A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 482

As mãos dele exploravam sob suas roupas, buscando de forma insinuante a pele suave dela.

Flávia Almeida, aterrorizada, sentiu os pelos da nuca se eriçarem e, com a voz trêmula, sussurrou, "Por favor, me deixe ir, eu posso te dar dinheiro, o que acha?"

Marcelo Lopes olhou para a mulher incrivelmente atraente à sua frente, engoliu em seco, mas permaneceu calado.

Como se sente ao acordar e ver ao seu lado a pessoa que você mais deseja, com as bochechas coradas de desejo?

A primeira reação de Marcelo Lopes foi pensar que estava sonhando.

Somente quando sentiu a familiaridade quente na palma da sua mão é que percebeu que não era um sonho.

Ele estava confuso sobre o que estava acontecendo, mas isso não o impediu de provocar Flávia Almeida.

Sem dizer uma palavra, continuou acariciando a cintura dela.

Pequenos arrepios surgiram em sua pele, um detalhe que Marcelo Lopes achou adorável, e, sem resistir, deu um beijo suave em sua barriga.

Flávia Almeida quase soltou um palavrão de tanto susto.

Ela, tentando conter o medo, murmurou, "Escuta, eu já fui casada. Meu ex-marido me deixou porque eu não era interessante para ele. Pode até não parecer, mas sou um tanto fria, sofro de falta de desejo. Você deveria estar mais interessado no meu dinheiro do que em mim."

Marcelo Lopes arqueou uma sobrancelha, "Falta de desejo? E ainda por cima me provoca usando apenas um pijama?"

Ele ficou curioso sobre como ela tentaria sair dessa situação, então mudou o tom de voz, "Quanto dinheiro você pode me dar?"

A imitação de voz de Marcelo Lopes não era tão convincente quanto a habilidade de Flávia Almeida em mudar de voz. Se fosse outra ocasião, ela teria reconhecido de imediato, mas, naquele momento, sob efeito de drogas e com os olhos vendados, ela não percebeu.

Ao ouvir sobre dinheiro, ela pensou que havia uma chance de negociação e rapidamente disse, "Tenho um cartão na minha bolsa com mais de dois milhões. Pode ficar com tudo, só me deixe ir."

Marcelo Lopes riu suavemente, tocando o queixo dela, "Minha família é de Campinas, ganhamos várias propriedades durante uma desapropriação, rendendo milhões em aluguel por ano. Dois milhões? Isso parece um pouco insuficiente, não acha?"

Flávia Almeida praguejou interiormente. Com tanto dinheiro, por que ele faria algo assim? Por pura emoção?

Mas ela não ousou ofendê-lo, pois percebeu que, apesar de tudo, ele não parecia completamente desalmado. Talvez houvesse uma chance de apelar para sua consciência.

Ela insistiu, tentando lembrá-lo das consequências, "Você disse que não precisa de dinheiro, então por que fazer isso? Sou uma artista, e meu agente definitivamente chamará a polícia se não me encontrar. Imagine se a polícia te pegar? Todo aquele aluguel, quem vai cuidar para você? Não vale a pena."

Marcelo Lopes respondeu, "Não preciso de dinheiro, mas preciso de alguém. Você é atraente, fala bem e até se preocupa se serei pego. Você tem um bom coração."

Flávia Almeida ficou sem palavras.

Como ele conseguiu extrair tais informações de suas palavras meio ameaçadoras?

Ela não estava preocupada com ele, mas com sua própria segurança e integridade. Será que ele não estava bem da cabeça?

Marcelo Lopes, virando o jogo, perguntou, "Quanto você ganha por filme?"

Flávia Almeida, sem entender suas intenções, seguiu o fluxo da conversa.

"Não muito. As séries de TV pagam melhor, alguns milhares por episódio. Se a série for longa, pode chegar a milhões, mas depois há impostos, salários para assistentes, despesas com transportes, refeições, hospedagem... não sobra muito. Filmes pagam menos, e como eu não sou muito famosa, alguns milhares já é muito."