Sofia não olhou para João e Isaque de maneira nenhuma. Pelo contrário, ela seguiu com Tiago até o elevador. Ele pressionou o botão para seu andar primeiro e Sofia deu um sorriso antes de pressionar o botão de dois andares acima.
Quando o elevador subia, Tiago perguntou para Sofia quanto tempo ela planejava ficar lá. Nervosa, ela pensou por um momento antes de simplesmente dizer: “Acho que em breve irei embora. Minha amiga me chamou para ir para outro lugar”.
Ele pareceu um pouco triste ao ouvir aquilo. “Ah, tão cedo”.
Ela assentiu antes de dizer: “Tudo bem. Podemos manter contato no futuro”.
O elevador parou no andar de Tiago e ela deu tchau enquanto ele saia. Assim que o elevador fechou as portas, ela pressionou o botão de um andar acima. Encostando-se nas paredes do elevador, ela soltou um grande suspiro. Era torturante sorrir na frente de estranhos, principalmente quando ela sentia que sequer conseguia sorrir.
Ela foi em direção a seu quarto assim que as portas do elevador se abriram. Depois de jogar seu telefone na cama, ela foi correndo tomar banho—seu corpo todo estava grudento e suado, causando um enorme desconforto. Durante o banho, ela olhou para baixo e viu dois hematomas, um em cada lado de sua cintura. João, aquele canalha, realmente não se conteve. Sentindo-se exausta, ela tomou um banho rápido, vestiu-se e saiu do banheiro.
Ela tinha comido algumas frutas mais cedo, mas suas atividades consumiram bastante energia e esvaziaram seu estômago. Portanto, ela ligou para o serviço de quarto e pediu muita comida boa. Porém, mesmo depois do que pareceu ser muito tempo, o serviço de quarto não chegou. Fazendo que rolasse para fora da cama e saísse do quarto.
O corredor estava vazio e não havia sinal de nenhum garçom indo em direção ao seu quarto. Ela andou até o elevador para verificar se sua entrega estava chegando. As portas do elevador de fato se abriram quando ela chegou lá, mas as pessoas que saíram não eram entregadores.
“Por que vocês estão aqui?”, perguntou ela perplexa. João não respondeu. Ele somente lançou um olhar a ela antes de ir para seu quarto. Isaque, por outro lado, parou na entrada do elevador, e respondeu: "Nós também estamos neste andar". Sofia sorriu com isso. É verdade. Isaque até mesmo reservou assentos lado a lado para João e eu, ter os quartos no mesmo andar não é uma grande surpresa.
Ela assentiu. “Tudo bem”, proferiu ela antes de se virar para ver João. Ele estava indo para o seu quarto, que ficava relativamente longe do dela—havia muitos quartos entre os dois.
Isaque olhou para ela de maneira imóvel. “Você tem planos para amanhã? Com aquele cara?”
Ela acenou conforme respondia: “Sim. Por quê?”
Por que precisa ser eu quem deve se esforçar mais? Já não me esforcei o suficiente no passado? Por que tem que ser eu? Eu mereço puxar o saco o tempo todo? Que piada. Ela voltou para o seu quarto e encostou-se na porta depois de fechá-la. Ela sentiu-se frustrada e desconfortável dentro de seu peito, mas sua raiva também a lembrava de algo importante. Não era um período seguro de seu ciclo menstrual e João não tinha usado nenhuma proteção mais cedo durante suas atividades.
Sofia fechou os olhos e praguejou para si. Não acredito, terei que tomar pílulas que prejudicam meu corpo. O que fiz para merecer isso? Ela continuou pensando nisso até mesmo enquanto comia, depois do serviço de quarto chegar. Ela sentia-se cada vez mais apreensiva ao pensar nisso.
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