A Viagem de Divórcio romance Capítulo 32

O olhar de Isaque permaneceu no homem ao seu lado conforme ele perguntava: “Hum, você precisa agora?”

Sofia riu dele. “Qual a utilidade dela se você for me dar depois de 72 horas?”

Ele espremeu os lábios antes de responder: “bem, hum…ok”. Sua resposta pareceu um pouco forçada. Ela desligou logo na sequência.

Isaque lentamente deixou seu telefone de lado enquanto dizia: “Chefe, a respeito da pílula, eu—”

“Vá em frente e compre. Podemos discutir o resto quando você voltar”. João estava enterrado até a cabeça em uma pilha documentos enquanto sentado num canto do sofá. Ele não pareceu tão incomodado com isso.

Isaque ficou surpreso ao ver aquela reação e perguntou: “Você realmente vai deixá-la tomar a pílula, meu bondoso chefe?”

João parou por um momento antes de levantar a cabeça e responder: “Não tenho outra opção desta vez.”. A situação saiu do controle, assim como da última vez. Desta vez, ele se sentiu ainda mais alterado e inconsciente do que na anterior. Contudo, ele não tinha certeza se algo poderia dar errado pois também não tinham usado nenhuma proteção na outra vez também.

Soltando um longo suspiro, Isaque concordou. “Está certo”, disse ele enquanto saia pela porta. Mas seus passos fizeram uma parada enquanto ele perguntava novamente: “Por que vocês não tentaram ter filhos no passado?”

João pareceu um tanto confuso ao mesmo tempo em que franzia as sobrancelhas. Ele nunca havia pensado na questão de filhos com Sofia. Isso nunca fez parte dos planos dele. Após alguns segundos, ele soltou os documentos e encostou-se no sofá ao mesmo tempo em que dizia: “Vá pegar a pílula”.

Com essa réplica, Isaque sabia que não conseguiria obter mais nenhuma resposta. Ele não tentou novamente e em vez disso, saiu do local imediatamente.

Assim que ele saiu, João levantou-se e caminhou até a janela. A brisa noturna do mar era forte e o ar tinha um sabor meio salgado. Ele tirou um cigarro e passou-o pelo seu nariz sem acendê-lo. Filhos, pensou ele. Ele nunca usou nenhuma proteção com Sofia no passado mas também nunca engravidaram . Ela provavelmente nunca quis filhos. Às vezes eu a via calculando as datas secretamente. Ela tinha até colocado um alarme em seu telefone para lembrá-la de quando estava em seu período de ovulação. Ele sempre ficou muito irritado com o jeito meticuloso dela de calcular datas, então ele frequentemente encontrava desculpas para passar mais tempo no trabalhou ou cair no sono no escritório sempre que isso acontecia. Sofia nunca realmente disse a ele se isso a incomodava. Por um grande período, ele sentia que ela estava somente tentando arrumar um filho para poder se prender a ele. Afinal, ela era miseravelmente pobre antes de se casar com a Família Constâncio—ela provavelmente queria agarrar essa oportunidade para se levantar novamente. Agora ela não queria mais isso, provavelmente porque os benefícios de seu divórcio era o suficiente para satisfazer as necessidades dela. Por isso ela não insistia mais em ter um filho.

João amassou o cigarro na palma de sua mão e jogou-o pela janela.

Isaque parou no apartamento de Sofia e bateu em sua porta antes dela terminar sua refeição. Ela ainda tinha comida na boca ao abrir a porta e dizer: “Você é bem rápido”.

Ele ficou de pé na entrada e olhou para dentro do quarto enquanto perguntava: “Você está comendo?”

Depois de pegar a pílula com ele, ela se virou e caminhou até a mesa de jantar respondendo: “Eu não tinha comido muito, então senti fome”. Ela tirou os dois comprimidos da caixa, cada um para ser tomado em horas diferentes. Ela nunca tinha tomado essas pílulas, por isso ela leu a bula com bastante atenção.

Hesitando por um instante, Isaque entrou atrás dela e disse: “Você não precisa realmente tomar isso. Se você realmente engravidar, talvez…”

Ela virou e olhou para ele dizendo em tom de deboche: “Talvez o que? Talvez eu consiga bagunçar com seu chefe por um pouco mais de tempo? Acho que já deu para mim”. Ela jogou um comprimido para dentro e o engoliu sem água. “Nós nos divorciamos. Por que a necessidade de ainda ficarmos enroscados um na vida do outro? Se eu realmente não suportasse deixá-lo, eu não teria assinado o divórcio tão contentemente em primeiro lugar”. O comprimido deve ter causado desconforto na garganta de Sofia, por isso ela correu para pegar seu copo e tomar um gole de suco.

Isaque sentiu-se estranhamente incomodado ao vê-la agindo desta maneira. Dando um leve suspiro, ele disse: “Pode ter sido minha culpa dessa vez. Eu não deveria ter decidido providenciar por contra própria que vocês dois viessem juntos”.

“Está tudo bem. Não acho que seja uma grande coisa”, disse ela dando risada. Talvez João pudesse estar com outra mulher embaixo de suas cobertas não fosse o fato de eu estar aqui. No estado mental em que Sofia se encontrava, ela não desejava que isso acontecesse. Porém, ela pensou em algo. “Se eu de fato ficasse grávida, a Família Constâncio provavelmente iria querer o bebê, certo?”

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