A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 484

Uma frase fez o sangue fervente de Marcelo Lopes esfriar de repente.

Ele disse, cerrando os dentes, "Você sabe o que está falando?"

Flávia Almeida murmurou um "hum" em resposta.

Irritado, Marcelo Lopes mordeu seus lábios vigorosamente, "Você ainda 'hum'!"

Flávia Almeida, sentindo dor, franziu a testa, "Vocês homens não gostam de mulheres que não precisam da responsabilidade de vocês?"

Marcelo Lopes parou, "Quem disse que os homens gostam disso?"

Incapaz de se controlar, Flávia Almeida estendeu a mão para tocá-lo, mas Marcelo Lopes segurou sua mão, guiando-a em voz baixa, "Me diga, e eu vou deixar você tocar."

Ouvindo que ela poderia tocá-lo, Flávia Almeida confessou imediatamente.

"Na internet, disseram em um fórum."

"O que disseram?" Marcelo Lopes desabotoou um botão, continuando a "interrogá-la", "Diga claramente, vou deixar você ver."

Flávia Almeida já não era uma pessoa de vontade forte, e agora, torturada pelo efeito dos medicamentos, sofrendo terrivelmente, Marcelo Lopes, o antídoto ambulante, balançava diante dela, fazendo-a perder toda a razão.

Ela falou com dificuldade sobre a situação.

Ela nunca falava sobre a impossibilidade de ter filhos, mas como poderia não se importar, no fundo?

Especialmente quando Marcelo Lopes começou a se aproximar, a incapacidade de ter filhos sempre foi como um espinho em seu coração.

Ela temia não poder se curar e também não conseguia discernir quanto da declaração de Marcelo Lopes sobre não querer filhos era sincera.

Quando estava sozinha, pensando demais, não conseguia resistir a procurar no fórum por questões semelhantes à sua, para ver como as pessoas viam isso.

Enquanto procurava, viu um tópico em que o autor dizia que sua namorada, devido a razões congênitas, não podia engravidar. Antes de ficarem noivos, ela lhe contou sobre isso, e agora ele estava indeciso sobre o que fazer. Por um lado, havia três anos de relacionamento e eles sempre se deram bem, ele também não gostava muito de crianças; por outro lado, sua família estava ansiosa por um neto.

Uma questão séria como essa, mas as respostas abaixo eram todas desprezíveis.

A resposta mais curtida foi: "Se ela não pode engravidar, não é que não precisa usar preservativo? Que sorte não precisar assumir responsabilidade, que homem não faria isso?"

Flávia Almeida se sentiu fisicamente enojada, e imediatamente desinstalou o aplicativo.

Na verdade, ela não tinha levado isso a sério, mas agora, para dormir com Marcelo Lopes, ela falou sem pensar.

Suas palavras eram puramente para seduzir Marcelo Lopes.

Depois de ouvir tudo, Marcelo Lopes ficou completamente sem palavras.

"Da próxima vez, veja menos essas coisas sem sentido, afeta a inteligência."

Flávia Almeida apenas murmurou um "ah", seus olhos fixos na camisa úmida dele.

"Posso tocar agora?"

Marcelo Lopes olhou-a profundamente, sem dizer nada, levantou a mão e desabotoou outro botão.

Flávia Almeida, com os olhos brilhando, seguiu cada movimento de suas mãos.

Marcelo Lopes desabotoou metade e depois abotoou novamente.

Ele estendeu a mão para sentir a temperatura da água, "Já esfriou bastante, aguente mais um pouco, vou ver ou trocar de quarto."

Dizendo isso, ele estava prestes a se levantar, mas Flávia Almeida, como se estivesse em um ponto de não retorno, atirou-se sobre ele, agarrando sua mão em um movimento.

Ela segurou firmemente, mas as palavras de cortejar, ela simplesmente não conseguiu pronunciar.

Marcelo Lopes, no entanto, já estava a consolando, "Calma, solta, eu volto logo."

Flávia Almeida fechou os olhos, puxou bruscamente o colarinho dele e disse, entre dentes, "Para de enrolar! Eu quero dormir com você! Você vai deixar ou não?"

Marcelo Lopes apertou a mão, independentemente das tumultuadas emoções internas, seu rosto permaneceu assustadoramente calmo.

Ele disse, "Flávia, se acalme, você vai se arrepender."

"Eu não vou!"

Flávia Almeida disse, e então, ansiosamente, tentou beijá-lo.