A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 134

Leonardo nunca a tinha forçado antes, mas hoje, surpreendentemente, manteve-se firme.

Por fim, Mônica moveu-se lentamente até a beira da cama.

Com uma postura tão elegante, os lóbulos das orelhas levemente avermelhados, sentou-se de costas para Leonardo, comportada e delicada.

Leonardo mantinha uma expressão tranquila, tão serena quanto a água.

Enquanto secava o cabelo dela, discretamente colocava o dorso da mão próximo aos fios.

Dessa forma, podia sentir de imediato a temperatura do vento, garantindo que não fosse quente o suficiente para machucar Mônica.

O vento estava morno, nem quente nem seco, e Leonardo cuidava de cada movimento com extrema delicadeza.

Mônica, inicialmente, mantinha a espinha rígida, visivelmente desconfortável.

No entanto, aos poucos, com os olhos semicerrados, sentiu-se relaxada e à vontade.

O zumbido constante do secador ao redor não parecia irritante, mas sim tranquilizador.

Uma tranquilidade trazendo uma sensação de nostalgia, como se remetesse aos bons e velhos tempos.

De repente, ela percebeu que apreciava demais aquela sensação de estar perto de Leonardo.

Era um ambiente que transmitia calma e segurança.

-

Na Ilha da Pedra Pintada.

A família Santos estava reunida à mesa para o jantar.

Em dias normais, as refeições da família eram repletas de conversas animadas e momentos harmoniosos.

Mas, naquela noite, a atmosfera estava anormalmente carregada, e ninguém ousava falar.

Foi a voz clara de Fabiana que quebrou o silêncio.

"Minha irmã participou como convidada especial de um programa de variedades popular hoje, onde afirmou que uma obra de uma conhecida atriz, que havia sido erroneamente atribuída a outra pessoa, era, na verdade, uma obra que ela havia feito para uma competição quando tinha nove anos.

Agora, a internet está um caos. Todo mundo está criticando minha irmã por supostamente exagerar."

Fabiana disse isso de forma casual, como se não tivesse nenhuma intenção escondida.

Vitor franziu a testa e comentou: "A Mônica está realmente se comportando de maneira mais inaceitável ultimamente."

Isabela cortava seu bife com elegância e dignidade, sem mudar a expressão, apenas soltou um riso sarcástico.

"Não é a primeira vez que ela faz algo vergonhoso."

Márcio permaneceu em silêncio, comendo sua refeição sem olhar para cima.

Ele agora percebia um pouco tarde demais que Isabela e Vitor tinham preconceitos contra Mônica.

Eles estavam criticando Mônica como se fossem estranhos, mesmo sabendo do seu extraordinário talento para a pintura.

"Eu já terminei."

Com um "clique", Francisco pôs seus talheres na mesa e se levantou, saindo.

Fabiana olhou para Francisco que se retirava, depois para Márcio, que continuava em silêncio, comendo rapidamente, e mordeu os lábios, hesitante.

Vitor suspirou profundamente.

Ele acreditava que, com Mônica cortando os laços com a família, a paz reinaria na Enseada dos Coqueiros.

Nesse momento, Márcio entrou pela porta.

Francisco, como alguém que se agarra a um último fio de esperança, apressou-se em direção a Márcio e segurou sua mão:

"Márcio, você poderia tentar ligar para Mônica?"

"Certo."

Nos últimos dias, Márcio realmente queria ligar para Mônica e pedir desculpas, mas não o fez por orgulho.

Agora que Francisco havia pedido, ele prontamente pegou seu celular e rapidamente encontrou o número de Mônica em seus contatos para ligar.

O som de chamada "tu, tu, tu" ecoou pelo quarto vazio por um longo tempo, ninguém atendeu:

Márcio nunca ligava uma segunda vez para números que não atendiam.

Mas, surpreendentemente, fez uma exceção naquele momento e ligou novamente.

Na segunda tentativa.

A ligação não foi completada. O resultado foi claro: o número foi bloqueado.

Márcio, conhecido por seu temperamento explosivo, surpreendentemente não reagiu com raiva, mas ficou parado com o celular na mão, atônito.

Como se estivesse paralisado.

Francisco sentiu o coração apertar.

Mônica não era indiferente, mas mostrava ser capaz de ser implacável com eles.

Ela não só recusava atender as ligações, como parecia determinada a não ouvir nada do que eles tinham a dizer, nem tampouco vê-los novamente.