A Viagem de Divórcio romance Capítulo 70

Além do antipirético, o médico também passou outras medicações. Não seria necessária hospitalização, então ela poderia ir para casa imediatamente.

Assim, João levou-a de volta ao hotel enquanto Isaque trouxe lençóis limpos e estendeu-os na cama antes de João colocá-la deitada.

Sofia, naturalmente, encolheu-se novamente.

Depois de aconchegá-la na cama, João ficou em pé observando-a de perto.

Havia uma pílula em cima da mesa de cabeceira e mesmo não identificando o que era, João identificou a caixa próxima a ela.

Ele ficou olhando aquela pílula por um longo tempo.

Enquanto isso, Isaque fervia água antes de trazer o antipirético. "Vamos dar isso e um bom descanso a ela. Amanhã estará bem".

João resmungou algo e pegou o remédio e a água.

Como a água ainda estava um pouco quente, ele deixou-a na mesa de cabeceira. "Vamos esperar esfriar. De qualquer maneira, está ficando tarde. Melhor você descansar. Eu assumo daqui para frente".

Isaque assentiu e foi embora.

Depois disso, João puxou uma cadeira e sentou-se próximo a Sofia.

Era algo que ele nunca havia feito antes e foi uma sensação estranhamente renovadora.

Seu telefone vibrou naquele momento.

Ele pegou-o e viu que era uma mensagem da Sra. Constâncio, mesmo já sendo bastante tarde.

Era pelo WhatsApp e viu que era uma foto ao abrir a mensagem.

A Sra. Constâncio raramente tirava fotos, provavelmente por conta de sua idade, pois não sentia-se natural ao posar.

João abriu a foto e viu duas pessoas nela—a Sra. Constâncio e Isabela.

Ao que parecia, as duas ainda estavam fora comendo àquela hora.

Também era algo raro ver a Sra. Constâncio fazendo o sinal de paz.

João considerou que ela realmente devia gostar de Isabela.

Então, olhando para Isabela na foto, ficou pensando que por causa das origens da Família Braga, ele e Isabela formariam um casal melhor.

Embora não a conhecesse bem, podia perceber que ela era uma dama culta e bem instruída.

Teria sido bom casar-se com uma pessoa assim, pois ela seria capaz de cuidar de tudo na casa sem precisar envolvê-lo.

Porém, Sofia apareceu do nada depois.

Os olhos dela ainda fechados. "Dor de estômago".

Foi o que lembrou João de que Sofia não havia jantado.

Deste modo, ele liga rapidamente para o serviço de quarto, mas em vão, pois não estão disponíveis devido ao horário.

Ligeiramente nervoso, João continua questionando se não há nada que possam fazer.

Após consideração, o pessoal do hotel diz que só poderiam fazer um mingau como alternativa mais rápida e conveniente, o que talvez seja uma boa opção já que Sofia provavelmente não consiga comer nada mais forte.

Eles acrescentam que já vão começar a preparar e pedem um tempo para isso.

Depois, enquanto fervia água, João sorriu jocosamente enquanto aguardava próximo da chaleira.

Pedir favores realmente tem um preço.

Se não precisasse da ajuda de Sofia, não seria necessário ajudá-la.

Por outro lado, entendeu que se não estivessem com ela, não haveria ninguém para cuidar dela mesmo estando doente ou ferida.

Então, João coloca água num copo. Quando leva o copo, ela ainda está com as mãos na barriga e sua testa coberta de suor.

Era um lado raro de Sofia para João—fraca e vulnerável. Mesmo após uma intensa sessão de amor, ele nunca a tinha visto assim.