Cah narrando
Ele me encarava o tempo todo pelo retrovisor enquanto dirigia que nem um louco pelas rodovias , Diogo estava do meu lado todo bobo com a Ana, ele até tentou pegar ela do meu colo, mas eu não deixei, minha filha ficaria comigo, no meu colo.
Eu temia pelo oque podia acontecer, Henrique era muito explosivo e até ele pensar no que estava fazendo, ele já estava agindo.
Meu coração ainda está com Guilherme e meus pensamentos também, custava acreditar em tudo que aconteceu, mas ele parecia sincero quando me disse que tinha mudado de ideia. Ele se dedicou à mim e a Ana durante todos esses meses de um jeito que nem os meus pais fizeram isso por mim.
Paramos na frente de uma casa pequena escondida no meio do matagal, Henrique deveria ter esconderijos assim em cada estado do Brasil, ou até em cada cidade desse país.
Diogo me ajudou a descer do carro, todos em silêncio, nenhuma palavra foi trocada o caminho inteiro.
- Camila - Escuto a voz de Marina que vem correndo ao meu encontro - Ela está linda - Ela diz tentando pegar Camila do meu colo mas eu nego.
- Minha filha fica comigo - Digo olhando para ela que me olhou com um olhar desapontado.
- Ninguém vai fazer mal para vocês - Ela fala mas eu continuo negando entregar Ana para ela , e ela acaba desistindo. Eles se entre olhavam entre eles mas não falaram nada, se mantiveram em silêncio o tempo todo.
- Podemos entrar ? aqui fora está frio para ela - Eu falo quebrando o silêncio e eles concordam. E realmente estava muito frio, deveríamos ter ido para uma cidade pequena do Rio, ou,interior para o clima ter mudado tão rápido assim.
Entramos e ao contrário do que eu pensei nenhum deles me trancou em um quarto e tentou tirar a Ana de mim , sentamos todos na sala e eu continuei agarrada na Ana e ela dormia tranquila no meu colo como se nada tivesse acontecido.
- Camila - Henrique me chama , ele estava sentado na minha frente, eu levanto o meu olhar para ele. - Eu preciso que você confie em mim. - Ele diz
- É difícil você querer que eu confie em você à essas alturas do campeonato, não acha ? - Eu respondo para ele
- Gregory está morto - Ele fala - Eu matei ele para você conseguir ficar livre , para que possamos ficar juntos - Ele diz se levantando - Todo mundo nessa sala arriscou tudo para poder te ver bem, para que nada de mal acontecesse com você - Ele diz se exaltando - E você diz que não pode confiar em mim, em nos ? - Ele fala apontando para todos na sala.
- Você ta de brincadeira comigo né ? - Eu digo para ele - Vocês me sequestra, você me estupra, me bate e me tortura por mêses, depois promete bandeira branca e depois repete tudo de novo, me joga gravida sozinha em um lugar qualquer , e você vem me pedir confiança ? - Eu digo exaltando o meu tom de voz agora também. - É sério que você quer que eu confie em alguém, que dizia que iria me matar assim que a minha filha nascesse ? - Ele me encarava sério. - Você deve ta zoando com a minha cara.
- Isso tudo por causa dele - Ele diz - Você não vê que ele estava te usando o tempo todo.
- Do mesmo jeito que você estava também - Eu digo -Mas você foi bem mais cruel que ele - Eu falo respirando fundo - Ele nunca levantou a mão se quer pra mim, já você - Eu desço uma lagrima escorrer - Eu Acho que as cicatrizes que eu carrego já dizem tudo.
Ele respira fundo e vejo que tenta se manter o mais calmo possivel nessa hora, ninguém mais que estava presente na aquela sala falou alguma coisa, todos ficaram quietos enqusnto nos trocávamos farpas.
Ana começou a chorar no meu colo, acordou assustada com os tons de vozes , ela acordou procurando o mama dela , e logo ajeitei ela e ela começou a mamar.
- Você não acha melhor colocar ela depois na cama para dormir ? - Marina pergunta
- Quando eu for, ela vai - Eu digo grossa - Agora eu já disse que ela vai ficar comigo.
- Você precisa facilitar as coisas Camila - Henrique fala
- Facilitar ? - Eu digo arqueando a sombrancelha para ele. - Você quer oque ? - Eu falo cínica - Que eu diga que eu te ame e que vamos casar e viver felizes para sempre ? - Eu falo debochada e ele fecha o punho da mão - vou casar com o cara que destruiu a minha vida ? A minha família ? Que matou o meu pai na minha frente ? Que por mais que ele fosse quem era , eu cresci o chamando e o amando como pai . - Eu despejo toda a minha raiva nele. - E você ainda acha que eu preciso facilitar para Você?
Ele parecia pensar em alguma coisa, mas ele parecia estar diferente , se fosse antes ele já teria arrancado a Ana do meu colo e me dado uma surra como ele sempre fazia.
- É melhor você descansar - Ele diz por fim - todos nos aliás , e amanhã veremos a melhor solução para tudo isso - Ele fala me fazendo estranhar a sua atitude. - Você pode ficar com o segundo quarto , e ele tem chave caso você queira trancar, e tem algumas coisas suas e da Ana que a Marina arrumou e trouxe. - Ele fala
- Obrigada - Digo para ele que apenas assentiu agora.
