A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 669

Marcos Rocha não reagiu a tempo, pegou um curativo adesivo para colocar nela, "Testar o quê?"

Francisca Ferreira, de maneira furtiva, se aproximou, ergueu os polegares fazendo um gesto de gancho e sussurrou: "Aquelas coisas sobre a grande harmonia da reprodução humana no universo."

Marcos Rocha pausou, levantou os olhos: "Você está falando de sexo."

Francisca Ferreira, com as orelhas vermelhas, assentiu: "Vocês testaram? Teve alguma reação?"

Marcos Rocha arrancou os papéis protetores do curativo e o fixou firmemente.

"Agora, para os outros, eu estou comprometido, como ficaria minha imagem se eu testasse com alguém?"

Francisca Ferreira, com uma expressão de descrença: "Você é do tipo que se preocupa com fidelidade e moral?"

Marcos Rocha, com um leve espasmo nos lábios e rosto fechado, disse: "Eu tive algumas namoradas, mas nunca fiquei com várias ao mesmo tempo."

"Ok," Francisca Ferreira o olhou de novo, "E você mesmo, nunca tentou acordá-lo durante o banho para ver?"

Marcos Rocha sentiu como se fosse cuspir sangue.

Acordá-lo...

Quem não soubesse, pensaria que ela estava falando de algo muito sério.

"Ultimamente, além de trabalhar e dormir, todo meu tempo livre foi com você, onde eu teria tempo para testar?"

Francisca Ferreira franziu a testa: "Então, talvez você deva ir a um urologista. Flávia já marcou uma consulta para Marcelo Lopes antes, e pelo que sei, ela não mencionou mais problemas com ele. Talvez o especialista seja bom, posso pedir para ela te indicar?"

Marcos Rocha sentiu um leve tremor no canto dos olhos e, rangendo os dentes, disse: "Não! Prefiro viver impotente a ser envergonhado como Marcelo Lopes."

Francisca Ferreira estava um pouco ansiosa: "Isso também não, aquilo também não, não quer ver um médico, vai se curar sozinho por acaso? Você quer viver assim para sempre?"

Marcos Rocha a olhou: "Você está arrependida de ter concordado em ser minha namorada, ajudando a esconder isso?"

Francisca Ferreira o encarou: "Eu estou preocupada com você!"

Marcos Rocha se sentiu imediatamente melhor, sussurrou baixinho: "Aquele filme que vimos juntos lançou a segunda parte, eu consegui, quer ver comigo?"

Francisca Ferreira imediatamente pensou no protagonista com a cintura flexível no navio, seus olhos brilharam:

"Tem a segunda parte?"

Marcos Rocha disse: "Parece que tem até a terceira, mas ainda não consegui."

Francisca Ferreira limpou a garganta: "Me passa o link, eu assisto em casa."

Marcos Rocha mordeu o lábio: "Na verdade, distribuir vídeos pornográficos é ilegal."

Francisca Ferreira??

"Como você conseguiu, então?"

"Comprei do exterior, só eu assistir não tem problema."

Francisca Ferreira...

"Melhor eu não assistir, então."

Marcos Rocha?

Não era tão fácil de enganar.

Ele mordeu o lábio, parecendo hesitar por um momento: "Talvez você deva assistir primeiro, vou te dar o iPad, no momento estou sem desejo, assistir só me frustraria."

Francisca Ferreira...

De repente, ela achou Marcos Rocha um tanto quanto patético.

Para alguém como ele, acostumado a flertar, não poder ter intimidades com mulheres deve ser o pior castigo.

Ela se sentiu mal por ele, um pouco divertida, mas ao pensar que tudo foi causado por ela, um sentimento de culpa se acrescentou.

Ela pegou o iPad, sussurrando baixo: "Na verdade, seu estado atual é o melhor para ver quem você realmente gosta, sem ser influenciado pelo desejo."

Após três recargas de chá, Flávia conseguiu explicar tudo detalhadamente.

Cássio Lacerda fechou seu caderno, olhou para ela e disse: "Entendi a situação, prepararei uma declaração o mais rápido possível, exigindo que a outra parte desocupe o local."

Flávia Almeida surpreendeu-se: "Eles não vão ouvir."

Cássio Lacerda sorriu: "Não importa se vão ouvir ou não, esse é o procedimento. Primeiro avisamos, se não obedecerem, partimos para o próximo passo. Mas, prepare-se."

"Preparar para quê?"

"O caso não é complicado, mas a questão da creche é delicada. Se a creche for fechada, centenas de crianças ficarão sem escola, e os pais certamente não vão gostar. O advogado deles com certeza usará isso para mobilizar os pais, tornando a situação mais difícil de lidar."

Lucas Ramos já havia mencionado isso antes.

A creche era a maior incerteza.

Não se pode esperar que pais, que pagaram pela educação de seus filhos, entendam a disputa entre a escola e o proprietário do terreno. O interesse pessoal sempre vem primeiro para o cidadão comum.

Flávia Almeida mordeu o lábio: "Dr. Cássio, meu objetivo não é tomar posse desse terreno para mim, mas fazer com que o fundador da creche perca essa fonte de renda. Você entende?"

Dr. Cássio assentiu: "Se é assim, já tenho uma ideia do que fazer. Fique tranquila, farei o possível para proteger seus interesses."

Flávia Almeida agradeceu: "Agradeço sua ajuda."

Cássio Lacerda guardou suas coisas na bolsa, e enquanto Flávia o observava, ela de repente disse: "Dr. Cássio, posso fazer algumas perguntas fora do trabalho?"

Cássio Lacerda olhou o relógio: "Cobramos por hora, e o dinheiro que Marcelo pagou ainda não acabou, pode perguntar."

Não é à toa que se chama Cássio Lacerda, parece mesmo ter um olho para o dinheiro.

Ela pigarreou antes de falar: "Você e Marcelo Lopes têm uma boa relação?"

Cássio Lacerda levantou os olhos: "Eu e Marcelo somos colegas de universidade, compartilhamos o mesmo quarto, mas não somos do mesmo curso."

"E... aquela vez em que você ajudou Antônia Carvalho com o caso de difamação, foi Marcelo Lopes quem te pediu para fazer isso?"