A Segunda Noiva romance Capítulo 248

Mas tendo o seu marido ao seu lado, o inverno nem parecia tão ruim assim.

Os dois esperaram um pouco e, esmo assim, não tiveram nenhuma resposta de Adam. Chloé se sentiu um pouco preocupada, então se sentou e disse:

- Vou ligar para ele.

Normalmente Adam respondia as mensagens na hora.

Enrico olhava para Chloé, a qual se levantou e discou o número de Adam.

Enquanto esperava a chamada ser atendida, ela começou a contorcer sua cara de preocupação.

- Alô? - depois de um bom tempo, a ligação foi atendida, mas a voz do outro lado da linha não era de Adam, o que fez a cara de Chloé se contorcer ainda mais.

- Esse não é o celular de Adam?

- Sim, eu sou colega de quarto dele. Ele estava com febre muito alta e desmaiou, agora está no hospital.

Ouvindo essa notícia, Chloé sentiu sua cabeça a mil.

Ontem de noite quando vieram em casa, Adam já parecia ter sinais de gripe. Mas vendo que não parecia muito grave, Chloé também não deu muita atenção a isso. E como se passou apenas um dia e o cara já foi parar desmaiado no hospital?

Chloé pediu o endereço do hospital e se levantou da cama, dizendo a Enrico:

- Adam está doente, vou visitar ele no hospital. Nossos pais não estão aqui por perto, só eu posso ir vê-lo agora.

- Vou com você. - disse Enrico.

- Não precisa. - disse ela olhando para Enrico. - Você fique aí e descanse, eu peço ao motorista me levar para lá, agora ainda não é muito tarde.

- Então... Tome cuidado no caminho.

- Ok. - disse Chloé já terminando de trocar a roupa. - Então vou indo.

- Está bem. - Enrico disse e, vendo a Chloé saindo pela porta, seus olhos escureceram por um instante.

Se ele fosse uma pessoa normal, então seria como agora. Ele teria ido junto com ela.

- Sra. Chloé, chegamos. - motorista parou o carro na entrada do hospital. Chloé agradeceu e desceu do carro. - Obrigada. Você pode ir descansar primeiro. Quando eu for voltar eu te ligo.

- Sim, Sra.Chloé.

Chloé seguiu para o quarto em que Adam estava. Entrou e viu que ele estava deitado na cama tomando soro. Adam viu Chloé entrar e a chamou:

- Mana.

Chloé se aproximou e estendeu a mão para tocar na sua testa.

- Por que está tão quente? O que você foi fazer ontem à noite?

- Não fiz nada! Eu terminei de comer na sua casa e voltei direto pro dormitório. - disse Adam, sua voz trazia um pouco de insegurança.

- Passou a noite jogando?

- Não. - disse ele.

Mas vendo o seu jeito todo inseguro, Chloé sabia que estava certa no que disse. Então disse meio brava:

- Eu acho que você está é querendo uma morte precoce! Mesmo que queira jogar, não precisava todas o dia inteiro sem descanso.

- Você está se preocupando comigo tanto assim, Chloé? - disse Adam sorrindo diante da raivosa Chloé.

- Quem está se preocupando contigo? - retrucou Chloé, não querendo admitir.

- Você não está preocupada comigo, e vem me visitar a essa hora da noite. - ele sorria, mesmo que esteja doente e com uma cara acabada.

- Eu te liguei e seu colega de quarto me disse que você estava internado, eu tenho como não vir? Eu não podia jogar você assim para outros cuidarem, né? - explicou Chloé.

Os seus colegas de quarto já tinham ido embora, Chloé chegou a conversar um pouco com eles lá fora.

- Então admite que você se preocupa comigo? - disse Adam com uma cara esperançosa.

- Afinal de contas, você é meu irmão. - respondeu Chloé, arregalando os olhos.

Eles cresceram juntos desde pequenos, e agora os seus pais não estavam por perto, claro que ela tinha que cuidar dele.

- Eu achei que você não queria mais esse seu irmão desde que você ficou com raiva da mamãe! Você nem liga mais pra mim agora.

- Se eu não querer você como meu irmão, realmente não seria mais o meu irmão? - disse Chloé. O mais difícil de se livrar nesse mundo, era justamente os laços de sangue.

