Depois de João dizer sua parte, procedeu para finalizar a chamada. Isaque deu um rápido suspiro do outro lado da linha. Na sequência, balbuciou: "Chefe, você realmente não virá? Hum...Sofia e Tiago estão se dando muito bem. Acho que eles podem se tornar mais que apenas amigos—”
Contrariamente, João desligou na hora. Ele não queria ouvir o que quer que Isaque fosse dizer. Depois, sentou-se e continuou a analisar os documentos em seu computador. Infelizmente, ele não conseguiu ler mais do que duas frases antes de ouvir barulhos de discussão vindos do outro lado da porta. Mal conseguindo ouvir, parecia ser a voz daquela funcionária do Grupo Infinity. Após de um tempo de discussão, ele ouviu a voz do Presidente Martins—ele parecia estar repreendendo a outra pessoa. Então, a funcionária começou a chorar.
João franziu o cenho suavemente. Ele nunca gostava quando uma mulher chorava. Primeiramente, ele não era o tipo que tratava uma mulher com carinho. Por isso, mesmo se visse ou ouvisse uma mulher chorar, ele não era do tipo de ceder ou sentir compaixão pela mulher. Pelo contrário, ele simplesmente achava irritante. Felizmente, Sofia não era de chorar. Quando ele se pegava pensando em Sofia, rapidamente se forçava a parar. No futuro, essa mulher não vai ter mais nada a ver comigo. Não posso continuar pensando nela.
Nesse meio tempo, a mulher perto da porta correu e começou a bater na mesma por alguma razão, gritando para que ele saísse para conversarem. Talvez devido ao estado de agitação dela, o Presidente Martins e os seguranças do hotel não fizeram nada para tirá-la dali. Consequentemente, ela continuou batendo seus punhos contra a porta.
João fechou os olhos—não havia como continuar lendo seus documentos. Assim, levantou-se e abriu a porta. A mulher tinha chorado tanto que sua maquiagem estava borrada e seu rosto estava pavoroso. Quando viu João abrindo a porta, ela fez beicinho. E seu pranto ficou ainda mais alto. Contudo, ela não negou tê-lo drogado desta vez. Ao invés disso, alegou que o amava e que tinha se apaixonado por ele à primeira vista.
Por outro lado, o Presidente Martins ficou parado ao lado com uma expressão embaraçada . Pela maneira que tentava afastar a mulher, ele claramente não estava realmente tentando parar sua funcionária. Ele provavelmente tinha uma segunda intenção permitindo que aquela farsa chegasse a tanto. Sendo assim, João não se comoveu com a situação à sua frente. Aguardando pela pausa durante o momento em que a mulher enxugava suas lágrimas, ele disse: “Então, você me drogou.”
A mulher respirou fundo e hesitou por alguns segundos antes de acenar com a cabeça. “Sim. Mas não era uma droga prejudicial. Eu mesma tomei. Se fosse prejudicial, eu não teria tomado”.
Ele não sabia o que se passava na cabeça daquela mulher. Levantando suas sobrancelhas, ele perguntou: “Você sabe que sou casado, certo?”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Viagem de Divórcio