal sustentou o olhar.

—Curioso. Eu pensava o mesmo de você.

O homem riu baixo, impassível.

Sibil semicerrava os olhos.

—Você realmente acha que isso acabou?

Carttal inclinou a cabeça, estudando-o.

—Não. Mas pra você, sim.

Com um sinal, um gás começou a ser liberado no ar.

—Máscara! —ordenou Carttal.

Ele, Ethan e Kael se cobriram rapidamente. Mas os homens de Sibil não tiveram a mesma sorte.

O gás era um composto especial, feito para atordoar sem matar. Um por um, os mercenários caíram de joelhos, desorientados, incapazes de se manter em pé.

Sibil cambaleou, levando a mão à boca, tentando resistir.

O homem misterioso, por outro lado, permaneceu firme.

Carttal percebeu imediatamente.

—Isso não te afeta… —murmurou.

O homem sorriu.

—Eu não sou como eles.

Carttal não perdeu tempo. Avançou rápido, encurtando a distância entre eles. Lançou um soco direto em sua mandíbula, mas o homem desviou com precisão calculada.

Carttal girou, atacando novamente, mas seu inimigo era ágil. Demais.

Uma dor aguda explodiu em seu lado quando o homem acertou um golpe certeiro.

—Você é forte, mas não o bastante —sussurrou o homem, o cercando.

Carttal não respondeu. Em sua mente, cada movimento do inimigo se tornava dado, informação que podia usar contra ele.

Esperou.

Quando o homem avançou de novo, Carttal se abaixou no momento exato para evitar o ataque e, num movimento fluido, puxou uma seringa do cinto.

Cravou-a no pescoço do oponente.

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