Sofia quase gritou conforme o empurrava para longe e tentava se cobrir com o pouco de tecido que sobrou. “O que você está fazendo? Tem pessoas lá fora! Não consegue se segurar?”. João a soltou e respirou fundo numa tentativa de acalmar seu desejo. Enquanto isso, Sofia deu alguns passos para trás sem desviar o olhar dele. “Qual é o problema, João? Você parece fora de si”.
João respirou pesadamente. “Tranque a porta”.
Sofia franziu o cenho, mas antes que dissesse qualquer coisa, João abaixou as persianas, para descontentamento dela. “Vai”, João disse a ela.
Ele levantou a voz parecendo nervoso. Pensando na situação, ela lembrou-se que João nunca falou com ela daquela maneira. Por isso, Sofia foi trancou a porta, mas ficou encostada nela. “Me diga o que aconteceu”.
João fechou os olhos e seu peito ofegava. Expirando, Sofia disse: “Isaque me contou que alguém armou contra você. Por quê? O q—”. Antes dela terminar de falar, João foi até ela, de repente.
Ele prendeu-a contra a porta e beijou-a novamente, desta vez, com mais força do que antes. Notando que ele estava quente ao tocá-lo, Sofia também percebeu que seu cabelo estava molhado. Seu suor escorria até o queixo e caía no chão.
Sofia ficou chocada com o beijo repentino e queria afastá-lo, mas sabendo que ela faria isso, ele segurou a mão dela e a imobilizou. Mesmo surpresa com a atitude dele, Sofia não estava com medo. Como foram casados por um ano, era normal se beijarem. Mas, João com certeza parecia fora de si.
João começou a se mover aleatoriamente. Após beijá-la por um tempo, ele mordeu o pescoço dela. Uma pontada de dor emergiu fazendo-a arfar. Sofia tentou lutar para se libertar, mas não conseguiu. Ao falhar na tentativa de afastá-lo, Sofia desistiu. Em primeiro lugar, ela estava lá para bagunçar as coisas e com ele ali, ela considerou seu plano um sucesso. Na sequência, ela encostou-se na porta e respirou fundo. “Você está drogado, João?”
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