Depois de um tempo, o mingau finalmente foi entregue, o qual João havia instruído que fosse preparado o mais leve e macio possível. Primeiramente, ele deixou na mesa para resfriar antes de Sofia beber um pouco de água morna. Ter ficado doente deixou-a bastante fraca e indefesa. Naquele ponto, estava até obediente, de certa maneira.
Depois de beber um pouco de água, ele perguntou-a se a dor havia melhorado. Sofia balbuciou vagarosamente de olhos fechados. Não se sabia se aquilo foi uma resposta genuína ou um comentário qualquer.
Após trazer a tigela de mingau, João auxiliou Sofia a endireitar-se antes de assoprar e servi-la. Ela estava realmente com fome. Independentemente de quanto sono ela tinha, conseguiu comer um pouco do mingau. Em seguida, João pegou um guardanapo e ajudou-a limpar a boca.
Sofia deu uma olhada para ele e sorriu. “Nunca imaginei que um dia você me trataria bem”. De repente, João parou de limpar a boca dela. E Sofia, então, deslizou de volta na cama e cobriu-se com um cobertor. Ficou se mexendo até achar a posição perfeita e dormir.
Enquanto isso, João continuou ao lado observando-a por um tempo antes de tirar as coisas e sair do quarto. Tudo que aconteceu deixou-o cansado, mas não com sono suficiente para dormir enquanto deitado no sofá. Então, ele colocou as mãos por trás da cabeça e ficou encarando o teto, considerando que não poderia visitar nenhum ligar no dia seguinte. Mal tinha certeza se Sofia estaria recuperada. Entretanto, não estava incomodado com isso, pois não havia muitos lugares que ele gostaria de visitar. Afinal, a viagem não parecia ter valido a pena e não ajudou o fato de, naquele momento, ele ter perdido totalmente a vontade de fazer qualquer coisa.
O homem vagou por seus pensamentos por um bom tempo antes de fechar os olhos e forçar-se a dormir.
Sofia ficou estável durante a noite e conseguiu dormir até a manhã seguinte. Quanto a João, seu relógio biológico o acordaria no mesmo horário sempre, independentemente do quão tarde tenha dormido na noite anterior. Quando acordou, ele foi rapidamente checá-la e encontrou-a dormindo ainda—e na mesma posição da noite anterior.
João sentiu-se um tanto aflito. Por que ela ainda está na mesma posição? Será que está morta? Ele foi até ela e colocou o dedo na narina para verificar se ainda respirava. Após confirmar que ainda havia respiração, ele riu consigo mesmo e sentiu a testa dela. Notou que a febre havia baixado substancialmente e não era mais tão alta como no dia anterior.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Viagem de Divórcio