A Princesa Substituta do Alfa romance Capítulo 9

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POV (Ponto de Vista) de Aurora

Ser uma substituta era surpreendentemente interessante.

Imagine só. Era mais interessante ser uma pessoa que vendeu seu corpo por dinheiro do que ser uma Ômega impotente.

Me foi dado um grande quarto no último andar com janelas que tinham uma vista magnífica de tudo.

Ninguém me perturbou, e o Alfa Santiago não veio me forçar a nada, como eu temia. Na verdade, eu teria pensado que eles haviam se esquecido de que eu estava na casa, se não fossem os servos que cuidavam de mim.

Sim. Agora eu tinha servos. Servos que trouxeram tudo o que eu queria, limparam meu quarto, arrumaram meu cabelo mesmo eu não indo a lugar algum e me vestiram.

Eles tentaram me dar banho também, mas eu desenhei uma linha ali. Eu não era uma criança.

Não me era permitido trabalhar pesado - para não me esforçar e afetar minha concepção - então eu sempre tinha uma criada à disposição caso eu quisesse trocar de roupa ou fazer algo cansativo.

Dormi bem pela primeira vez em muito tempo.

Eu comi e me atolei em comida.

E fiquei entediada.

Eu sei o que você está pensando. Para alguém que estava acostumado a sofrer, certamente eu deveria ter apreciado a mudança bem-vinda e ter tirado o máximo proveito dela.

Mas eu estava acostumada a trabalhar. A fazer coisas. Ficar ociosa fez-me sentir que havia coisas a fazer que estava ignorando. Meu corpo estava acostumado a sofrer para relaxar.

Então eu explorei e tentei aprender tudo sobre minha nova casa. Foi assim que me encontrei na biblioteca pela primeira vez.

A bibliotecária se curvou quando me viu, o que me assustou.

"Bom dia, minha senhora, como posso ser útil?"

Minha senhora? Eu era agora uma senhora?

Senti-me instantaneamente autoconsciente. Talvez ela estivesse me confundindo com outra pessoa.

"Não se preocupe, eu consigo me virar."

A bibliotecária me seguiu até a biblioteca e se recusou a me deixar em paz.

"Como uma substituta, você não deve fazer nenhum trabalho pesado."

Eu parei, me virando para olhar a bibliotecária. "Como você sabe que eu sou uma substituta?"

A bibliotecária me olhou parecendo um pouco envergonhada. "Somente as substitutas podem usar seda azul aqui."

Olhei para o vestido azul-mar que eu estava vestindo. De alguma forma, eu não havia percebido que todos os meus vestidos no armário eram de diferentes tons de azul até ela dizer isso.

Dos azuis pálidos que pareciam brancos aos azuis mais escuros que pareciam negros até serem atingidos por um raio de sol na direção certa.

Até as minhas roupas divulgavam o que eu era. Que loucura era essa?

"Certo." Eu prendi meu cabelo atrás da orelha. "Mas você não precisa se incomodar. Eu não pretendo me estressar. Só quero dar uma olhada e ler um ou dois livros."

A bibliotecária parecia não ouvir meu pedido silencioso para ficar sozinha. "Eu vou ajudá-la a pegar os livros."

Eu finalmente permiti que ela me acompanhasse, porque que outra opção eu tinha?

Ela me ajudou a pegar os livros que eu queria, então eu a dispensei e comecei a ler.

Encontrei-me retornando muitas vezes à biblioteca e me familiarizando melhor com os diferentes bibliotecários.

Inicialmente, eu apenas lia romances, mas no meu segundo dia na biblioteca, vi um jornal militar e pensei comigo mesma. Que maneira melhor eu teria de pesquisar sobre o misterioso Rei Alfa senão na biblioteca?

Eu precisaria de todo o conhecimento que pudesse adquirir para encontrá-lo depois de deixar este lugar.

Deve ter passado quase uma semana que eu vinha frequentando a biblioteca quando isso aconteceu.

"Temos que fechar a biblioteca."

Levantei os olhos de uma história particularmente interessante sobre meu pai para Diana, a bibliotecária.

"Posso pegar este livro emprestado então?"

Diana sorriu para mim com um olhar de desculpas.

"É pesado demais para levar ao seu quarto. Você pode tentar levantá-lo sem que nenhuma de suas criadas esteja presente."

Ela estava certa. Eu tentaria levantá-lo. Era apenas um livro, eu sabia que a alcateia Green Leaf estava ansiosa para ter uma criança, mas isso era ridículo. Neste ritmo, se eu ficasse grávida, eles nunca mais me deixariam sair da cama.

Pisquei para Diana.

"Mas eu estou tão entediada. Nunca tenho nada para fazer e ler livros é o único momento em que sinto que sou eu mesma." Lágrimas vieram aos meus olhos. "Eu nem sequer estive com o Alfa Santiago. Você não deveria se preocupar comigo carregando cargas pesadas."

Isso também era outra coisa que me incomodava. Eu me sentia culpada por todo esse tratamento de princesa, quando não tinha feito nada para merecê-lo.

"Essas são as regras." Diana deu de ombros, mas eu pude ver a simpatia em seus olhos. "Mas... posso deixar a chave para você fechar mais tarde."

"Sério? Obrigada!" Eu quase saltei ao abraçá-la.

Depois que Diana partiu, percebi algo. Essa era a primeira vez que eu estava completamente sozinho no grupo Green Leaf. Essa poderia ser a única vez que eu teria uma oportunidade de fugir.

Eu não queria que o Alfa Santiago punisse o bibliotecário, mas meu pai ainda estava lá fora.

Dei uma olhada na porta fechada da biblioteca, atrás da qual meu guarda estava, com o coração na garganta. Se eu quisesse fugir, teria que usar a janela.

Procurei uma janela que fosse melhor para sair e levantei a perna para escalar apenas para ouvir passos atrás de mim.

Congelei. Estava completamente acabado.

Virei e minha mandíbula quase caiu de choque. "Isaac?"

Meu ex-companheiro olhou para mim com um sorriso brilhante.

"Você não precisa passar por uma janela, estou aqui para te levar para casa."

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POV de Isaac

"Isso é tudo culpa sua! Você é uma desgraça."