A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 101

Ponto de vista de Hayley:

— Me conte, Vovó; estou aqui para ajudar — disse, acariciando sua mão para tranquilizá-la.

Ela enfiou a mão no bolso e retirou um relógio de bolso vintage.

— Este foi meu presente de casamento. Quando decidi unir-me ao seu avô, minha família se opôs, e, todos esses anos, nunca imaginei retomar contato com eles — confidenciou, acrescentando que desconhecia seu paradeiro.

Era a primeira vez que ouvia falar de sua família, e não pude deixar de perguntar:

— Vovó, ainda há parentes por perto?

Ela respondeu:

— Eu tinha um irmão, mas perdemos o contato há anos. Recentemente, ouvi dizer que ele e sua família se mudaram para a Alcateia da Meia-Noite. Estava na esperança de que você pudesse me ajudar, já que agora faz parte dela.

Minha intuição já pressentira a direção da conversa.

— Vovó, me diga o que precisa que eu faça!

Ela fitou o relógio, soltando um suspiro:

— Apesar de ter evitado qualquer contato com eles por tanto tempo, eles nunca saíram dos meus pensamentos. Se tiver oportunidade, por favor, descubra como estão.

Assenti com seriedade:

— Entendido, Vovó!

Ela prosseguiu:

— O nome do meu irmão é Lester Strickland. Se o encontrar, mande-lhe minhas saudações.

Guardei o nome com cuidado na memória.

— Não se preocupe, Vovó! Assim que eu retornar à Alcateia da Meia-Noite, farei questão de descobrir notícias sobre eles.

Seus olhos se iluminaram de satisfação enquanto me abraçava, dando um tapinha reconfortante no meu ombro.

— Bom! Boa criança! Obrigada, Hayz.

— Vovó, nem precisa ser tão formal! Se um dia realmente quiser vê-los, eu posso—

Minhas palavras foram interrompidas por sua voz,

— Não vamos falar em encontrá-los; basta saber que estão bem.

Embora eu não compreendesse completamente seu raciocínio, respeitei seus desejos e guardei aquilo em mente.

Depois de passar a noite na casa, despedi-me dos meus avós no dia seguinte. Antes de sair, organizei o envio dos álbuns aos Southwells por meio de um serviço de courier.

Saí, mas não retornei diretamente à Alcateia da Meia-Noite. Em vez disso, mudei meu visual e maquiagem, e fui direto ao aeroporto. Com o passaporte que meu Beta, Thomas, providenciara, notei claramente que meu cartão de embarque trazia o nome "Selena".

Logo após confirmar a mudança, meu telefone tocou. Atendi.

— Alô, é a Selena?

Do outro lado, a voz de Benjamin soou.

— Olá, Sra. Selena!

— Já que você não faz parte da nossa Alcateia, pode me chamar apenas de Sr. Benjamin — completou ele.

Sorri e estendi a mão:

— Prazer em conhecê-lo, Sr. Benjamin.

Seus lábios se curvaram num sorriso caloroso ao apertar minha mão. Naquele instante, algo se agitou dentro de mim; Hera sentiu uma onda de excitação, quase querendo se lançar e correr até ele.

Rapidamente, contive-a, sem que Benjamin percebesse qualquer sinal.

Benjamin então me lançou um olhar neutro, e com voz suave disse:

— É um prazer finalmente conhecê-la, Sra. Selena. Espero que nossa colaboração nos próximos dias seja bastante proveitosa.

— Igualmente! — respondi, mantendo a compostura.

Depois de alguns instantes caminhando lado a lado, Benjamin virou-se para mim com um tom carregado de curiosidade:

— Sra. Selena, você me lembra alguém que eu conheço.

Meu coração acelerou.

Mantendo-me firme, ergui a cabeça e perguntei:

— O que você quer dizer?