Entrei no quarto e passei a chave na porta, não iria arriscar de algum deles entrar aqui, por segurança empurrei a cômoda que tinha ali ao lado para frente da porta, assim se alguém tentasse entrar eu iria acordar com um barulho. Eu não estava paranóica.
Mecho na Ana que estava toda enrolada na coberta e quando desenrolo ela acabo achando um telefone ali, e lembro que quando Guilherme me levou para o carro ele mecheu na Ana e deve ter colocado o celular ali, mas eu sei que ele jamais iria conseguir me rastrear já que o Henrique tem bloqueador de GPS e sinal por tudo que era lado.
Ligo o telefone e ando pelo quarto inteiro até achar um ponto de sinal , e mando uma mensagem para ele , vai que ele esteja preocupado comigo
Camila : Eu estou bem Guilherme .
Alguns minutos se passaram e nada dele me responder ,já estava desistindo quando o telefone toca , eu me escondo de baixo das cobertas para atender.
- Camila ? - Escuto a voz dele - Você está bem?
- Sim estou, eu e Ana estamos bem - Eu digo para ele
- Ele te machucou? Oque ele fez com você ? - Ele fala
- Ele não fez nada - Eu digo suspirando - Eu estou bem.
- a onde você está ? - Ele pergunta
- Eu não sei - Eu digo - Mas chega com essa guerra , eu estou bem , ele não vai me machucar , nem ele e nem ninguém - Eu digo
- como você sabe Camila ? - Ele pergunta .
- Você também não está com essa bola toda Guilherme - Eu digo - você mentiu para mim o tempo todo. - Eu falo
- Camila acredita em mim - Ele fala - Eu nunca te machuquei já ele.
- Eu não confio mais em você também do mesmo jeito que não confio nele - Eu falo - Vocês dois são iguais.
- Camila - Ele fala e eu o corto
- Olha só eu preciso desligar . - Eu falo
Eu desligo na cara dele e desligo o telefone e escondo de baixo da cama, eu estava muito confusa para ficar houvido explicações agora. Minha cabeça estava doendo muito com toda a tensão de hoje.
A luz do dia já entrava pelas flecha da janela , eu olho para o relógio do lado da cama e era 9h da manhã , amamento a Ana que estava resmungando de fome. Depois troco a roupa dela , com dificuldade tiro a cômoda da porta , abro o trinco e pego a Ana no colo. Saio para fora e dou de cara com Henrique, Diogo, Tuio e Marina tomando café .
- Bom dia - Henrique fala assim que me vê - Será que hoje eu vou poder pegar a minha filha no colo? - Ele diz me olhando - Você não vai conseguir comer com ela no colo Camila - Ele diz se levantando e depois de muita insistência entrego ela para ele , ele senta na cadeira com ela e sento ao lado dele , e ele cai na gargalhada na mesma hora , Diogo Tuio e Marina disfarçam,e eu fuzilo os quatro.
- Caralho Camila -Diogo fala - Não se preocupa que ninguém colocou veneno na sua comida não - Ele fala
- Agora ela não vai querer nem tomar o café - Tuio diz.
E eu reviro os olho para os comentários dele , tento não prestar atenção no Henrique com a Ana , mas era difícil, mas não porque ele estava fazendo errado, e sim porque os olhos dele brilhava enquanto estava com ela. Marina também babava encima dela.
- Você sabia que iríamos escutar a ligação também né ? - Henrique pergunta ainda com a Ana no colo.
- Sabia - Eu digo tomando um gole do meu café e ele continuava me olhando.
- Você não vai me entregar o celular ? - Ele fala e Eu nego com a cabeça. - Você quer deixar as coisas mais difíceis mesmo - Ele fala
- Você quer entrar nessa discussão de novo? - Eu o encaro.
- Isso não vai levar vocês à nada - Marina fala - Vocês ficarem discutindo só vai fazer vocês brigaram cada vez mais - Ela fala nos olhando - Vocês vão ter que se entender por bem ou por mal por ela - Ela fala.
- Tá certo - Eu digo para eles e Henrique me olha - Podemos tentar conversar . - Eu falo fazendo um sinal de aspas na hora que falo tentar.
- Vão para o escritório mas a Ana fica - Marina diz
- A Ana vai junto - Eu digo - A minha filha não vai se separar de mim.
- Camila ninguém vai fazer mal para ela - Ela fala
- Ela vai junto, ela fica no sofá dormindo e se ela sentir fome eu já estou ali - Eu falo e ela acaba concordando.
Cah narrando
Eu terminava de tomar o meu café em quanto pensava oque eu poderia falar para Henrique. Era difícil imaginar a conversa que teríamos, e oque daria no final tudo isso.
Ana começa a chorar no seu colo e ele entende na mesma hora que era queria a mãe e me entrega ela , mas ela não se acalma, vejo que ela está muito quente.
-Acho que ela está com febre - Falo para eles que me olham - Preciso que alguém pegue um termômetro - Eu digo e Marina assente levantando da mesa
- Vamos levar ela no medico - Henrique fala
- Vamos ver a temperatura dela primeiro - Eu digo e ele assente
- Aqui - Marina diz me entregando o termômetro, abro um pouco a roupinha da Ana colocando o termômetro embaixo dos seus braços.
- Porque será que deu febre nela ? - Marina pergunta
- Crianças são assim - Eu digo - pode até ser por causa da mudança de temperatura. - Eu Falo
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A VINGANÇA |
Quero ler o 2 livro!!!...