A princesa escondida da Academia Alfa só para rapazes romance Capítulo 8

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— Não vai se levantar?!

Acordei com o rosto de Rafe espiando por cima da borda do beliche, franzindo a testa para mim.

— Sério, Ari! O sino tocou há uns dez minutos. Não faço ideia de como você ainda está dormindo!

Lancei um olhar de raiva para meu irmão, já de mau humor, imaginando como ele se sentiria se tivesse dormido apenas duas horas depois de levar uma surra no dia anterior. Rafe revirou os olhos para mim e desceu, começando a se preparar para o dia.

Fiquei acordada por horas depois de voltar para a cama na noite anterior, tentando descobrir como me sentia sobre tudo aquilo. No fundo, eu sabia que manter meu segredo era o mais importante. Mas, ainda assim...

Dois companheiros, no mesmo lugar, ao mesmo tempo! E eu aqui, por algo que parecia ser pura coincidência.

Deus, era quase como se fosse o destino ou algo assim.

Quero dizer, nossa família tinha uma história de coisas assim acontecendo, mamãe e a mãe da Tia Cora eram descendentes da Deusa, afinal, e elas definitivamente tinham tido algumas reviravoltas em suas vidas. Mas, mesmo assim, aquilo tudo era tão... bizarro.

Eu quase tinha adormecido novamente na noite passada quando a porta do alojamento se abriu e uma figura alta entrou, os ombros quase largos o suficiente para preencher a própria porta. Ele se moveu lentamente pelo quarto, em completo silêncio, mas, quando se deitou na cama, sua linguagem corporal parecia... miserável.

Luca entrou um pouco depois, sem se preocupar em ser furtivo. Ele também se moveu para a cama, mas parou por um segundo, olhando na direção do meu canto do quarto.

Rapidamente puxei as cobertas sobre minha cabeça, prendendo a respiração e rezando desesperadamente para que ele não viesse até mim.

Mesmo que minha loba uivasse por ele, por eles?

Eu não estava pronta para enfrentar aquilo. Não com tudo o que estava em jogo. E certamente não com minha matrícula na Academia em risco.

Bem... só de pensar nisso, corei. Como eu poderia enfrentar algo tão novo quando mal sabia lidar com garotos? Quero dizer, sabia que estava destinada a me casar, mas parte do que achava tão atraente em Edward era que ele nunca me pressionou para nada além de beijos castos. Mesmo que tivesse revelado ter outros planos depois do casamento, eu acreditava que ele me daria o romance lento que eu precisava.

Mas coisa de companheiro?

Pelo que ouvi, era como um raio.

E eu definitivamente não estava pronta para ser atingida. Quero dizer... estava?

— Sério, Ari! — gritou Rafe, estendendo a mão e agarrando a frente do meu uniforme. Respirei fundo quando ele me puxou para longe do travesseiro. — Levante-se! Temos que ir para o café da manhã em dois minutos!

— Já estou vestida, Rafe! — rosnei, afastando sua mão e jogando as pernas para fora da cama. — Só preciso calçar meus sapatos.

Os olhos de Rafe se arregalaram, e ele me agarrou novamente, puxando-me da cama e me batendo com força contra as barras de metal enquanto fazia isso. Dei um grito ao cair.

— Ari — rosnou meu irmão, segurando-me firme contra ele. — Onde diabos está o seu boné!?

Respirei fundo, levando a mão à cabeça percebendo que meu cabelo ainda estava preso em um coque na base do pescoço, não exatamente caindo pelos ombros de uma forma que gritasse "garota", mas certamente visível.

— Está na minha cama! — resmunguei.

Rafe me encarou e tirou o próprio boné, empurrando-o com força na minha cabeça antes de pular para pegar o meu. Depois, ele pegou minhas botas no chão e as empurrou contra meu peito.

— Calce seus sapatos, idiota — rosnou ele — e aprenda a ser mais cuidadosa!

Estava completamente corada enquanto calçava minhas botas, sem me preocupar em amarrá-las, antes de começar a esconder meu cabelo sob a aba do boné.

— Ei, primos! — chamou Jesse, aproximando-se sorridente, claramente ciente do drama, mas ignorando-o. — Dormiram bem? — Ele virou seu sorriso malicioso para mim. — Tive um sonho muito estranho.