João a abraçou por trás. “Tenho me segurado, Sofia.” Confusa, Sofia permaneceu em silêncio, então ele disse, com um tom meio desanimado: “Tudo o que posso fazer é te abraçar. Qualquer homem acharia difícil se controlar.”
Sofia finalmente entendeu do que ele estava falando. Murmurou claramente: “Então pode dormir lá fora.”
João rapidamente ficou em silêncio e deitou-se quieto na cama, mas Sofia não conseguia dormir. Ficava pensando em como ele cuidava dela e como não saía para paquerar. Ele deve estar se segurando muito.
Então ela se lembrou da notícia sobre João ter saído do bar com uma mulher, e soltou um suspiro. Aquilo ainda a incomodava. Sofia não deu muita importância quando ouviu a notícia pela primeira vez, mas agora aquilo a incomodava, então afastou a mão dele que estava em sua cintura. “Não me toque.”
João, ainda sem entender, ficou surpreso. “O que foi?”
Sofia se afastou um pouco. “Não me toque. Me deixa em paz.”
João entendeu errado. Achou que ela estava fazendo aquilo para ajudá-lo a se controlar melhor, então sorriu e se deitou de costas. “Eu consigo me segurar numa boa. Já faz tanto tempo, o que é um mês ou dois?”
Sofia o ignorou. Fechou os olhos e respirou fundo, forçando-se a dormir. Quando João achou que ela já estava dormindo, foi até ela e a abraçou suavemente. Sofia ainda estava acordada, mas ao invés de se soltar, apenas franziu a testa e ficou quieta.
Na manhã seguinte, foram acordados pelo celular de Sofia. Quando ela pegou o aparelho e viu quem estava ligando, quase jogou o telefone longe. Por que estão ligando a essa hora absurda? Ela desligou e colocou o celular debaixo do travesseiro, mas a pessoa, insistente, ligou de novo.

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Os comentários dos leitores sobre o romance: A Viagem de Divórcio
O que se passa! Vai fazer um ano em que não há atualização...