Ele ainda preferia a antiga Isabela.
A Isabela que o amava, que o seguia, que fazia questão de colocar as necessidades dele antes das dela.
— E como você quer que eu fale com você, então? — Isabela soltou uma risada fria.
Sandro deu um passo à frente, avançando devagar, cada movimento calculado. Isabela, instintivamente, recuou, seus olhos fixos nele, alertas e cautelosos. Ela tentou se afastar pela lateral, mas ele rapidamente ergueu o braço, bloqueando sua saída.
— Isabela, o quarto é pequeno. Para onde acha que vai fugir? Acha que consegue escapar?
Encurralada, Isabela parou e o encarou com a cabeça erguida, uma expressão de desafio nos olhos.
— O que você está tentando com toda essa atitude, hein? Vai me dizer que ainda gosta de mim? Que ainda me ama? — Ela soltou um suspiro carregado de sarcasmo. — Pois eu não sinto mais nada por você, Sandro, e nem vou voltar a sentir... Nunca.
Num movimento brusco, Sandro agarrou o queixo dela, apertando com firmeza.
— Desde quando você ficou tão afiada, Isabela? — Perguntou ele, a voz baixa, mas repleta de irritação.
Ela se desvencilhou com força, a voz subindo, descontrolada:
— Não encoste em mim!
Sandro ficou paralisado por um segundo, pego de surpresa pela intensidade da reação dela.
Sem olhar para ele, Isabela correu para o banheiro. Assim que alcançou a pia, ela se inclinou, sentindo uma onda de náusea tomar conta dela. Desde o momento em que sabia da traição dele com Milena, qualquer contato com Sandro lhe causava um repúdio visceral.
Só o toque dele era o suficiente para dar nojo a ela.
Sandro observava ela à distância, sentindo algo se partir dentro dele. Ela realmente desprezava ele a esse ponto?
Depois de um longo momento, ele falou, com uma calma forçada:
— Isabela, eu só aceitei esse divórcio no calor do momento. Não pensei bem, e, para mim, ele não tem validade.
Sem mais nada a dizer, ele se virou e saiu, os passos firmes e rápidos.
Isabela mordeu os lábios, os olhos fixos no reflexo no espelho. Ela agarrou a borda da pia, o rosto vermelho de raiva. Correu para fora do quarto, gritando:
— Sandro, pode tentar manipular minha mãe o quanto quiser, mas eu jamais vou voltar para você. Nem que seja por cima do meu cadáver!
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