A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 483

As pálpebras de Flávia Almeida tremiam, ela se perguntava se estava ouvindo coisas devido aos medicamentos. Como poderia estar ouvindo a voz de Marcelo Lopes?

"Flávia," a voz soava mais próxima, "Flávia, abra os olhos e veja, sou eu, não há mais ninguém."

Lentamente, Flávia Almeida abriu os olhos, a figura diante dela passando de borrada a nítida.

Era realmente Marcelo Lopes.

Sua tensão se desfez instantaneamente, e ela começou a chorar alto.

Primeiro, ela abraçou Marcelo Lopes, em seguida, passou a bater e chutar nele enquanto chorava e xingava, "Desgraçado, imbecil, por que você me assustou assim!"

Marcelo Lopes, sabendo que estava errado, não ousou retrucar e, independentemente de sua resistência, continuou a abraçá-la firmemente, sussurrando para confortá-la, "Eu errei, foi só uma brincadeira minha, tudo não passou de uma farsa, por favor, pare de chorar, está bem?"

Flávia Almeida estava realmente assustada, desde ser drogada e desmaiar no carro até acordar e descobrir que havia sido drogada novamente. Esse medo do desconhecido torturava seus nervos repetidamente. Por um momento, ela chegou a pensar em enfrentar os criminosos mesmo que isso significasse morrer junto com eles.

Quando o choro de Flávia Almeida finalmente diminuiu, deixando apenas soluços leves, Marcelo Lopes perguntou, "Como você veio parar aqui?"

Flávia Almeida hesitou, "Não foram suas pessoas que me trouxeram até aqui?"

Marcelo Lopes franzia o cenho, "Como eu poderia mandar alguém te sequestrar? Que tipo de brincadeira seria essa?"

Flávia Almeida imediatamente o acusou, "Você não estava apenas me pregando uma peça agora mesmo?"

Marcelo Lopes ficou sem palavras.

"Eu também acabei de acordar. Quando despertei, você estava amarrada ao meu lado assim."

Flávia Almeida olhou para ele com suspeita, "O que quer dizer com 'acabei de acordar'?"

Ao mencionar isso, Marcelo Lopes parecia mais sério, "Alguém me drogou, eu nem cheguei a sair do local do evento e já perdi a consciência."

A última pessoa que ele se lembrava de ter visto era Juliana Martins.

No entanto, ao acordar, não viu Juliana Martins, mas sim Flávia Almeida amarrada ao lado dele.

"Se não foi você, quem me amarrou?"

Flávia Almeida tentava lembrar de tudo o que aconteceu naquela noite, mas não conseguia encontrar pistas.

Marcelo Lopes gentilmente bateu em seu ombro, "Se você não pode lembrar, não se preocupe. Vou mandar alguém investigar."

Ele estava prestes a se levantar quando Flávia Almeida o agarrou pela cintura como um polvo.

"Vou verificar as câmeras de segurança."

Marcelo Lopes explicou.

Flávia Almeida corou e murmurou um "tudo bem, pode ir."

Embora suas palavras indicassem permissão, suas mãos não mostravam sinais de soltá-lo.

Marcelo Lopes suspirou, "Solte-me, por favor."

Flávia Almeida questionou, "Eu não soltei?"

Marcelo Lopes baixou o olhar.

Flávia Almeida fez o mesmo.

Ela não apenas estava agarrada à cintura de Marcelo Lopes, como suas mãos também mexiam em seu cinto.

Flávia Almeida hesitou...

"… Talvez seja melhor ir mais tarde." Seu rosto estava vermelho, "Minhas mãos estão meio que agindo por conta própria."

Marcelo Lopes finalmente percebeu que algo estava errado com Flávia Almeida.

Seu rosto estava anormalmente vermelho, sua respiração mais ofegante do que o normal, e ela estava incontrolavelmente mexendo em suas roupas. Apesar de não haver suor em seu corpo, sua pele estava ardente, seus olhos brilhavam com uma luz sedutora, emanando um charme irresistível.

Marcelo Lopes se tornou sério, levantou Flávia Almeida, pegou um casaco e o colocou sobre ela enquanto dizia, "Vou te levar ao hospital."

Assim que Flávia Almeida ouviu a sugestão de ir ao hospital, ela imediatamente resistiu, "Eu não vou! Como posso ir ao hospital desse jeito? Eu ainda quero manter a minha dignidade?"

Marcelo Lopes franzia a testa, "O que é mais importante, sua dignidade ou sua vida?"

"Dignidade," Flávia Almeida recusava-se a ir ao hospital a todo custo, "Eu fui drogada com um afrodisíaco, qual o sentido de ir ao hospital para que os médicos me vejam passando mal? Eu não posso me expor dessa maneira!"

Ela tremia de desconforto, e Marcelo Lopes a observava com o coração apertado, "Então o que você sugere?"