A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 604

Então, ela mudou a pergunta, "Você já conseguiu comprar tudo?"

Lucas Ramos olhou ao redor e disse, "Ainda faltam algumas xícaras," e então, pausando um pouco, pediu a Flávia Almeida, "Você está ocupada? Se não estiver, me ajuda a escolher algumas? Não sou muito bom nisso."

Flávia Almeida olhou para o relógio, ainda era cedo, então respondeu, "Claro, por que não? Eu também preciso escolher algumas."

Lucas Ramos casualmente perguntou, "É para usar com a Srta. Ferreira?"

Flávia Almeida hesitou, soltou uma risada forçada e disse, "É, sim."

Na verdade, ela estava comprando para a nova casa de Marcelo Lopes. A mansão estava decorada, mas basicamente não tinha nada dentro, nem utensílios de cozinha nem produtos de higiene pessoal, apenas itens descartáveis que Pedro Ribeiro havia trazido.

Marcelo Lopes disse que esperaria até que ambos tivessem tempo livre para escolher juntos, planejando mudar para lá quando renovassem os votos de casamento, já que a avó dizia que o feng shui do lugar era bom para um casamento feliz e uma família cheia de filhos.

Ela não sabia por que Marcelo Lopes, um ateu, recentemente se interessou tanto por esse tipo de misticismo. No entanto, ela gostava da ideia de escolher as coisas juntos.

Mas as xícaras ela queria escolher por conta própria, porque Marcelo Lopes certamente escolheria algumas bem feias.

Ela decidiu agir primeiro e explicar depois. ✵

Flávia Almeida colocou as coisas no carro e foi ao shopping próximo no carro de Lucas Ramos.

Durante o caminho, Lucas Ramos perguntou sobre como Flávia Almeida estava, de forma intermitente.

Ela respondeu casualmente, parecendo bastante à vontade.

Ultimamente, o incidente de Antônia Carvalho caindo da escada havia causado bastante alvoroço, especialmente após a entrevista de Antônia Carvalho que levou muitas pessoas na internet a pedir que Flávia Almeida pedisse desculpas. Depois de dois dias sem qualquer ação da parte dela, as pessoas estavam preocupadas.

De modo pensativo, Lucas Ramos falou, "Conheço alguns amigos que trabalham com relações públicas, se precisar de ajuda é só falar."

Flávia Almeida se surpreendeu, e logo entendeu que ele se referia à recente turbulência de opinião pública, sorriu e disse, "Não precisa, eu consigo lidar com isso sozinha."

"Como você pretende lidar com isso?" Lucas Ramos perguntou casualmente.

Flávia Almeida abriu a boca para responder, mas então fechou, com um ar misterioso disse, "Isso é um segredo, amanhã você saberá."

Lucas Ramos sorriu e não fez mais perguntas.

O carro logo chegou ao estacionamento subterrâneo do shopping, Lucas Ramos estacionou e os dois seguiram para o elevador.

Com a proximidade do feriado, o shopping estava cheio, assim como a área do elevador, com muitos pais acompanhados de seus filhos e vários estudantes universitários aproveitando as férias.

Quando as portas do elevador se abriram e as pessoas começaram a sair, todos entraram apressadamente, e Flávia Almeida foi praticamente empurrada para dentro.

Ela se virou para ver se Lucas Ramos tinha entrado, e logo ouviu a voz dele, "Fica aqui do meu lado."

Ele levantou um pouco o braço, criando um pequeno espaço para ela, e Flávia Almeida aproveitou para se mover para o canto.

À sua frente estava Lucas Ramos, cercada por pessoas ao lado e atrás, enquanto ao seu lado esquerdo havia duas jovens garotas que murmuravam entre si desde que entraram.

Quando o elevador começou a se mover, uma mãe segurando uma criança não se manteve firme e tropeçou para trás, fazendo Flávia Almeida levar um susto e rapidamente estender a mão para ajudá-la.

A mãe, aliviada por não ter caído, se virou para agradecer a Flávia Almeida.

Depois, balançou levemente a criança em seus braços e disse em voz baixa, "Agradeça à senhora."

O pequeno, olhando para Flávia Almeida, de repente esticou a mão e puxou sua máscara.

A mãe se assustou, rapidamente retirou a mão da criança e pediu desculpas com embaraço, "Desculpe, desculpe, acho que ele ainda está sonolento."

Dando um tapinha no bumbum da criança, ela repreendeu, "Como pode ser tão mal-educado? Como sua mãe te ensina em casa? Peça desculpa para a senhora agora."

A criança, de cerca de três anos, claramente tinha seu orgulho ferido. Com os olhos enchendo de lágrimas e o nariz começando a fungar, ela estava prestes a chorar.

Flávia Almeida abaixou um pouco a máscara e apressou-se em dizer, "Ah, é só uma criança, não tem problema, não foi nada tão grave assim."

A mãe da criança agradeceu rapidamente e foi embora.

Flávia acenou com a mão, "Para você pode não ser muito, mas para mim, pagar algumas centenas por um copo realmente não é barato. Não quero sempre ficar te devendo favores, senão vou acabar evitando te encontrar."

Lucas acabou cedendo com um suspiro resignado, "É só um copo, não precisamos fazer uma questão disso."

Flávia contra-argumentou, "E se eu pagasse por você?"

Lucas então passou os copos que havia escolhido para ela, "Obrigado."

Flávia...

Ela só estava fazendo uma comparação.

Mesmo assim, ela estendeu a mão para pegar, mas Lucas retirou a mão no último momento, sorrindo, "Deixa pra lá."

"O que houve?"

Lucas levantou uma sobrancelha, "Tenho medo que você se arrependa em casa e me bloqueie."

Flávia o encarou, "Você me faz parecer tão mal!"

Mesmo assim, ela falou com determinação para o vendedor, "Pode juntar tudo, eu pago."

Lucas sorriu, mas não insistiu mais, "Então eu espero aqui ao lado."

Ela realmente não fez cerimônia.

Enquanto esperava na fila para pagar, Flávia sentiu alguém a observando novamente.

Ela olhou para o lado e viu uma garota de vinte anos com um celular apontado para ela.

Ao perceber que Flávia olhava em sua direção, a garota escondeu rapidamente o celular, fingindo se interessar pelos copos.

Flávia voltou sua atenção, mas não demorou muito para sentir novamente aquele olhar. Desta vez, ao se virar, a garota estava a apenas um metro de distância, claramente tirando fotos dela às escondidas.