Sem saber se tinha entendido aquilo, João resmungou.
Depois de mais um tempo fazendo amor, João finalmente decidiu deixá-la por já estar completamente esgotado.
Em seguida, deitou-se ao lado dela e cobriu ambos com um cobertor
O sol ainda brilhava intensamente lá fora. A brisa do mar que entrava pela janela aberta deixava o ar levemente salgado.
João recuperou-se depois de um tempo descansando e virou-se para Sofia.
Então, se deu conta de que ela dormia há bastante tempo e gotas de suor eram visíveis em seu rosto avermelhado. Aquele visual era digno de pena.
Com expressão franzida, João afundou-se em seus pensamentos, deitou-se e fechou os olhos.
Sofia, por sua vez, depois de tanto álcool e da tormenta infligida por João, dormiu o restante do dia.
Posteriormente, acordou devido a um barulho vindo de fora. Parecia a voz de João e mais alguém, mas não conseguia identificar.
Depois, foi aos poucos se levantando até sentar-se na extremidade da cama, assustada ao ver seu corpo. O que aconteceu?
Estava nua e havia marcas de beijo e de mordidas nela.
Entre piscadas, notou que até mesmo seu cabelo estava um tanto úmido.
Na sequência, enrolou-se na coberta e saiu da cama.
A primeira coisa que viu foi a porta do banheiro aberta e suas roupas empilhadas no chão do local.
Ao ver aquilo, começou a relembrar-se aos poucos do que havia acontecido.
Um sorriso de desprezo apareceu em seu rosto ao ficar olhando suas roupas no chão.
Aquilo ia além do que imaginava e foi causado por ela mesma.
Teria ela sido abusada por alguém ou teria sido ela própria quem abusou de outra pessoa?
Ela ficou parada um tempo antes de ouvir a voz de João vindo de fora do quarto. "Pare de me explicar. Não quero ouvir mais nada".
Sofia ficou perplexa. Ela foi um tanto alvoroçada até a porta para abri-la.
Houve um rangido alto conforme tentou abrir a porta. Não poderia ter sido mais alto.
Ela ficaria extremamente envergonhada se fosse pega tentando espiar pela porta.
Enquanto isso, João estava de pijama, parado em frente à porta principal. Ela estava aberta e era possível ver duas pessoas em pé no local.
Baseando-se nas fotos mostradas anteriormente por Isaque, uma das pessoas parecia ser aquele chamado de Presidente Martins e a outra pessoa, seu assistente.
Aos poucos, ela conseguiu enxergar por um vão. "Ouvi um barulho e por isso vim dar uma olhada".
A porta não se abriu muito, mas foi o suficiente para todos verem a aparência de Sofia.
Estava enrolada num cobertor com seu pescoço e ombros à mostra. A marca de chupão em seu pescoço podia ser vista claramente.
João franziu o cenho suavemente ao ver Sofia. "Feche a porta e vista-se".
Sofia, no mesmo instante, resmungou e fechou a porta.
Coçando a cabeça, rapidamente pegou uma camisa da mala e vestiu um shorts curto.
Depois, foi ao banheiro e recolheu suas roupas.
O banheiro ainda estava molhado e as roupas de João penduradas no canto.
Sofia estava bastante envergonhada, pois não sabia se João pensaria que ela estava tentando seduzi-lo.
Por fim, ela fechou a porta do banheiro e foi arrumar a cama.
Ela avaliou que o lençol precisaria ser trocado e lavado, pois estava encharcado após os dois fazerem amor ainda enquanto ainda respingavam após o banho.
Então, ela respirou fundo e puxou o lençol para fora da cama.
E em seguida, foi escovar os dentes e saiu do quarto.
Naquele momento, as pessoas haviam ido embora e João estava bebendo água ao lado do bebedouro.
Sentindo-se um tanto envergonhada, Sofia sussurrou: "Eu-Eu acho que exagerei. Você sabe que não sou muito resistente à bebida. Eu-Eu não tenho ideia de como…"
E sibilou, sem saber como continuar.
João virou-se para olhar para Sofia e apenas resmungou.
Ele não parecia incomodado com o que acontecera mais cedo.
Mas novamente, ele não estava em desvantagem.
Ela não sabia se tinha aproveitado-se dele, mas ele com certeza havia se aproveitado dela.
Pensar sobre isso irritava-a de certa maneira.
E naquele momento, Sofia decidiu parar de falar e resolveu voltar para o quarto.
Ela não se sentia bem e entendia que deveria ser porque estava exausta. Naquela hora, seu corpo doía por todo lado.
No quarto, puxou uma cadeira e sentou-se em frente à janela.
Embora tivesse mais um dia para se divertir, seu humor estava totalmente arruinado.
Não sentia vontade de fazer nada.
Mais tarde, Isaque apareceu para perguntá-los o que gostariam de jantar.
Ela viu a hora e achou que era muito tarde para jantar, mas como também era tarde quando começaram a beber, achou normal também jantarem mais tarde.
Sofia estava sentada em silêncio no quarto, enquanto João também estava em silêncio do lado de fora.
Sem obter resposta, Isaque entrou no quarto e ficou assustado ao ver o lençol jogado do lado da cama.
Sofia virou-se e olhou para ele. "Tem algum lençol extra? Esse está sujo".
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