Como por exemplo a mãe Marta, mesmo que não goste dela e ela seja muito abusiva, continua sendo a sua mãe.

Adam olhou para ela e sorriu.

Vendo o seu sorriso, Chloé o entregou o comprovante de pagamento do hospital, dizendo:

- Esse foram os seus gastos no hospital, já devolvi o que deve aos seus colegas por você. Quando você ganhar dinheiro, se lembre de me devolver.

- Bem. - disse ele, pegando o comprovante. - Meu deus, que caro!

- Quem mandou você desmaiar? Seus colegas se preocuparam com você e te trouxeram ao hospital. Se você sabe que é caro agora, faça o favor de não ficar mais doente então!

- Que braveza! - disse Adam. - Me preocupo com meu cunhado.

- Piada! - Chloé riu em meio à raiva toda. - Eu só fico brava contigo, com ele, não.

Ela nunca ficou brava na frente de Enrico, poxa!

Na manhã seguinte não teriam aulas, então Chloé não voltou para casa. Ligou para Enrico avisando e ficou no hospital acompanhando Adam.

De manhã, Chloé foi comprar o café da manhã para ele, e quando voltou, deu de cara com a sua mãe, Marta.

Ouviu dizer que Adam tinha ficado doente, então ela saiu de casa logo cedo para vir aqui vê-lo.

Chloé não pôde deixar de relembrar, quando ela ficava doente, sua mãe apenas dizia a ela para tomar mais água quente.

O jeito de tratar uma filha e um filho são completamente opostos.

Provavelmente, no coração de sua mãe, apenas Adam era o seu tesouro!

Naquele momento, Marta estava sentada ao lado da cama de Adam, todo preocupada, e perguntando cheio de carinho:

- Como está? Está se sentindo melhor? Nem sabe ligar para sua mãe estando doente assim.

- Estou bem. - disse Adam. - A minha irmã cuidou de mim a noite inteira.

Marta olhou para Chloé com uma cara desconfiada, e se voltou para seu filho, dizendo:

- Dá pra confiar na sua irmã? Ela nem vê a gente como uma família agora.

Quando Chloé se casou com Enrico, Marta não recebeu um centavo em troca de sua filha. Sem contar que ela virou um alvo de deboches no casamento deles.

Agora todos sabiam que a sua filha tinha se casado com um deficiente.

Ouvindo as ofensas de sua mãe, Chloé colocou o café da manhã na mesa e disse:

- Adam, eu vou indo.

- Chloé. - chamou Marta.

Normalmente nem tinha chance de ver a sua filha, agora que estava na sua frente, tinha que aproveitar e dar uma bronca nela.

Chloé parou de andar e perguntou:

- O que foi?

Marta a olhava com seriedade enquanto abria a boca:

- Adam ainda não se recuperou, como você pode ir embora, onde está o seu coração? Na época que eu não queria te deixar ir à escola, era Adam me implorando todos os dias para ceder a vaga dele para você poder ir estudar, e você? Morando tão perto dele e ainda consegue deixar ele ficar doente desse jeito.

Chloé ficou indignada com essa acusação sem noção.

- Ele ficou doente por si mesmo, o que isso tem a ver comigo?

Isso era hilário essa acusação!

O que ela fez de errado?

Ela veio cuidar dele assim que soube que ele estava doente. Passou a noite toda o acompanhando, e estava morrendo de sono naquele momento.

Mas Marta não parecia pensar assim, e continuou dizendo:

- Você é mesmo uma sem coração! Vocês dois crescerem juntos, ele chamou você de irmã tantos anos, e agora você se casou e nem pensou nele! E agora? Não recebemos um centavo sequer de dote, e ainda convidou todo mundo para vir ver a nossa piada. Todos agora sabem que a minha filha se casou com um deficiente! Eu e seu pai nem conseguimos mais levantar a cabeça agora.

- Mãe. - interrompeu Adam. - Não diga assim.

- Por que eu não posso falar? - reclamou Marta como se estivesse sendo injustiçada. - Você acha que cuidar de vocês até hoje foi fácil pra mim? O seu pai não prestava, e eu tinha que trabalhar mesmo estando grávida. Fui eu quem mantive essa casa esses anos todos! E acabei por criar uma coisa tão sem coração assim!

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