A Viagem de Divórcio romance Capítulo 26

Sofia quase gritou conforme o empurrava para longe e tentava se cobrir com o pouco de tecido que sobrou. “O que você está fazendo? Tem pessoas lá fora! Não consegue se segurar?”. João a soltou e respirou fundo numa tentativa de acalmar seu desejo. Enquanto isso, Sofia deu alguns passos para trás sem desviar o olhar dele. “Qual é o problema, João? Você parece fora de si”.

João respirou pesadamente. “Tranque a porta”.

Sofia franziu o cenho, mas antes que dissesse qualquer coisa, João abaixou as persianas, para descontentamento dela. “Vai”, João disse a ela.

Ele levantou a voz parecendo nervoso. Pensando na situação, ela lembrou-se que João nunca falou com ela daquela maneira. Por isso, Sofia foi trancou a porta, mas ficou encostada nela. “Me diga o que aconteceu”.

João fechou os olhos e seu peito ofegava. Expirando, Sofia disse: “Isaque me contou que alguém armou contra você. Por quê? O q—”. Antes dela terminar de falar, João foi até ela, de repente.

Ele prendeu-a contra a porta e beijou-a novamente, desta vez, com mais força do que antes. Notando que ele estava quente ao tocá-lo, Sofia também percebeu que seu cabelo estava molhado. Seu suor escorria até o queixo e caía no chão.

Sofia ficou chocada com o beijo repentino e queria afastá-lo, mas sabendo que ela faria isso, ele segurou a mão dela e a imobilizou. Mesmo surpresa com a atitude dele, Sofia não estava com medo. Como foram casados por um ano, era normal se beijarem. Mas, João com certeza parecia fora de si.

João começou a se mover aleatoriamente. Após beijá-la por um tempo, ele mordeu o pescoço dela. Uma pontada de dor emergiu fazendo-a arfar. Sofia tentou lutar para se libertar, mas não conseguiu. Ao falhar na tentativa de afastá-lo, Sofia desistiu. Em primeiro lugar, ela estava lá para bagunçar as coisas e com ele ali, ela considerou seu plano um sucesso. Na sequência, ela encostou-se na porta e respirou fundo. “Você está drogado, João?”

João parou por um momento e recuperou um pouco os sentidos. “Sim”. Ele afundou sua cabeça no pescoço dela.

Sofia bufou. “É aquela mulher, não é? Você não gosta dela?”

João começou a beijar o pescoço dela. “Eu não consigo me acostumar com ninguém além de você”.

Sofia piscou. “Me pergunto se devo me sentir honrada”, disse ela silenciosamente.

João segurou-a pelos ombros, arrancou-a da porta e trocou de posição com ela. Depois, empurrou-a para o sofá.

Sofia parou de lutar e após um momento de reflexão, ela segurou o pescoço dele. “Você me ama, João?”. João ouviu e a entendeu, pois fez uma breve pausa. Mas logo continuou a despi-la silenciosamente.

Germofóbico como é, João até tirou seu paletó e colocou embaixo de Sofia. Quando Sofia se deitou, ela franziu o cenho em desdém por ela mesma. João estava apenas agindo por instinto por causa da droga, portanto não tinha nada a ver com o que sentia por ela.

Ela deveria empurrá-lo para longe, pois não tinham mais uma relação e ela não era obrigada a fazer isso por ele. Mesmo pensando assim, Sofia ainda o segurava com força. Era ele quem ela amava, mas esse amor a torturava. Enojada por sua própria hipocrisia, ela fechou os olhos quando ele a beijou.

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