A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 135

Francisco e Márcio haviam ligado, e Mônica sabia disso, mas optou por não atender.

Com firmeza, bloqueou os números de ambos, junto com seus perfis no WhatsApp, além de silenciar todos os contatos da família Santos.

Se sua decisão era cortar laços com a família, então que fosse feito de maneira definitiva, sem deixar brechas para possíveis reconexões.

O jantar foi entregue diretamente no quarto pelo serviço de quarto.

Além da comida, havia também uma tigela de caldo diferente.

Leonardo levou o caldo em sua direção.

"Você ficou exposta ao vento por tanto tempo. Tome um pouco desse caldo para evitar um resfriado."

Sua voz era suave, carregada de uma preocupação genuína.

Mônica percebeu, um pouco tarde demais, que Leonardo provavelmente havia pedido à recepcionista que preparasse o caldo enquanto conversava com ela mais cedo.

Seu coração se aqueceu com aquele gesto inesperado.

Quando levantou os olhos, encontrou com os olhos escuros e profundos de Leonardo.

Os olhos de Leonardo eram bonitos, como um céu noturno repleto de estrelas, com um brilho gentil e caloroso.

Era como se os olhos dele abraçassem o vasto oceano da alma de Mônica, ou como se estivessem cheios de ternura infinita, fazendo com que alguém se perdesse neles involuntariamente, incapaz de se libertar.

Sentindo-se desconcertada, Mônica desviou rapidamente o olhar, abaixando a cabeça e franzindo a testa, fingindo casualmente pegar a tigela para tomar.

O caldo tinha um sabor suave com um toque refrescante, e um calor agradável subiu ao engolir.

Nesse momento, seu coração também se aqueceu.

Depois do jantar, Leonardo foi para a área de trabalho fora do quarto.

Estendeu a esteira para pintura, colocou a folha de papel de arroz sobre ela e começou a preparar a tinta, molhando o pincel no tinteiro. Com movimentos firmes e concentrados, deu início à prática dos fundamentos básicos.

Depois de terminar o trabalho, Leonardo entrou no quarto.

A cortina da janela panorâmica estava semiaberta.

Naquele momento, a noite já havia caído, e a maré alta alcançava a praia, refletindo a luz prateada da lua.

O som das ondas quebrando na costa podia ser ouvido de vez em quando.

Dentro do quarto, sob a luz suave e brilhante, Mônica parecia séria e elegante, alheia ao mundo exterior. Ela parecia tão encantadora quanto uma figura saída diretamente de uma obra-prima.

Com movimentos habilidosos, as linhas do bambu emergiam de sua tela, ganhando vida em sombras bem definidas e contornos graciosos.