Isabela apenas deu um leve aceno de cabeça para Jorge, que observava ela enquanto a porta do elevador se fechava. Ela ajeitou o casaco ao seu redor, sentindo o frio do estacionamento subterrâneo, onde o vento parecia entrar de todos os lados. Encolhendo os ombros, Isabela seguiu em direção à saída. Mas, ao chegar ao nível superior, a temperatura parecia ainda mais baixa.
Ela decidiu voltar ao escritório. Lá, em um andar dedicado exclusivamente a livros raros e edições esgotadas, ela encontrou um refúgio perfeito para suas leituras e estudos. Aproveitar o tempo ali era sempre um prazer, e quando se deu conta, o céu já estava completamente escuro.
As luzes no ambiente acenderam automaticamente, banhando o espaço com uma iluminação suave e acolhedora.
Foi então que o som de uma vibração no bolso interrompeu sua concentração. Ao verificar, viu que era uma ligação de Viviane. Imediatamente, ela atendeu.
— Bora sair? Hoje o jantar é por minha conta!
— Olha só, que poder, hein? — Isabela riu, divertida.
— Ah, não é assim que uma chefe manda?
A resposta fez Isabela rir ainda mais.
— Me diga o endereço?
— Rua Rio, número 32.
— Certo. Me dá meia horinha e eu chego.
— Fechado.
Após desligar, Isabela colocou o livro de volta na estante e saiu, apagando as luzes ao fechar a porta. O sistema de iluminação do lugar era ativado por sensores, então, à medida que ela saía, as luzes automaticamente se apagavam atrás dela, deixando o ambiente em silêncio de novo.
Ela chamou um táxi e foi direto para a Rua Rio.
Ao entrar no restaurante, o sorriso em seu rosto se desfez quando percebeu que Viviane não estava sozinha. Danilo estava ali, sentado ao lado dela. Instintivamente, Isabela parou.
Ao vê-la, Viviane se levantou e veio em sua direção, com um sorriso divertido.
— Tá parada por quê? Esqueceu de mim?
Isabela franziu as sobrancelhas e puxou Viviane para um canto.
— Você podia ter me avisado, né?
— Ué, desde quando eu preciso avisar que um amigo vai estar junto? — Viviane deu de ombros e puxou ela de volta para a mesa, ignorando qualquer protesto.
Danilo se levantou assim que elas chegaram. Desde a última vez que havia encontrado ela, ele notou que Isabela estava, claramente, tentando evitar ele. E sabia que, se fosse ele a chamar ela para jantar, ela com certeza recusaria. Foi por isso que pediu a ajuda de Viviane para dar esse pequeno "empurrão".
Isabela sentia uma rejeição em cada célula do corpo.
Aproveitando o momento, Viviane se inclinou para perto de seu ouvido e sussurrou com um sorriso malicioso:
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